A defesa do solo e seu manejo adequado
Os ecologistas protestam contra a poluição do ar,
dos rios e dos mares, defendem a flora e a fauna, mas raramente
se preocupam com um tema da maior importância, a defesa do solo.
É nele que as raízes se fixam para que os vegetais possam crescer,
à custa da água e dos nutrientes disponíveis. Existe uma dependência
recíproca. Sem vegetação para protegê-lo, o solo sofre o impacto
direto das chuvas, cujas águas correm pela sua superfície causando
a erosão. Arrastam a matéria orgânica essencial para o desenvolvimento
das plantas e provocam sulcos que se aprofundam e algumas vezes
acabam se transformando em grandes voçorocas.
Os
solos perdidos com a erosão desembocam nas nascentes de água, como
rios, lagos, etc, causando efeitos internos e externos à unidade
agrícola de produção. Os internos são a baixa fertilidade do solo
e uso cada vez maior de corretivos. Os danos externos são o assoreamento
das nascentes, alagamentos, dificuldade do tratamento de água, redução
na capacidade de armazenamento de água nos reservatórios e contaminação
dos rios, prejudicando a produção de peixes. As conseqüências diretas
e indiretas da erosão acarretam prejuízos muitas vezes irreversíveis
que expressam as perdas de solo e água, quando o homem passou a
explorar intensivamente os solos. Por exemplo, quando eliminou a
mata começou a produzir de maneira intensiva culturas comerciais
que oferecem pouca proteção aos solos, sem a preocupação do manejo
racional e de medidas adicionais de preservação da integridade química,
física e biológica do solo. As características do solo para se adotar
um tipo de cultura não são consideradas. A maioria dos agricultores
adota apenas as curvas de nível para evitar a erosão do solo. Porém,
o manejo de sistemas de preparo da terra - o tipo de máquina agrícola
- e de cultivo, também são fundamentais para sua conservação. Além
disso, técnicas como a rotação de culturas, o plantio direto na
palha e o plantio em faixas são outras opções menos prejudiciais
ao solo.
Mas a erosão não é um fenômeno
natural?
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