Violência
e segurança: questões de Política
Combater
a violência através de medidas repressivas é
tema que ainda provoca muita polêmica. Muitos acreditam que
a violência tem de ser atacada "em suas raízes":
a miséria, a pobreza, a má distribuição
de renda, o desemprego. Investir em policiamento e na repressão
ao crime só serviria para "gerar mais violência".
Por outro lado, cresce o coro dos que criticam essa posição.
Ainda que possa ser bem intencionada, dizem, tal postura é
uma quimera, que só contribui para perpetuar o problema.
Não
que a solução seja um sistema de coibição
autoritário e onipotente. O que tais defensores de medidas
repressivas contra a violência pleiteiam é a adoção
de políticas de segurança pública eficientes,
que levem em conta os problemas específicos de cada localidade.
Tais políticas podem até mesmo incluir medidas de
assistência a criminosos, como forma de reabilitação
desses indivíduos. Uma experiência norte-americana
demonstra o potencial dessas ações.
Apenas
72 horas após o atentado terrorista ao World Trade Center,
a equipe do Instituto de Justiça
Vera , de assessoria e planejamento em políticas de segurança
pública, que atua em conjunto com a Prefeitura de Nova York,
havia conseguido retomar seus trabalhos nas escolas, fóruns
e cadeias da cidade. Tal agilidade não passou despercebida.
O
APT é um programa que prevê o atendimento terapêutico de jovens
infratores usuários de drogas. Ao invés de oferecer tratamento
num local fixo (por exemplo, o consultório do centro de detenção),
o APT determina que o terapeuta acompanhe o jovem desde a
sua entrada na instituição até a sua volta para casa, continuando
a atendê-lo em seu domicílio. É um programa caro (cerca de
US$1 milhão por ano, para analisar todos os casos de jovens
detidos pela polícia), "mas não mais do que os ambulatórios
de tratamento intensivo para adolescentes com problemas",
diz Chris Stone, presidente do Vera. E incentiva a continuidade
do tratamento, permitindo solucionar o problema das interrupções
freqüentes que ocorrem nos programas tradicionais de atendimento
a jovens delinqüentes e acabam perpetuando a criminalidade.
(Leia o projeto completo do APT)
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A frase
de um jovem infrator atendido pelo programa de Terapia Portátil
ao Adolescente (APT, em inglês) do Vera simboliza a importância
que pode ter uma política de segurança justa e eqüitativa
no combate à violência. "Foi bom saber que o meu
caso ainda era importante, mesmo depois do ataque". Esta declaração
mostra como ações de segurança pública
podem, por si só, ser fonte de confiança em momentos
de grande conturbação.
A sensação
causada no adolescente, de que as autoridades não o haviam
"abandonado", mesmo diante daquela catástrofe,
mostra como é possível (e necessário) o Estado
administrar a insegurança. Numa cidade como Nova York, onde
a criminalidade associada ao consumo de drogas é grande,
o objetivo do APT é oferecer um atendimento contínuo
e eficiente a um grupo-chave do problema (usuários de drogas
pesadas presos ou em centros de detenção), evitando
as freqüentes interrupções no tratamento desses
indivíduos, o que acaba por perpetuar os problemas de segurança
pública.
Mas
a realização do APT pressupõe aceitar a idéia
de que agir sobre o crime é condição necessária
para combater a violência.
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Luiz
E. Soares em palestra no Fórum Social Mundial,
em janeiro de 2001.
Foto: Rafael Evangelista
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As
causas da violência estão, é verdade, associadas
a problemas como miséria, fome, desemprego. No entanto, para
o antropólogo Luiz Eduardo Soares, autor de Meu Casaco de
General (veja entrevista
na Com Ciência), é um equívoco negligenciar
as políticas de segurança pública e repressão
à criminalidade em prol de uma ação sobre as
causas. Por um lado, nem todos os tipos de criminalidade derivam
das condições econômicas e, por outro, mesmo
os sintomas precisam ser combatidos, pois eles também "matam
o doente". Além disso, como argumenta Soares, não
é possível esperar de braços cruzados a solução
de todos os problemas sócio-econômicos para se ter
segurança. "Temos de conceber, divulgar, defender e
implantar uma política de segurança pública,
sem prejuízo da preservação de nossos compromissos
históricos com a defesa de políticas econômico-sociais.
