Por Carlos Orsi
O elitista oprimido é o incel do mundo sócio-político-intelectual. O profeta seminal da raça foi, provavelmente, o filósofo reacionário francês Joseph de Maistre (1753-1821), que deixou copiosa obra onde afirma (e reafirma) sua inconformidade com a perda de poder e prestígio da aristocracia hereditária na Revolução Francesa, para ele uma abominação de proporções cósmicas. Continue lendo O mito da elite oprimida →
Por Adriana Dias
O ódio construído sobre três elementos – crença numa supremacia “natural” – se o branco não vence é porque foi sabotado; a criação de um “Outro conveniente” para assumir a culpa pelo próprio fracasso; e culto da masculinidade – desaloja qualquer possibilidade de diálogo. Há apenas paranoia: o povo branco vive em diáspora, visto que seus inimigos tomaram seu lugar para produzir seu genocídio. É uma resolução da incerteza pela violência. Continue lendo Neonazismos – ódio e sentido →
Por Odilon Caldeira Neto
Seja pela facilidade de colaboração e circulação de conteúdo em dimensão global, a internet é, atualmente, a principal plataforma para formação e disseminação de materiais e atividades neonazistas. É preciso ressaltar que a imaterialidade do virtual não implica inexistência no real, do mesmo modo que a intensidade do virtual não implica necessariamente massificação nas ruas. Ainda assim, a circulação dessas ideias impacta o real de diversas maneiras, seja pelas múltiplas dimensões da violência desses discursos de ódio, seja pela possibilidade de articulação em momentos de crise. Continue lendo Neonazismo no Brasil: uma leitura e algumas hipóteses →
Por Ana Carolina Rigoni Carmo e Danillo Avellar Bragança
“Foi a época da fé, foi a época da incredulidade, foi a estação da luz, foi a estação das trevas, a primavera da esperança, o inverno do desespero, tínhamos tudo diante de nós, tínhamos nada diante de nós.”
Charles Dickens Continue lendo Um conto e duas cidades: nazismo à moda do nosso século →
_revista de jornalismo científico do Labjor