Um
povo esquecido: projetos apagam a biodiversidade e o território tradicional
no Rio São Francisco
Renata Marson Teixeira de Andrade
Em 1997, a Agência Nacional de Águas
(ANA) foi criada pela Lei 9433/97 para garantir uma administração
neoliberal mais descentralizada e “democrática” de recursos
hídricos no Brasil. De acordo com o novo código de águas,
a atribuição da ANA foi formar comitês de bacias para implementar
políticas de rios e, principalmente, políticas de recursos hídricos
com maior transparência e participação dos usuários
na formação e implementação dessas políticas.
Tais comitês são compostos de participantes vindos do setor privado,
sociedade civil, ONGs, grupos indígenas, e três níveis de
representação do governo (municipal, estadual e federal). Para
aconselhar o Comitê do Rio São Francisco, por exemplo, foi preparado
um grande estudo, com mais de quarenta relatórios, o GEF-São Francisco
, entre 1998 e 2004. Um desses relatórios recomendou ao Comitê
de Bacia do Rio São Francisco a introdução de projetos
de aqüicultura para melhorar a economia da região abaixo da barragem
de Xingó, a última barragem construída ao longo do rio
principal. A razão para investir em aqüicultura, de acordo com o
coordenador do estudo de ictiologia no baixo São Francisco, realizado
para o componente ambiental do GEF, Fábio Castelo Branco, é que
“a região do baixo Rio São Francisco tem sofrido grande
declínio de peixes por causa da perda do habitat ecológico, e
tanto o peixe migratório que sustenta a pesca artesanal quanto o próprio
pescador artesanal estão se tornando espécies em extinção”
.
Assim, o GEF-São Francisco recomenda o uso
de pacotes tecnológicos como a tilápia-do-nilo (Oreochromis
niloticus), uma espécie não-nativa, e do peixamento com espécies
nativas cientificamente estudadas como curimatã-pacu (Prochilodus
marggravii) e a matrinchã (Brycon lundii). A
aqüicultura e o peixamento passam a ser considerados a “salvação
técnica”, a “melhor opção lucrativa de mercado”
para substituir a “pesca artesanal em declínio” no baixo
São Francisco. O problema desses relatórios técnicos ao
afirmar que a pesca artesanal como atividade cultural e econômica irá
desaparecer, é que se assiste passivamente à progressiva extinção
dos grandes peixes migratórios endêmicos do rio. O estudo ictiológico
feito para o GEF veio de um estudo científico com apoio da Universidade
de Alagoas e do Instituto Xingó. Esta última instituição
trabalha com o desenvolvimento de projetos de aqüicultura no reservatório
de Xingó como medida mitigadora da diminuição dos peixes
na região desde que a barragem de Xingó foi construída
pela Chesf (Companhia Hidro Elétrica do São Francisco). Fica aqui
a pergunta: estariam esses cientistas ajudando os investidores querendo expandir
o mercado de tilápia para exportação ou os pescadores artesanais
tentando preservar sua cultura e a biodiversidade de peixes nativos do Rio São
Francisco? Aceitar que haja um genocídio cultural é assinar uma
carta contra a biodiversidade deste rio, contrariando a própria legislação
ambiental que protege os peixes migratórios. É reconhecido o papel
da aqüicultura na geração de renda e de alimento mundialmente,
porém os impactos ambientais e sociais que essa atividade gera precisam
ser analisados com mais cuidado.
