Por Jonas Valente, Daniele Ferreira Seridório, Danilo Rothberg, Mariana Martins de Carvalho e Fernando Oliveira Paulino
A desestatização da EBC coloca o Brasil na contramão da discussão internacional sobre o papel da radiodifusão pública no combate à desinformação e ao crescimento de movimentos autoritários. Este texto é uma versão adaptada de policy paper produzido e divulgado no âmbito institucional da Federação Brasileira das Associações Científicas e Acadêmicas de Comunicação. Continue lendo O Brasil e a Empresa Brasil de Comunicação →
Por Eliane Gonçalves e Mariana Martins de Carvalho
Algumas sociedades construíram estruturas comunicacionais com o objetivo de reduzir as desigualdades que dão a alguns lugar privilegiado para exposição de ideias e opiniões. Sem sistemas para contrabalançar, lugares privilegiados de fala se retroalimentam e consolidam ainda mais privilégios. Ao longo do século XX sistemas comunicacionais de caráter público foram estruturados em vários países. Caracterizam-se por financiamento público, não terem o lucro como finalidade e contarem com salvaguardas para reduzir interferências do poder econômico do mercado e de ingerências dos governos: na Inglaterra, a BBC; no Japão, a NHK; nos Estados Unidos, as emissoras do sistema PBS; na Alemanha, os sistemas ZDF, ARD e a Deustche Welle (DW). Já o Brasil – apesar do princípio constitucional de complementaridade entre os sistemas privado, público e estatal de radiodifusão – mantém um dos ecossistemas comunicacionais mais desequilibrados do mundo. Continue lendo A fragilidade da comunicação pública no Brasil e sua relação com uma democracia nunca consolidada →
_revista de jornalismo científico do Labjor