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Patentes
no setor de informática : a visão do INPI, por Antonio Carlos Souza
de Abrantes
A
Teoria do Design Inteligente não é criacionismo, por
Enézio E. de Almeida Filho
A
autoria e a responsabilidade científica, por
Bernardo Melgaço da Silva
A
Ciência como fundamento da ação profissional, por
Maria Júlia Ferreira Xavier Ribeiro
Agricultura
familiar e o Programa Fome Zero, por Pedro Antonio Arraes Pereira
Turismo
Solidário, por Sérgio Fonsêca Guimarães
Fome
Zero e Nanotecnologia, por Petrus d'Amorim Santa Cruz Oliveira
Em
busca de parâmetros para maior consolidação da Comunidade
Científica, por Fábio L. Braghin
Carta
à ComCiência, por Roque Laraia
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Revista
ComCiência - ciência em grande estilo!
(*)
por João Luís Almeida Machado
Ciência
é coisa séria. E também no Brasil tem que se pensar
dessa maneira e incentivar o surgimento e o aperfeiçoamento de
institutos, universidades, laboratórios e equipes altamente especializadas
para desenvolver pesquisas em todos os ramos do conhecimento produzido
pela humanidade. Há, é verdade, centros de excelência
em pleno funcionamento em nosso país, entretanto, como em muitos
países em desenvolvimento, a ciência não é
uma prioridade, sendo deixada sempre para trás quando se trata
de negociar os investimentos que irão constar dos orçamentos
públicos a cada início de ano...
Como conseqüência disso, mesmo nesses oásis bancados
pela iniciativa privada ou estatal, há uma indisfarçável
carência de recursos materiais, financeiros e mesmo humanos. Para
piorar a situação, em muitos casos nossos melhores pesquisadores,
técnicos e cientistas acabam sendo cooptados por propostas irrecusáveis
provenientes de instituições européias ou norte-americanas.
Mas o que poderíamos esperar de um país como o nosso,
onde até mesmo a educação básica tem que
lutar para que os dispositivos constitucionais garantam a aplicação
de verbas que sustentem seu funcionamento?
Apesar disso temos visto um enorme crescimento na procura por informações
na área científica, mesmo entre os estudantes e leigos,
o que é facilmente constatável observando-se a quantidade
considerável de novas publicações disponíveis
em bancas de jornais voltadas para temas científicos. Só
para que possamos entender bem isso, basta lembrar que somente para
história foram lançadas três boas publicações
(Nossa História, Aventuras na História e História
Viva), além disso, entre as últimas publicações
colocadas ao alcance dos interessados em ciências podemos destacar
revistas de ótimo nível como a Scientific American e a
novíssima revista do canal Discovery (Discovery Magazine).
A internet também conta com sites especializados (alguns deles
derivados de revistas científicas) que ajudam e muito os internautas
que buscam maior atualização em biologia, física,
química, matemática, agronomia, paleontologia, arqueologia
e tantos outros importantes e destacados ramos de atuação
dos pesquisadores. Já tivemos, inclusive, a oportunidade de produzir
artigos ressaltando as boas qualidades de alguns desses canais de pesquisa
e divulgação científica em nossa coluna de Dicas
de Navegação, confiram.
Para valorizar ainda mais e permitir muita discussão, alimentando
com informações fresquinhas, provenientes de algumas das
melhores cabeças dos centros de pesquisa e das universidades
brasileiras, também se encontra disponível para todos
os interessados o site Com Ciência (www.comciencia.br).
É imprescindível conhecê-lo. Que tal alguma informação
adiantada para perceber sua riqueza e valor?
O
Site
Há
vários aspectos a se destacar no trabalho desenvolvido pelo Com
Ciência , entre os quais, a princípio, as seguintes
características:
- Os artigos publicados no site são assinados por especialistas
e pesquisadores de alto nível, provenientes de algumas das melhores
instituições universitárias ou de pesquisa (privadas
ou públicas) de nosso país. Esse é, sem dúvida,
o maior credencial, aquele que agrega maior credibilidade ao trabalho
do Com Ciência .
- Cada uma das revistas eletrônicas colocadas on-line pelo Com
Ciência destacam um tema específico, de grande interesse
e que, invariavelmente, causa muita polêmica. Há material
de interesse para praticamente todas as áreas do conhecimento
(para se ter uma idéia disso veja alguns desses assuntos nas
imagens apresentadas ao longo de nosso texto).
- O site disponibiliza um link (clique em Ofjor, no menu lateral da
homepage) de contato direto com o Observatório da Imprensa, respeitável
site de informações que tem entre seus articulistas alguns
dos melhores jornalistas brasileiros.
o As resenhas de livros especializados permitem ao internauta acompanhar
o que há de melhor em termos de lançamentos bibliográficos
para suas áreas de maior interesse na ciência.
- As entrevistas acabam tendo duas funções primordiais,
a primeira é permitir que possamos conhecer os grandes especialistas
de cada área de pesquisa científica, a segunda é
divulgar e popularizar conceitos, idéias e propostas desses e
de outros pilares da ciência.
- O Radar nos dá acesso a alguns dos mais recentes avanços
conseguidos pela ciência. É um espaço aberto para
artigos referentes a produções nacionais (e por esse motivo
eles esperam contribuições dos pesquisadores brasileiros)
ou traduções de artigos que relatem conquistas alcançadas
no exterior.
Aos Professores
Divulgar
a ciência é uma das formas mais seguras de garantir que
problemas sérios possam ser resolvidos e ainda, mais importante,
que as novas gerações se interessem pela melhoria dos
processos e pela continuidade da pesquisa e do progresso. Não
há, definitivamente, pontos finais no que se refere ao conhecimento.
As investigações científicas prosseguem e, por
mais que novas descobertas firmem no horizonte a possibilidade de uma
navegação mais segura e chances cada vez maiores de chegar
a um porto de destino, melhorias ainda podem surgir...
Esse interminável ciclo que alimenta as esperanças da
humanidade desde os primórdios é essencial. Somos movidos
por desafios. A perspectiva de soluções definitivas, que
encerrem não apenas ciclos, mas toda e qualquer perspectiva de
novos caminhos a serem trilhados desanima qualquer cristão (judeu,
mulçumano, budista, evangélico,...).
Um de nossos colegas do Planeta Educação lembrava recentemente
dos dilemas enfrentados por Michael Jordan, considerado o maior jogador
de basquete de todos os tempos, depois de ter ganhado vários
campeonatos da NBA (a mais importante e disputada liga de basquete do
mundo, nos Estados Unidos) e de ter sido escolhido como o melhor jogador
do torneio repetidas vezes, desanimado, sem estímulo para continuar,
tendo que ser provocado por seu técnico em busca de novos recordes
e realizações... O mesmo ocorre com a ciência, com
a pesquisa, com a arte, com a literatura...
Sites como o Com Ciência (
www.comciencia.br ) mantém acesa a chama da continuidade,
num campo cheio de percalços, onde os obstáculos tendem
a se tornar cada vez maiores e mais espetaculares.
(*)João Luís Almeida Machado é Mestre
em Educação, Arte e História da Cultura (Universidade
Presbiteriana Mackenzie, em São Paulo);
Professor universitário atuando na Faculdade Senac em Campos
do Jordão; Professor de Ensino Médio e
Fundamental em Caçapava, SP; Editor do Portal Planeta Educação.
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