As leis ambientais, por outro lado, têm restringido
o pescador de exercer sua atividade econômica, ao proibir a pesca não-esportiva
durante a fase de reprodução dos peixes no baixo São Francisco
entre dezembro e março. Todavia, mesmo com essa regulamentação
da pesca, os estoques de peixe e sua diversidade continuam em declínio
. Além disso, não existe uma legislação ambiental
que tome providências para regular uma das causa primárias do declínio
da população de peixes, ou da ictiofauna no baixo Rio São
Francisco: a falta de cheias naturais. Os pescadores da cidade de Penedo, em
Alagoas, estão desde 2003 reinvindicando a necessidade de se criar cheias
artificiais, ou seja, liberar águas dos reservatórios durante
o período no qual as cheias naturais ocorreriam. De acordo com esses
pescadores, a água que chega no baixo São Francisco vem “toda
coada”, sem sedimento, e “fraca”, sem vazão suficiente,
condições que complicam a reprodução natural dos
peixes. Proibir o pescador artesanal de pescar durante a fase de reprodução
dos peixes não foi uma tarefa fácil, porém o desafio é
proibir que as barragens de Sobradinho e Itaparica segurem as águas durante
esse mesmo período para assim os peixes, que dependem de cheias para
se reproduzir, encontrem as condições ideais do ecossistema que
assegurem sua reprodução. Porém ainda não existe
uma lei ambiental que estabeleça as vazões mínimas que
dariam as condições de habitat necessárias para que os
peixes possam se reproduzir. Se os cientistas que fizeram o estudo do GEF tivessem
em mente restaurar a biodiversidade no rio, teriam seguido o exemplo de cientistas
das universidades de Davies e Berkeley do estado americano da Califórnia
. Se os cientistas brasileiros tivessem decidido investir num estudo do efeito
das cheias artificiais ou “cheias ecológicas” para restaurar,
por exemplo, a população de surubim (Pseudoplatystoma coruscans)
e de dourado (Salmimus brasiliensis) no baixo São Francisco,
este relatório estaria valorizando a biodiversidade e a presença
do pescador artesanal nessa região.
Ao mesmo tempo, o GEF-São Francisco identifica
num mapa (Figura 1) a presença de sérios conflitos que devem ser
levados em consideração para o plano da bacia. Entre esses conflitos
está o projeto de transposição e a navegação
fluvial. Incrível que mesmo aqui, o GEF-São Francisco tenha omitido
importantes conflitos envolvendo a pesca artesanal, como se a pesca artesanal
não existisse. Seria essa omissão inocente? Enquanto isso estudos
realizados por pesquisadores canadenses e brasileiros sobre os desafios da pesca
no Rio São Francisco têm identificado conflitos entre a pesca artesanal
e outras atividades econômicas, em várias localidades ao longo
do Rio São Francisco. Seria prudente que o Comitê da Bacia do Rio
São Francisco levasse em consideração os resultados encontrados
por pesquisadores independentes do GEF-São Francisco ao implementar políticas
que visem resolver os conflitos sociais no rio mais seriamente.
Foto: Divulgação |
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Figura 1. Potenciais conflitos e desafios para gerenciar
a Bacia do São Francisco. GEF-São Francisco. (2004) |
Figura 1. Potenciais conflitos e desafios para gerenciar a Bacia do São
Francisco. GEF-São Francisco. (2004)
Este artigo trata de uma questão muito significante a respeito de como
as instituições, que delineiam as políticas de recursos
hídricos no Rio São Francisco, retratam este rio, e como essas
representações afetam a participação das comunidades
tradicionais que vivem no e do rio nas novas políticas de desenvolvimento
e conservação desse rio. O argumento deste artigo é que
a maneira como os homens e as mulheres riberinhas são representados,
ao serem incluídos ou excluídos da paisagem do Rio São
Francisco em relatórios técnicos e seus mapas, pode afetar o grau
de acesso que essas populações têm ao processo de tomada
de decisão sobre o seu futuro e o futuro do Rio São Francisco.
Como bom exemplo está a história dos bastidores políticos
da proposição do Projeto de Transposição das águas
do Rio São Francisco pós-2001. Porém, este artigo dá
uma nova leitura ao Projeto de Transposição, por exemplo, ao olhar
para as representações do rio e das populações ribeirinhas
encontradas nos mapas da Projeto de Transposição. O Projeto de
Transposição acabou sendo aprovado em janeiro de 2005, pelo Conselho
de Recursos Hídricos, mesmo tendo recebido desaprovação
do Comitê da Bacia do Rio São Francisco, com seus 60 membros contrários
à obra, sendo dois deles pescadores artesanais. Com enorme repercussão
política em nível nacional, o projeto está agora tramitando
no Ministério do Meio Ambiente para apreciação, e pode
ser novamente embargado na justiça.
