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Lentes maiores No século XXI O que se buscará Elo perdido
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O elo perdido na evolução do Universo Se existe um elo perdido na teoria da espécie humana, pode-se buscá-lo numa analogia com a evolução dos elementos químicos do Universo. Na explosão inicial, o "Big Bang", foram produzidos somente os elementos químicos leves, como o Hidrogênio, Hélio, Lítio, Berílio. Pode-se até mesmo calcular com boa segurança as frações relativas desses elementos e os resultados concordam bem com o que é observado. Por outro lado, os elementos químicos mais pesados, como o Cálcio dos nossos ossos e o Ferro do nosso sangue, foram produzidos no interior das estrelas e em explosões de Supernovas ("morte" de estrelas). Mas qual foi a história detalhada entre esses dois estados de composição química?
Esse é o elo perdido, que na verdade deve se desdobrar numa enorme cadeia de eventos que envolve os mecanismos de formação de galáxias, a demografia, as características do meio interestelar, o papel da poeira no espaço e os diversos caminhos pelos quais estrelas podem se formar. O enigma começa a ser resolvido com os novos telescópios, que estarão voltados para as estrelas vizinhas à Terra em processo de formação. Com uma melhor resolução angular e mais potentes, os telescópios permitirão estudar a fundo o processo de formação estelar.
"O objetivo é, dada a gama de fenomenologia observada, restringir os modelos que podem descrevê-la", explica Francisco Jablonski, pesquisador do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais). É algo como o trabalho do detetive. A partir das pistas ou evidências, restringir os cenários que possam ter levado aos eventos em questão. Em outras palavras, limitar as variáveis fundamentais e suas combinações. No final, tem-se um panorama de como variam quantidades como densidades, temperaturas, campos magnéticos e suas combinações em processos coletivos. Entender a história da evolução química do Universo será um passo importante para a ciência. Estudos para descobrir como se deu a transformação da matéria inanimada na primeira biomolécula também serão realizados a fim de estabelecer todo o processo que um dia trouxe a vida ao nosso planeta. Os novos telescópios também estarão se voltando para os planetas do sistema solar, mesmo os mais distantes, como Plutão. A climatologia de planetas como Saturno e Júpiter deverá ser melhor entendida. A observação mais detalhada de nosso próprio sistema solar, na nossa vizinhança, pode trazer novas descobertas, particularmente no que diz respeito ao entendimento detalhado dos processos de transporte de energia em suas atmosferas. |
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Bibliografia / Créditos
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© 1999
Universidade Estadual de Campinas
Campinas, Brasil