Os dois não são contraditórios", diz em
entrevista ao La
insignia.
Poucos
negariam hoje a responsabilidade do Estado para com a segurança
de seus cidadãos. Mas alguns temas continuam sendo tabu.
A repressão é um deles. Diz a sociológa Angelina
Peralva, em entrevista
ao Estado de S. Paulo (04/10/01, p. C6), que "para que se tenha
uma vida relativamente pacífica em democracia, é preciso
haver instrumentos institucionais adequados, porque só liberdade
política e maior igualdade social não bastam".
No Estado democrático a repressão (e por conseguinte,
a polícia) tem, é claro, papel diferente do de uma
ditadura, mas ainda assim é necessária ao controle
da criminalidade. Só que deve ser uma repressão controlada,
simultaneamente apoiada e vigiada pela sociedade civil. "Temos
de discutir os modelos policiais de operação e procurar
difundir a tese de que o respeito ao gradiente do uso da força
permite a adequação entre a prática limite
da repressão e o respeito aos direitos civis e humanos",
conclui Luiz Eduardo Soares.
Por
outro lado, a ausência de políticas de repressão
à criminalidade contribui para aumentar a sensação
de injustiça e impunidade, que é, talvez, como diz
Gilberto Velho (veja artigo publicado nesta
edição), a principal causa da violência. Tal
ausência está na raiz desse intricado problema, com
o qual nosso país mantém laços tão particulares.
"Cultura
da violência" e "situação de guerra"
No
Brasil, a violência não é um fenômeno
recente. "A sociedade brasileira tradicional, a partir de um
complexo equilíbrio de hierarquia e individualismos, desenvolveu,
associado a um sistema de trocas, reciprocidade na desigualdade
e patronagem, o uso da violência, mais ou menos legítimo,
por parte de atores sociais bem definidos", analisa Gilberto
Velho. Neste contexto, a manipulação de poder, a corrupção
e o uso da força são (dentro de certos limites) aceitos,
tolerados e mesmo valorizados, tendo papel fundamental na manutenção
do sistema social. Pode-se dizer que a violência foi, de certo
modo, legitimada historicamente na sociedade brasileira. "No
entanto", pondera o antropólogo, "o panorama atual
apresenta algumas características que alteram e agravam o
quadro tradicional". A criminalidade exacerbada nos coloca
praticamente em pé de igualdade com países que estão
em guerra civil.
Exemplos
disso aconteceram em 1993, no Rio de Janeiro, quando à chacina
da Candelária seguiu-se a de Vigário
Geral e o pânico se instaurou entre a população
da cidade, cuja sensação era de que não havia
mais em quem confiar. "Em 1994, as ações criminais
e as reações da sociedade atingiram um grau extremo
de exacerbação. A governabilidade foi comprometida,
abrindo espaço para tendências anárquicas, e
mesmo criminosas, nas polícias", escreve Rubem César
Fernandes, presidente da ONG Viva Rio, no texto "O Rio Reagiu"
.
A violência
é nutrida pela corrupção, que atinge todos
os níveis da administração pública,
gerando uma generalizada falta de credibilidade e de confiança
nas autoridades, levando os indivíduos a se defenderem por
si próprios ou, mais grave, a quererem fazer justiça
com as próprias mãos. "Perdem-se referências
simbólicas significativas, perdem-se expectativas de convivência
social elementares", diz Gilberto Velho . Por isso, segundo
ele, embora tenha raízes na pobreza e na miséria,
a violência não é apenas um fenômeno sócio-econômico.
É também ético-moral.
