Angra 2

 

 

 

 

Filmes indicados

Os senhores do holocausto (Day one). EUA, 1989. Dir. Joseph Sargent. Com Brian Dennehy e Hal Holbrook.

O início do fim (Fat man and little boy) . EUA, 1989. Dir. Roland Joffé. Com Paul Newman, Dwight Schultz, Bonnie Bedelia e John Cusack.

Há 55 anos, em 6 de agosto de 1945, foi lançada dos céus de Hiroshima a primeira bomba atômica. Chamada de Fat Man, sua explosão causou a morte instantânea de 70 mil pessoas. Outras 130 mil morreram momentos depois, após uma intensa agonia. Para produzir este artefato de poder destrutivo nunca antes atingido foi criado o primeiro projeto de Big Science da ciência moderna. O projeto Manhattan reuniu físicos de todo o mundo - sob o comando do cientista J. R. Oppenheimer e do general Leslie Groves - para a criação da arma que imporia o fim da Segunda Guerra Mundial.

Os filmes O início do fim e Os senhores do holocausto contam esta história. O medo de que os alemães estivessem trabalhando com uma arma semelhante, o desconhecimento do perigo do material radioativo, os conflitos entre o método de trabalho dos cientistas e dos militares, o ambiente de sigilo e confinamento criado pelos militares e as primeiras dúvidas sobre a ética do projeto são retratados, embora de maneira diferente, em ambos os filmes. Os senhores do holocausto constrói os personagens de uma maneira mais estereotipada (o general durão, o cientista anárquico e criativo), apesar de ser mais completo por ser mais longo. O início do fim é dirigido por Roland Joffé (A missão) e mostra como a bomba era importante para os militares não apenas para a Segunda Guerra (que já estava ganha quando a bomba foi lançada em Hiroshima) mas que seria um dos instrumentos mais importantes para a Guerra Fria que se iniciava.

 

A síndrome da China (The China syndrome). EUA, 1978. Dir. James Bridges. com Jane Fonda, Jack Lemmon e Michael Douglas.

O acidente de Three Mile Island foi o primeiro acidente envolvendo uma usina nuclear a sensibilizar a opinião pública para os riscos que ela trazia. Lançado doze dias antes do acidente, o filme A síndrome da China retrata as dificuldades de uma equipe de reportagem, que documentou um princípio de acidente em uma usina nuclear, para trazer o documento a público. Se a filmagem se tornasse de conhecimento público, a autorização para o funcionamento de uma nova unidade da usina estaria em risco, o que faz com que os donos da usina passem influenciar a rede de TV para que não exibam o documento. O princípio de acidente teria sido causado pela desatenção à algumas normas de segurança dispendiosas. A síndrome da China a que se refere o título é o nome do efeito que um acidente com este tipo de reator poderia trazer. O aquecimento interno tornar-se-ia incontrolável e o vaso em que o reator é contido derreteria, passando a afundar no chão até que chegasse na China. Além de ser um suspense emocionante, o filme dirigido por James Bridges é um alerta sobre como as pressões comerciais podem inibir uma preocupação séria com a segurança. No caso de uma usina nuclear, isto pode colocar a vida de um incontável número de pessoas em risco.

   
           
     

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Atualizado em 10/08/2000

   
     

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