Entrevistas Para
o Ministério da Saúde, genéricos devem estilular
produção nacional de fármacos Falta
de princípios ativos de medicamentos é obstáculo
ao desenvolvimento |
Falta de princípios ativos de medicamentos é obstáculo ao desenvolvimento Doutor em farmacologia pela Universidade de Londres, Gilberto De Nucci é médico farmacologista e professor do Departamento de Farmacologia do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo - USP, e da Universidade Estadual de Campinas - Unicamp. Também coordena estudos de bioequivalência e biodisponibilidade em unidades da USP, Unicamp e da Universidade Federal do Ceará. Em entrevista à Com Ciência, De Nucci fala sobre a atual situação de medicamentos produzidos no Brasil e os principais problemas enfrentados pela indústria brasileira para a produção de genéricos. Ele ressalta ainda que a biodiversidade não poderá suprir a falta causada pelo desestímulo à propriedade intelectual antes da vinda da "Lei de Patentes", em 1996.
Com Ciência
- Na sua opinião qual o principal empecilho para a indústria
brasileira de fármacos se desenvolver, garantindo produtos de qualidade
e a preços mais baixos para a população? Com Ciência
- O advento da Lei de Patentes brasileira, em 1996, estimulou o desenvolvimento
do setor? Por quê? Com Ciência
- O sr. acredita que essa maior interação entre universidade
e setor produtivo, somada aos investimentos vindos de agências de
fomento ou do Governo, têm permitido maior desenvolvimento no setor
de fármacos no país? Como essas parcerias podem obter resultados? Com Ciência
- Há críticas freqüentes à indústria
farmacêutica nacional, considerada defasada em termos de pesquisa
de novos medicamentos, falta de estrutura para exames pré-clínicos
e clínicos e ausência de cultura de patenteamento. Por outro
lado, o país conta com grande diversidade de espécimes da
flora e fauna das quais podem ser extraídos medicamentos. É
possível compensar a defasagem industrial com a biodiversidade?
Com Ciência
- O modelo da Índia tem sido citado como referência para
o Brasil em vários aspectos (forte indústria farmoquímica,
infra-estrutura em C&T qualificada, capacidade de desenvolver inovações
no setor). O senhor concorda? Como o avalia com relação
aos procedimentos de patenteamento de fármacos? Com Ciência
- Desde que legalizado, qualquer laboratório pode ser autorizado
a fabricar genéricos? O fato de um similar passar por testes de
bioequivalência, equivalência farmacêutica e biodisponibilidade,
já o torna um genérico, ou existem outras diferenças?
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Atualizado em 10/10/01 |
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