Cenários
e tendências
Apesar
da crise, algumas iniciativas de governos municipais, estaduais
e federal, a partir da segunda metade dos anos 90, apontam hoje
uma possível mudança do cenário. Os indicadores
de violência no Brasil mostram uma queda (lenta, mas progressiva)
nos índices de criminalidade. A taxa de homicídios,
por 100 mil habitantes, no município de São Paulo,
por exemplo, baixou de 54,35, em 1999, para 53,22, em 2000, uma
queda de 2,1%, segundo as estatísticas da Secretaria de Segurança
Pública. Na cidade do Rio de Janeiro, segundo pesquisa do
Instituto de Estudos da Religião (ISER), essa taxa baixou
de 55,5, em 1998, para 50,1, em 1999, para 48,5, em 2000, uma queda
de 3,0%.
Curioso
é que a mesma tendência de baixa nos índices
de criminalidade também aparece nas estatísticas de
países desenvolvidos. Na cidade de Nova York, por exemplo,
o número de homicídios atingiu o auge em 1990, 2.245,
caindo progressivamente até 673, em 2000. Neste mesmo ano,
o número estimado de homicídios em todo o território
norte-americano foi de 15.517, 21% a menos que em 1996 e 37,2% a
menos que em 1991 (dados
do Federal Bureau of Investigation - FBI ).
Semelhante
quadro aparece nas estatísticas
do Home Office do governo britânico. O 2001 British Crime
Survey (leia o documento )
mostra queda em quase todos os tipos de criminalidade na Grã-Bretanha:
-17% em furtos, -11% no roubo de veículos, -16% no roubo
de casas, -19% nos crimes violentos.
Como
explicar, esses dados diante de nossa sensação de
que a violência só tem aumentado?
Confiabilidade
das estatísticas
"O
fenômeno da violência é muito complexo e não
dominamos todas as suas variáveis", explica Antônio
Rangel, coordenador de desarmamento do Viva
Rio. "Não acredito, como sugerem algumas análises,
que a violência seja cíclica, que ocorra por 'surtos'.
Ela é mais propriamente um fenômeno conjuntural, sobre
o qual interferem inúmeros fatores, muitos dos quais não
se refletem nas estatísticas, que são necessariamente
parciais", diz o sociólogo.
Um
outro problema é a confiabilidade dos dados. A subnotificação
nessa área é muito comum e muitos crimes não
são sequer declarados. "As pessoas têm medo de
denunciar um crime, medo de serem ameaçadas e perseguidas,
ou então têm vergonha de declará-lo, como acontece
nos casos de suicídio. Muitas famílias se sentem culpadas
pela morte do familiar ou, por motivos religiosos, não querem
admitir que houve suicídio", argumenta Rangel. É
difícil, assim, construir indicadores estatísticos
representativos e confiáveis.
Daí
se pode entender porque sociólogos, antropólogos,
e estatísticos têm chamado atenção para
a necessidade de produzir estatísticas confiáveis
e garantir transparência na divulgação dos dados
sobre a violência (veja Manifesto
pela Transparência dos Dados sobre Segurança , divulgado
pelo ISER).
No
caso da venda e exportação de armas, por exemplo,
simplesmente não há dados disponíveis. O governo
considera esses dados sigilosos, tratando-os como questão
militar e de segurança nacional. "Essa é uma
concepção antiquada, que atrela três elementos:
arma-guerra-militar. Mas arma de punho não é para
guerra. O Brasil é o maior produtor mundial de armas de punho,
sendo responsável por 16% do mercado norte-americano e nós
não sabemos como é feita a exportação,
pois não há fiscalização adequada nem
divulgação dos dados", critica Rangel, que cita
também uma estimativa do deputado paraguaio Blás Llano,
participante de uma comissão de inquérito sobre o
tráfico de armas, de que apenas dois em cada nove containers
de armas exportado pelo Brasil chegam ao Paraguai.