O Projeto de Transposição segue a
versão original de 2000 , onde aparecem os mesmos mapas representando
a porção do Rio São Francisco que cruza a região
mais seca do NE, o sistema de aquedutos que serão construídos
para tomar água do rio para os sistemas de açudes fora dos limites
da bacia de SFR. Um desses mapas mostra onde as estações de bombeamento
serão construídas ao longo o rio e os estados que doarão
água. Outro mapa mostra os estados doadores e receptores da água
do SFR. Este mapa especialmente, representado na Figura 2, é de grande
interesse por várias razões, mas particularmente pelo o que não
foi mostrado.
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Figura 2. Projeto de transposição das águas do Rio São
Francisco para o Nordeste setentrional. Fonte: VBA (2000) |
Este mapa do projeto (Figura 2) não leva
em conta o Rio São Francisco abaixo das estações de bombeamento,
não mostra outros usos de água além de irrigação,
para agricultura de exportação, e uso urbano. Não leva
em conta os usos ambientais e econômicos das comunidades tradicionais
ao longo da região, como as tribos dos povos Tukrá, nem das comunidades
tradicionais de quilombos e de pescadores artesanais, sendo que todos têm
voto no comitê da bacia do Rio São Francisco, e são contrários
à transposição. Este mapa é alarmante, dado que
nas várias cidades abaixo da tomada da água para a transposição,
vivem a maior parte da população de comunidades tradicionais.
Parece até mais alarmante, quando se considera que as ilhas, várzeas
e águas do Rio São Francisco sejam tão centrais para a
identidade e a economia destas comunidades tradicionais. E essas comunidades
nunca outorgaram seus territórios tradicionais para o governo brasileiro.
Contrastando com as Figura 1 e Figura 2, a Figura
3 mostra o mapa de um documento produzido pelo Ibama exibindo o território
ocupado pela comunidades tradicional de ribeirinhos-não-amazônicos
ou varjeiros, que concidentemente representam o território ocupado pelo
Rio São Francisco, como pode ser visto na linha cinzenta assinalada com
um círculo vermelho. O varjeiros, ou varzeiros, de acordo com Diegues
e Arruda (2001) , são populações descendentes de africanos
e outros grupos indígenas tradicionalmente vivendo ao longo do Rio São
Francisco e na sua planície de inundação: ilhas e várzeas.
Aqui se inclui o pescador artesanal do Rio São Francisco como parte desse
grupo de varzeiros, esses últimos mostrados como populações
tradicionais, que usam técnicas seculares e artesanais de produção
de peixe e de arroz, com enorme importância para a cultura, a economia
e a identidade ribeirinha ao longo do rio.
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Figura 3. Adaptação de Diegues e Arruda (2001). “Localização
aproximada dos territórios das populações de tradicionais não indígena
(as áreas no mapa representam o território historicamente ocupado por
eles, não a ocorrência exata das populações tradicionais)” Círculo vermelho
mostra o Rio de São Francisco e a comunidade tradicional de varzeiros
(adicionado pela autora) |
O ex-diretor do Probio
(Projeto de Conservação e Utilização Sustentável
da Diversidade Biológica Brasileira), Braulio Ferreira, escreveu o prefácio
desse documento, no qual explica a necessidade “das autoridades governamentais,
bem como da sociedade civil, conscientizarem-se, cada vez mais, de que o conhecimento,
as inovações e as práticas das comunidades locais e populações
indígenas, com um estilo de vida tradicional e essencial para a conservação
e utilização sustentáveis da diversidade biológica,
vem se perdendo em proporções alarmantes.” Ferreira continua
a dizer que “o avanço da fronteira agrícola, a construção
de hidrelétricas e estradas, além da especulação
imobiliária são apontadas como as causas principais do desaparecimento
desses conhecimento e práticas tradicionais. Conhecimentos tradicionais
são valiosas heranças para comunidades e culturas que o desenvolveram
e os mantêm, além de, potencialmente, representar fonte significativa
de informações para a sociedade de todo mundo”. Ferreira
então termina, mencionando que “o Professor Antonio Carlos Diegues
expressa bem a importância de tais populações ao afirmar
serem essas o grande repositório de parte considerável do saber
sobre a diversidade biológica conhecido hoje pela humanidade”.
