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De
volta às origens
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A opção por orgânicos ultrapassa fronteiras A região Sul, especialmente o Estado do Rio Grande do Sul, é a que apresenta maior número de feiras de orgânicos. Só em Porto Alegre são 12 funcionando diariamente. Em São Paulo, há a feira do Parque da Água Branca, que acontece todos os sábados e que, em 1997, comercializou cerca de R$ 487 mil. Mas não é só na capital paulista que as feiras acontecem. Elas estão se espalhando também pelo interior do Estado. Em Campinas, duas vezes por semana é possível comprar não só verduras, legumes e frutas orgânicos como também produtos de origem animal como leite e queijos, ovos, frangos e, para o espanto de muita gente, até mesmo flores orgânicas. No Nordeste destacam-se, principalmente, a produção de coco e o azeite de dendê orgânicos. Nessa região merece destaque o Estado do Ceará. É que lá foi montada uma cooperativa que abriga sob o mesmo guarda-chuva consumidores e produtores. Os consumidores contribuem adquirindo cotas da cooperativa. O produtor, por sua vez, coloca a safra à disposição dos cooperados, tendo garantida à sua venda. Os alimentos orgânicos também são em boa parte exportados para os países desenvolvidos. Não que os países ricos ignorem o cultivo dos "bio" - a Áustria e a Suiça reservam significativas porções de seu pequeno território para cultivá-los, 10% e 7,8%, respectivamente. Mas as nações do primeiro mundo não dão conta de atender à própria demanda. Assim, segundo a Food and Agriculture Organization (FAO), quem possui um mercado interno pouco afeito aos orgânicos tende a exportar boa parte de sua produção.Seis nações africanas exportam algodão para a União Européia. O Zimbabue vende plantas medicinais para a África do Sul. A China embarca chá para Holanda e soja para o Japão. O Brasil, sendo sétimo colocado no fornecimento de produtos orgânicos para o Mercado Comum Europeu, confirma a tendência de os países ricos serem os maiores consumidores dos "bio" na atualidade. Mas não é fácil ter acesso ao mercado de alimentos "bio" nos países industrializados. Segundo a FAO, os agricultores que pretendem exportar a produção precisam ter adotado o sistema de agricultura orgânica há mais de dois anos e ter essa condição reconhecida por organismos certificadores competentes. Para isso é preciso cumprir uma série de normas e gastar uma boa soma em dinheiro. De fato, a certificação é um dos pontos que mais tem recebido atenção nos últimos anos...
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Campinas, Brasil