Modelo econômico gerou milhões de desempregados
Além dos alto nível de desemprego, o Brasil possui ainda um outro elemento relacionado ao mundo do trabalho que fecha seu quadro social trágico: o grande número de trabalhadores informais e precarizados. Ambos, o aumento do nível de desemprego e o alto número de trabalhadores informais, são resultado, segundo Altamiro Borges, editor da revista Debate Sindical, das políticas de liberalização comercial, inicada nos anos noventa, e do incremento das tecnologias de produção.
Esse contexto coloca grandes desafios para os sindicatos e para o movimento operário. Da mesma forma como, no início do século XX, quando da Segunda Revolução Industrial, as associações de trabalhadores tiveram que passar dos sindicatos de ofício para os sindicados de ramos, os sindicatos, hoje, precisam arrumar formas de incorporar as demandas dos desempregados e dos trabalhadores precários e tercerizados. Isso ou serão falsamente tachados de "defensores de privilégios", alerta Borges, que também coordena o Instituto de Estudos Políticos, Econômicos e Sociais Maurício Grabois.
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