O mapa na Figura 3 e o discurso do ex-diretor do Probio iluminam o significado
e a importância da representação territorial para essas
comunidades tradicionais. Territórios tradicionais, ausentes nos mapas
do GEF São Francisco e dos Projetos de Transposição, são
agora presentes na Figura 3, representando a ocupação histórica
de terras por comunidades tradicionais não-indígenas. Para partidários
de direitos de comunidades tradicionais, esse mapa do território tradicional
levanta perguntas pertubadoras. Como era que, em 2005, depois de quatro anos
de longo conflito entre comunidades tradicionais e parte do governo federal
e estados brasileiros favorável à obra, era completamente natural
que o Rio São Francisco fosse novamente concebido como um bem econômico
e de lazer: eletricidade, aqüicultura, irrigação, represas,
e canais, e mesmo como parque nacional para preservação ambiental,
turismo e recreação, sem referência alguma às práticas
econômicas das comunidades tradicionais? Quem autorizou apagar a presença
dessas comunidades? E por que a imprensa está tão disposta a entender
esse conflito sobre o Projeto de Transposição em 2003 e 2005 nestes
termos ?
Os estudos do GEF e o “novo” Projeto de Transposição
do São Francisco revelam “imaginários ambientais”
que vêm apagando as relações de uso e ocupação
entre comunidades tradicionais e o rio e seu território anfíbio.
Afinal, muitas dessas várzeas e ilhas foram e ainda são ocupadas
por povos indígenas e pescadores-lavradores de origem africana há
mais de quinhentos anos. Esses estudos vêm omitindo os conflitos entre
essas comunidades e os outros usuários sobre o uso das águas e
da ocupação de seu território ao longo do São Francisco
no passado e no presente. Esses “imaginários ambientais”
tentam limitar o tipo de reivindicações epistemológicas,
políticas e territoriais que essas comunidades tradicionais podem e poderão
fazer sobre o Rio São Francisco no presente e no futuro.
A marginalização dos varzeiros e dos pescadores artesanais nas
políticas de recursos hídricos não é um resultado
somente de como a natureza (do rio, neste caso) tem sido concebida por estudos
técnicos. Esse processo de marginalização é também
facilitado através de instrumentos legais e políticos, utilizados
a favor do poder coercivo do Estado e das grandes indústrias, lobbies
e investidores com interesse de expandir seus negócios na região.
Assim, devem-se discutir os conceitos de modernidade e progresso, cultura e
natureza , imperialismo, localismo e globalização , que têm
se infundido profundamente nas velhas e novas instituições do
governo que atuam hoje na região. Ao observar uma série de falhas
cognitivas e deslocamentos discursivos por parte dessas instituições,
como foi feito neste artigo, pode-se evidenciar a omissão institucional
que evita olhar e reconhecer a presença física e política
das comunidades tradicionais que aí vivem. Essas falhas e esquecimentos
não são inocentes; elas justificam os interesses políticos
e territoriais da elite brasileira, ligada a uma elite global, no território
tradicionalmente ocupado, por exemplo, por descendentes de índios e negros
pescadores e varzeiros no Rio São Francisco e em outros rios brasileiros.
Renata Marson Teixeira de Andrade é doutoranda no Grupo de Energia
e Recursos Naturais na Universidade da California, Berkeley.
Notas
1 - http://www.oas.org/usde/SAFUP/sf.HTM
patrocinado pela Instalação de Ambiente Global (GEF), ANA e o
Conselho Nacional Brasileiro para o Avanço da Ciência e de Pesquisas,
CNPQ.
2- Um conjunto de 40 estudos científicos foi dividido em quatro componentes:
i) Análise ambiental da bacia e de sua zona costeira; ii) Participação
pública e das instituições, iii) Desenvolvimento da estrutura
organizacional, iv) Formulação do programa de gerenciamento integrado
da bacia hidrográfica.
