|
||||||||||||
O
Programa Espacial Brasileiro
|
||||||||||||
O satélite brasileiro SCD-2a está em fase de testes no Laboratório de Integração e Testes do INPE |
Desde a década de 60 o Brasil teve a inciativa de institucionalizar as atividades espaciais. Com a criação da Agência Espacial Brasileira, em 1994, como uma autarquia civil vinculada ao Ministério da Ciência e Tecnologia, o Brasil passou a ter um órgão público coordenando os institutos e unidades de pesquisas que praticam atividades na área espacial. Os mais importantes são: o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), o Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE); e o Centro de Lançamento de Alcântara (CLA). O INPE, sediado em São José dos Campos, estado de São Paulo, desenvolve atividades de pesquisa básica nas áreas de Astrofísica e Geofísica. Além disso, trabalha também com aplicações de pesquisas espaciais, como sensoreamento remoto, meteorologia e oceanografia. Também sediado em São José dos Campos, o IAE, ligado ao Centro Técnico Aeroespacial (CTA) da Aeronáutica, desenvolve lançadores de satélites e foguetes de sondagem. Já o CLA coordena as atividades na base de lançamento de Alcântara, no estado do Maranhão, e também na Barreira do Inferno, em Natal, Rio Grande do Norte. A Infraero está encarregada de viabilizar a utilização comercial destas bases.
Como resultados já obtidos pode-se enumerar: a capacitação em construção, montagem e teste de satélites - o Brasil já tem em órbita dois satélites de coleta de dados ambientais, o SCD-1 e o SCD-2; o INPE possui o único laboratório latino-americano qualificado para montagem e teste de satélites, o LIT (Laboratório de Integração e Testes), que já prestou serviços para a Argentina, em testes de satélites; o a cordo de cooperação com a China para o desenvolvimento de satélites de sensoreamento remoto, o CBERS (China-Brasil Earth Resources Satellite) - o primeiro CBERS já está em órbita e o segundo está em fase de testes no LIT. O Brasil tem desenvolvido também uma série bem sucedida de foguetes de sondagem, que fazem um vôo pela estratosfera e depois caem no mar, sendo recolhidos. Na área de construção e lançamento de foguetes, foi desenvolvido o VLS-1 (Veículo Lançador de Satélites). A versão 1 do aparelho sofreu problemas em motores do primeiro estágio, o que impediu sua qualificação completa. O VLS-2 foi lançado em 99, tendo sido destruído em vôo.
Agradecimentos: Regina Célia França (assessora de imprensa da Agência Espacial Brasileira) e Paulo Escada (assessor de imprensa do INPE) pela ajuda durante o 51 IAF. José Monserrat Filho, pela gentil colaboração na entrevista concedida. |
|||||||||||
|
||||||||||||
|
||||||||||||
Atualizado em 21/10/2000 |
||||||||||||
http://www.comciencia.br |