Angra 2


Laboratório monitora parâmetros ambientais como radiação, teor de cloro na águado mar e temperatura.

Foto: Bruno Buys. julho/2000.

 

Biólogo Alhanati, do laboratório de monitoração: preocupação com os possíveis impactos ambientais das atividades da Eletronuclear.

Foto: Bruno Buys. julho/2000

 

 

 

 

 

 

 

Laboratório controla parâmetros ambientais

No Laboratório de Monitoração Ambiental da Eletronuclear, em Angra, o dia-a-dia consiste em medir parâmetros ambientais como radiação, teor de cloro na água do mar e temperatura. A área coberta pela equipe de quinze biólogos, químicos e técnicos abrange de Angra dos Reis até Parati. Eles se dividem nos seguinte programas:
- Programa de Monitoração Radiológico Operacional.
- Programa de Monitoração da Fauna e Flora Marinha na fase Operacional.
- Programa de Monitoração e Controle da Qualidade da Água (Salinas, Potáveis e Servidas).
- Programa de Medida de Temperatura em Itaorna e Saco Piraquara de Fora (Itaorna é a praia onde está a usina. Piraquara de Fora é a enseada onde a água mais quente, proveniente do sistema de refrigeração, é despejada.
- Programa de Monitoração do Galpão Provisório de Rejeitos de Baixa e Média Atividades.
- Programa de Medida de Cloro Residual em Piraquara de Fora.

Segundo o biólogo Carlos Alhanati, chefe do Laboratório, a Eletronuclear tem tido uma considerável preocupação em relação aos possíveis impactos ambientais de suas atividades. O Laboratório situa-se na Praia de Mambucaba, a 10km da Praia de Itaorna, onde fica a usina. Uma das atividades diárias de Alhanati e sua equipe é medir as variações da temperatura da água do mar causadas pela usina, que utiliza água salgada em seu sistema de resfriamento. A usina capta água em Itaorna e a despeja, depois de utilizada, no Saco Piraquara de Fora.

Dados do trabalho do Laboratório indicam que a água despejada é, em média, de 3 graus Celsius (podendo atingir 6 graus Celsius) mais quente do que a água do mar do local de descarga. Essa água, despejada a 30 metros cúbicos por segundo é capaz de aquecer a água de Piraquara de Fora cerca de um grau Celsius e meio. A usina de Angra 1 tem duas bombas de água que mantêm o fluxo contínuo. A água que passa no condensador (para resfriar o vapor expandido da turbina) recebe uma carga térmica e aquece a água do mar. Segundo Alhanati, um dos efeitos ambientais da atividade da usina é que este aquecimento é interpretado pelos peixes da região como um estímulo à reprodução. Através de um estudo em que o Laboratório coletou e analisou gônadas de peixes de várias espécies diferentes foi possível diagnosticar o fenômeno.

Diariamente são tomadas medidas de radioatividade da água do mar e dos peixes. Até hoje não se constataram níveis de radiação anormais na região. Um novo Programa de Monitoração está sendo implantado pelo Laboratório da Eletronuclear: é o Programa de Monitoração e Controle da Qualidade das Águas (Salinas, Potáveis e Servidas). Este Programa tem como objetivo principal a manutenção da boa qualidade das águas no entorno das usinas, sejam elas ligadas às questões de potabilidade, de controle das estações de esgoto ou da qualidade das águas salinas quanto aos efluentes industriais convencionais. Para isso a Eletronuclear está investindo em equipamentos e treinamentos para seus técnicos.

Há ainda outro parâmetro ambiental pelo qual o Laboratório é responsável: a medida de teor de cloro na água do mar...

   
           
     

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Atualizado em 10/08/2000

   
     

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