3 - “quantificação das questões ambientais prioritárias
identificadas durante a fase preparatória conhecida como Project Development
Facility - PDF, com a atualização e consolidação
dos dados existentes, com objetivo de construir cenários futuros dentro
dos sistemas terrestre, aquático e marinho; identificação
e avaliação das razões mais prováveis para as alterações
na morfologia do São Francisco e na composição e distribuição
da comunidade da fauna aquática, necessárias para a determinação
das causas das mudanças observadas”
4 - Entrevista com Fabio Castelo Branco, org. do estudo de ictiologia do baixo
São Francisco.
5 - GEF-São Francisco 2004.
6 - cheias artificiais para a restauração da população
do salmão do Pacífico (Oncorhynchus sp). See Downs et al 2002,
e Stillwatersciences publicações.
4 - Marques 2001; Gutberlet, J. et al. 2004. Challenges in Managing Fisheries
in the São Francisco watershed. Tenth Bienneal Conference of the IASCP.
Mexico; Andrade, 2005 (forthcoming doctoral research); Andrade 2002. veja o
website do projeto “Peixes, pessoas e águas” do World Fisheries
Trust. WFT, Canadá..
8 - Por exemplo, o projeto de transposição que foi concebido em
2000 por um consórcio de firmas nacionais e internacionais de consultoria
de recursos hídricos, e financiada pelo Ministério de Integração
Nacional e investidores internacionais. A transposição tem com
objetivo trazer água do Rio São Francisco até outras regiões
em quatro estados como Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte e Ceará,
que sofrem de déficit de água e estão em seu limite hídrico
para qualquer nova expansão de lucrativos projetos de irrigação
(para exportação) e crescente demanda de água para consumo
urbano.
9 - VBA 2000.
10 - Diegues e Arruda (2001) organizaram um resumo sobre a literatura de comunidades
tradicionais realizada por pesquisadores brasileiros para representar a localização
de seus territórios tradicionais. O estudo de Diegues e Arruda (2001)
foi sustentado pelo Ministério do Meio Ambiente, pelo Núcleo de
Pesquisa em População Humana em Várzeas da Universidade
de São Paulo (NUPAUB-Usp), e pelo CNPQ e patrocinado pelo Programa Nacional
para conservação de Biodiversidade, PROBIO.
11 - Professor e diretor do Núcleo de Pesquisas de Populações
Humanas e Áreas Úmidas, NUPAUB, Universidade de São Paulo.
12 - Nos vários artigos publicados no Estado de São Paulo, em
2003, proveu seus leitores com um guia longo sobre os o projeto da Trasnposição
e os conflitos, sem mencionar as comunidades tradicionais. Em 2004 e 2005, segue-se
a mesma linha.
13 - Veja Norgaard 1997 e Cavalcanti 1995 para uma discussão sobre o
tema natureza, desenvolvimento e ética.
14 - Veja Donahue e Johnston 1998; Wards 2002; Blatter e Ingram 2001; para uma
discussão de diversos casos de conflitos sobre pesca artesanal, e águas
interiores, com implicações para comunidades tradicionais nos
EUA e no mundo.
Referências
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Andrade, R.M.T. 2002. "Da transposição das águas do
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Blatter, J e Ingram, H. 2001. Reflections on Water: new approaches to transboundary
conflicts and cooperation. MIT Press. Chicago
Cavalcanti, C. (org) 1995. Desenvolvimento e natureza: estudos para uma sociedade
sustentável (Development and Nature: Studies for a Sustainable Society).
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Diegues, A. C., e Arruda, R. S. V. 2001. Saberes traditionais e biodiversidade
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Gutberlet, J. et al. 2004. Challenges in Managing Fisheries in the São
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em uma perspectiva ecológica. 2 Edição. NUPAUB, USP. São
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Norgaard, R. 1997. "Valorização Ambiental na Busca de um
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entra no PPA”, seção de Economia, p. B5 São Paulo,
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30 de Novembro 2004, “Projeto para o São Francisco vai a Justiça”
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and the politics of thirst. Riverhead Books. New York.
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