A Indústria
de Material Bélico do Brasil (Imbel), controlada pelo Exército
Brasileiro, por exemplo, estima exportar entre 40% e 50% de sua
produção. Mais de 90% das 2000 pistolas calibre 45
produzidas mensalmente pela Imbel vão, segundo a empresa,
para o Federal Bureau of Investigation (FBI). Mas não há
informações sobre a fiscalização dessas
exportações.
Por
outro lado, há evidências de que o uso de armas de
punho está diretamente relacionado à violência.
A presença de arma em casa aumenta em 5 vezes o risco de
suicídio e na mesma proporção o risco de homicídio
familiar, segundo estimativa do Departamento de Justiça norte-americano.
Países que proibiram o porte de arma conseguiram reduzir
o número de homicídios, drasticamente em alguns casos.
Na Austrália, por exemplo, o índice baixou em 30%
com a proibição de armas. "Ter dados sobre a
situação das armas no Brasil é essencial para
a formulação de políticas de segurança
pública. Não adianta o governo solicitar a opinião
de especialistas se não há dados disponíveis",
conclui Rangel.
A preocupação
aumenta na mesma medida em que se anunciam perspectivas positivas
para a indústria bélica nacional, com o crescimento
do mercado global de armas, a partir da "guerra contra o terror".
A Avibrás Aeroespacial, por exemplo, fechou recentemente
contrato de US$ 500 milhões com o governo da Malásia
para fornecimento do sistema de lançadores de foguete Astros
II, embora o negócio não seja comentado pela empresa,
conforme publicou a Gazeta Mercantil (27-28/10/01, p. C-3).
Representações
na mídia
Outro
fator que altera a percepção que temos da violência
é a sua representação pela mídia, pois
a cobertura não é representativa do universo de crimes
e sim dos eventos extraordinários.
O caso
da violência escolar nos EUA é exemplar. Em primeiro
lugar, é difícil avaliar a situação,
pois os níveis de violência variam muito de um lugar
para o outro e a administração escolar é descentralizada.
Cada departamento administra seus dados. "Porém",
diz em entrevista a Com Ciência, Christopher Stone, do Instituto
Vera, "tiroteios fatais em escolas são eventos raros,
embora eles rendam boas manchetes para a mídia" . Para
demonstrar a dificuldade de se obter um retrato claro e representativo
da situação nacional, Stone cita alguns dados oficiais.
Veja,
no relatório da reunião de 1999, do Grupo de Trabalho sobre
Pesquisa do Homicídio, do FBI, a opinião de editores de grandes
jornais norte-americanos sobre a cobertura do homicídio em
Littleton. Interessante verificar
a variabilidade dos critérios que levam à constituição de
uma "notícia" na mídia.
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De
acordo com o 2000 Annual Report on School Safety, do Departamento
Norte-americano de Educação, houve de fato um pequeno
aumento no número de crimes violentos contra alunos em escolas
desde 1997, embora o total de crimes permaneça estável
desde 1997. Entretanto, o documento traz dados para apenas dez,
dos 50 Estados americanos, para o período 1997-1999, e a
situação é diversa entre os Estados. Na cidade
de Nova York, o Departamento de Polícia registrou uma diminuição
de 17% no número de incidentes criminais em escolas, entre
1999 e 2000, com exceção para as alegações
de assédio sexual, que cresceram no mesmo período.
Portanto, segundo Stone, a cobertura da mídia não
reflete o quadro geral.
Violência
desigual
Finalmente,
é preciso sublinhar que a violência atinge diferentemente
a sociedade. Por exemplo, homens e mulheres. Enquanto o homens são
as principais vítimas de homicídios dolosos (81% dos
casos, no Estado do Rio de Janeiro), as mulheres são as principais
atingidas por lesões dolosas (60% dos casos), como mostram
os Indicadores de Violência do ISER.
