Por José Moura Gonçalves Filho
Idiotia vem do grego clássico ίδιον (ídion), quando empregado para designar o que é próprio em oposição ao que é estrangeiro: daí que idiotia caracterize a incapacidade de viver o que não seja familiar e conhecido, caracteriza uma concentração de mim no que sou eu e meu grupo, caracteriza a ignorância de tudo que supera o meu grupo privado. Os idiotas só suportam a cidade enquanto for possível privatizá-la, ligá-la aos interesses e negócios da família ou do grupo com que estejam familiarizados. Continue lendo Traços psicológicos do respeito e do desrespeito aos direitos humanos →
Por Vivian Whiteman
Nenhum filme recente foi tão abordado pelo viés da saúde mental quanto Coringa de Todd Phillips. Basta uma busca rápida para encontrar artigos, análises e críticas sobre a obra que rendeu o Oscar de Melhor Ator a Joaquin Phoenix. O interesse pelo roteiro nesse sentido não é difícil de explicar: lances dramáticos ligados aos processos de um Édipo de fato trágico, aparecimento de traços psicóticos, passagem ao ato com requintes específicos, ataques de riso tão incontroláveis quanto inconvenientes, um histórico pessoal de abusos que vai do núcleo familiar mais próximo à conjuntura social. Freud pode não explicar, no que faz muito bem, mas é possível usar alguns de seus conceitos e ideias fundamentais para fazer um tipo específico de questionamento sobre as sequências do filme. Continue lendo A quem interessa manter populações inteiras de Arthur Flecks longe da psicanálise? →
_revista de jornalismo científico do Labjor