O Centro de Lançamento da Barreira do Inferno
   
 
Pedradas cósmicas: Carlos Vogt
O acordo Brasil-EUA

O programa espacial chinês:
Alberto Betzler

Alcântara e as comunidades tradicionais

CLA ameaça território étnico:
Alfredo Berno de Almeida

Barreira do Inferno
A Estação Espacial Internacional, um projeto científico?

Exploração espacial e desenvolvimento:
Ronaldo Garcia

A corrida espacial
Exobiologia:
Oscar Toshiaki Matsuura

Vida extraterrestre:
José Renan de Medeiros

Observatórios e a divulgação da ciência

Formação de sistemas planetários:
Carlos Alberto de Oliveira Torres

Ascenção e queda de satélites

Pedras no caminho:
Ulisses Capozoli

Cometas, asteróides e meteoros
O que matou os dinossauros?

Bólidos caem no Amazonas:
Ramiro de la Reza

Poema
 


Criado no dia 12 de outubro de 1965, o Centro de Lançamento da Barreira do Inferno (CLBI) está situado no município de Parnamirim, aol sul de Natal, no litoral do Rio Grande do Norte (RN). A localização do Centro obedeceu
requisitos como: a proximidade com o equador magnético, suporte logístico já existente, baixo índice pluviométrico, proximidade de uma área de grande impacto (oceano) e condições de ventos favoráveis. A área é denominada Barreira do Inferno devido a falésias vermelhas que, iluminadas pelos raios solares ao amanhecer, assemelhavam-se, para os antigos pescadores, a labaredas de fogo.

Equador Magnético
Linha situada a meia distância entre os pólos magnéticos norte e sul

O CLBI propõe-se a executar atividades de lançamento e rastreamento de engenhos aeroespaciais, coletar e realizar o processamento de suas cargas úteis e realizar testes e experimentos de interesse da Aeronáutica relacionados com a Política Nacional de Desenvolvimento Aeroespacial.

No ano de sua criação, O CLBI lançou, pela primeira vez em território nacional, um foguete de sondagem norte-americano - o Nike Apache. Entre 1965 e 1989, o CLBI chegou a 307 lançamentos e hoje ultrapassa o número de dois mil. Na área de desenvolvimento de veículos lançadores destaca-se a criação da família SONDA (I,II,III e IV), que forneceu as bases para o desenvolvimento do Veículo Lançador de Satélites (VLS), lançado do Centro de Lançamentos de Alcântara (CLA).

O CLBI desenvolve várias atividades com cooperação internacional, desde lançamento de foguetes para sondagem meteorológica (LOKIDART) até veículos de alta performance (da classe CASTOR-LANCE). Destacam-se os projetos EXAMETNET e OZÔNIO, envolvendo o CLBI, a Nasa e o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). O primeiro realizou 88 operações e 207 lançamentos entre 1966 e 1978, com o objetivo de realizar estudos da atmosfera entre 30 e 60 km de altitude. O segundo objetivava o estudo da camada de ozônio e realizou 16 operações com 81 lançamentos entre 1978 e 1990.

Além disso, o Centro tem auxiliado a European Space Agency (ESA) como estação rastreadora dos foguetes Ariane. O programa Ariane foi estabelecido em 1973 e o acordo para sua execução firmado em 1977, com o intuito de dotar a Europa de autonomia de lançamento necessária para a execução do seu programa espacial. Segundo o CLBI, o rastreamento do foguete Ariane vem gerando divisas da ordem de US$ 1,4 milhões para o governo brasileiro.

Desde novembro de 1994, o CLBI também vem realizando um programa de apoio às atividades do Centro de Lançamentos de Alcântara. Dentro deste programa de cooperação, que integra a Missão Espacial Completa Brasileira (MECB), o CLBI realiza o treinamento das equipes operacionais do CLA e fornece suporte nas áreas de pessoal (equipes de lançamento e segurança de plataforma) e material (painel de disparo, instrumentos de medida e placas de computador).

Segundo o CLBI, as atividades atuais envolvem:

1. Rastreamento, em cadeia com o Centro Espacial Guianês (CSG, na sigla em francês), do Veículo Lançador Ariane, lançado do CSG para o Leste em conformidade com o estabelecido no acordo com a ESA (Agência Espacial Européia);

2. Rastreamento, em cadeia, dos veículos lançados de Alcântara-MA, em conformidade com o Programa Nacional de Atividades Espaciais, fornecendo dados de telemetria e trajetografia dos veículos lançados e mantendo a capacidade técnico-operacional das equipes do CLBI;

3. Continuação dos testes e experimentos de interesse do Comando da Aeronáutica;

4. Disponibilização dos meios operacionais em proveito de experimentos de interesse da Marinha e do Exército Brasileiro, visando, além da participação de projetos de interesse do Comando da Aeronáutica (CAER), incremento da cooperação entre as Forças Armadas;

5. Venda de serviços de lançamentos e rastreamentos de foguetes suborbitais para organizações nacionais e estrangeiras, colocando os meios operacionais à disposição da comunidade científica internacional para a realização de operações espaciais, em especial aquelas relacionadas com a pesquisa e o monitoramento do meio ambiente, principalmente através da observação da atmosfera (o projeto EXAMETNET foi dirigido para o estudo da atmosfera entre 30 a 60 km).

   
           
     

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Atualizado em 10/02/2001

   
     

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