Além
disso, há muita subnotificação desses crimes,
sobretudo se pensarmos que os principais autores de agressões
contra a mulher são os próprios maridos ou parceiros
(53% dos casos notificados, segundo os mesmos dados do ISER). "A
mulher sofre violência insidiosa que, apesar de não
levar à morte, deixa marcas profundas em si e em toda a sociedade",
diz documento
do Instituto.
Ademais,
a maior parte dos casos de violência contra a mulher ficam
"invisíveis" nos prontuários médicos
do sistema público de saúde. Apenas 10% das mulheres
que passaram por postos de saúde, na cidade de São
Paulo, no período de um ano, foram registradas como vítimas
de violência sexual doméstica. No entanto, em entrevistas
pessoais, verificou-se que este percentual subia para 57%. É
o que mostrou a pesquisa "Violência e Gênero nas
Práticas de Saúde", coordenada pela professora
Lilia Blima Schraiber, da Faculdade de Medicina da USP, e apresentada
no Suplemento Especial do Pesquisa
Fapesp (68, setembro/2001).
Na
continuação do estudo, em parceria com a Secretaria
da Saúde e a Fapesp, os pesquisadores estão realizando
entrevistas com 3.100 usuárias dos serviços médicos
de 14 postos e Unidades Básicas de Saúde da capital
paulista, além de seis unidades em Santo André, Mogi
das Cruzes e Diadema. Estão também analisando os prontuários
médicos dessas unidades. Os primeiros resultados dessa fase
da pesquisa devem sair em meados de 2002.
Rumos
Diante
do tema complexo que é a violência, o desenvolvimento
das pesquisas científicas e a formulação de
indicadores confiáveis constituem passos fundamentais para
subsidiar a elaboração de políticas de segurança
pública, por sua vez, elemento necessário (ainda que
não suficiente) para a solução do problema.
As
iniciativas governamentais dos últimos anos, dentre as quais
o Plano Nacional de Segurança Pública (PNSP) (que
até dezembro de 2000 financiou convênios no valor de
R$ 251 milhões - leia a avaliação
de um ano do Plano ), parecem indicar uma disposição
das autoridades em enfrentar o problema. Mas há críticas
ao processo.
Segundo
a pesquisadora do Centro de Estudos de Segurança e Cidadania
da Universidade Cândido Mendes, Jaqueline Muniz, "o PNSP
teve a sensibilidade de juntar no mesmo pacote uma diversidade de
iniciativas e propostas de diversos segmentos da sociedade. Por
outro lado, ele virou uma colcha de retalhos. A riqueza de detalhes
do Plano pode comprometer a sua operacionalidade e execução
e o cumprimento de seus objetivos, porque não ficou claro,
em momento algum, quais são as prioridades e qual é
o desenho de segurança pública que se deseja. Existe
um gap entre as boas intenções do PNSP e sua formatação
executiva e operacional".
Já
Antônio Rangel, do Viva Rio, faz uma crítica mais ácida
ao Plano. "O PNSP tem falhas. O governo só ouviu o lobby
dos coronéis. Já a sociedade, as ONGs e os policiais
que trabalham nas ruas não foram ouvidos", argumenta.
Em
meio aos debates, é preciso também estudar atentamente
os resultados que começam a surgir sobre a violência
no Brasil, para entendermos fenômenos como a diminuição
estatística dos homicídios X medo e insegurança
crescentes.
Finalmente,
é importante articular as iniciativas já existentes
de segurança pública a outras ações
na área de direitos humanos. Como argumenta a socióloga
Nancy Cardia, do Núcleo de Estudos da Violência da
USP, o Programa Nacional de Direitos Humanos é bom e pioneiro,
contemplando propostas importantes como a reforma das polícias
e do sistema penitenciário e a introdução de
penas alternativas. "Mas sua implantação não
é fácil, sobretudo porque propõe ações
em diferentes instâncias. Mesmo assim, considero que tivemos
vitórias importantes, como a regulamentação
da lei que proíbe a tortura", conclui a pesquisadora,
em entrevista à revista Ciência Hoje (CH, 29 (172)).
(MM)
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