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Em
jogo, o ensino da História
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"O ensino da História no Brasil ainda se realiza como algo distante da vida quotidiana, desconectado do presente. É preciso se buscar uma renovação dessa prática, procurando aplicar a idéia de que se a história é um processo vivo, assim também deve ser o seu ensino", afirma Nova. Para a pesquisadora, o cinema é uma das formas de superar essa distância e fonte de revitalização do ensino da História.
Um dos grandes obstáculos revelados pela pesquisa a um emprego satisfatório dos recursos audio-visuais em sala de aula é a própria concepção dos professores sobre o que são os filmes históricos. "O ensino continua baseado numa razão única que advoga a existência de uma verdade absoluta", afirma Nova. De acordo com a pesquisa, 64% dos entrevistados afirmam que os audiovisuais históricos devem ser fiéis aos fatos históricos. "A maior parte dos professores ainda não considera os audiovisuais como linguagens e formas discursivas autônomas", completa.
Para Nova, é necessário que essas condições sejam mudadas em breve, dada a difusão cada vez maior de novas formas de comunicação. "A situação atual, que tende a se expandir, não é mais a de algumas décadas atrás, em que o professor tinha o privilégio de ser o único, em sua classe, a deter o conhecimento que lecionava. Hoje, os conhecimentos estão sendo difundidos a todo momento, pela mídia, pela internet e por vias alternativas de comunicação. E isso coloca o ensino tradicional da em crise profunda e evidencia a necessidade urgente de uma transformação". Nesse processo, estaria em jogo o própria ensino da História que, segundo ela, corre o risco de se tornar "não apenas ultrapassado, decadente e conservador, mas completamente inútil". |
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Atualizado em 10/01/2001 |
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