Angra 2

Turbinas e gerador de Angra 2. Aqui a energia térmica é transformada em energia elétrica.

Foto: Bruno Buys.


Rafael de Almeida da equipe ComCiência (à direita) e o relações-pública da Eletronuclear, Chaim na passarela que conduz da sala de controle ao gerador.

Foto: Bruno Buys

 

Sala de controle de Angra 2. Aqui técnicos e engenheiros revezam-se dia e noite para a operação da usina.

Fonte: Bruno Buys.

 

 

 

 

 

 

Subsolo do gerador de Angra 2.

Fonte: Bruno Buys.

 

 

 

 

Usina mistura simplicidade e alta tecnologia

Angra 2 impressiona antes de tudo pelo tamanho. Pelo tamanho das instalações e da mobilização humana que representa. Quem vem pela Rio-Santos não pode deixar de reparar na magnitude da obra, localizada em uma pequena enseada em uma das reentrâncias da serpenteante estrada. Ao entrar na área da usina e das vilas de funcionários nota-se a infra-estrutura que a Eletronuclear criou nas adjacências para tornar possível a empreitada.

As vilas de Mambucaba e Praia Grande são construídas para abrigar os funcionários, além de algumas instalações operacionais, como o Laboratório de Monitoração Ambiental e o Hotel onde funcionários, comissões técnicas e autoridades governamentais eventualmente ficam. As edificações são todas planejadas, casinhas de moradores repetem-se umas depois das outras aos olhos do passante, dando uma impressão de ordem e monotonia.

As instalações da usina são guardadas por um esquema de segurança de fazer inveja: visitantes são identificados por cartões magnéticos com um chip capaz de abrir portas somente na presença de um funcionário. Ainda assim, o visitante tem que esperá-lo entrar primeiro. E depois não pode hesitar muito: seu cartão pode abrir a porta até dois minutos depois da entrada do anfitrião. Ao fim deste tempo, o cartão expira. Todas as portas da usina têm um identificador deste tipo. A segurança é ostensiva e a vigilância deve responder por uma parcela razoável da folha de pagamentos. Os guardas das portarias e balcões de entrada comunicam-se com os visitantes somente através de microfones, pois há espessos vidros separando os dois.

Depois desta primeira impressão, o estilo de construção e o clima dentro da usina tornam-se os principais alvos da atenção. Há, nas construções, nos prédios, nos monitores de computador, nos macacões dos operários e nos painéis da sala de controle da usina uma estética dos anos 70/80, no estilo dos filmes de Buck Rogers ou Jornada nas Estrelas. O design dos equipamentos, que devem ser funcionais acima de tudo, desvia a atenção do visitante para essa estética. É interessante pensar que a energia nuclear e as usinas que a utilizam não representem mais tanta inovação como na época em que o Brasil começou seu projeto nuclear. Visualmente, a usina oferece uma experiência mista de alta tecnologia com simplicidade, ou até mesmo antigüidade.

A imensidão, as tubulações prateadas, os equipamentos e os ruídos e principalmente o gerador e suas turbinas tornam quase impossível não associar a experiência de uma visita à Angra 2 com os filmes de ficção científica da década de 70 e começo dos anos 80.

Paralelamente à produção de energia elétrica, a usina mantém também atividades de pesquisa e monitoração ambiental...

   
           
     

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Atualizado em 10/08/2000

   
     

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