Por Stephan Sperling
Não há ODS da ONU capaz de indicar vida saudável e bem estar para todos sem incorrer em contradição diante da forma como a economia política capitalista está estruturada. O cenário internacional acumula notícias sombrias a respeito do futuro do direito à saúde, como o desfecho da Conferência Global sobre Atenção Primária à Saúde (2018). Abandonando os marcos da universalidade do acesso ao cuidado e da fundamentação dos Sistemas de Saúde no direito à saúde, a Declaração de Astana rende-se ao capital financeirizado defendendo o aprofundamento da segmentação do acesso entre consumidores do setor privado e usuários do sistema público. Continue lendo Objetivos de Desenvolvimento Sustentável: a que vida saudável e a qual bem estar nos levam? →
Por Camila Nunes Dias e Josiane da Silva Brito
No Brasil, a produção da delinquência se efetiva na constituição da prisão como lócus de articulação da criminalidade e de conformação de redes criminais mais amplas, densas e complexas. Para que a posição política estratégica da prisão seja preservada, faz-se necessário recriar continuamente formas de justificá-la, dispositivos técnicos e discursivos que a legitimem e permitam o fortalecimento do círculo vicioso que articula a dinâmica criminal e o encarceramento em massa como elementos políticos centrais.
Continue lendo A privatização das prisões em duas perspectivas: preso como mercadoria e gestão compartilhada com Comandos →
Por Suzana Petropouleas
Há vários tipos de percepção do que é a punição, desde aquelas mais ligadas ao sagrado até as condicionadas pela ordem profana. Para a antropologia, não há uma noção universal de punição, muito menos da necessidade de punir. Continue lendo Mesmo crime, diferentes sanções. O viés antropológico da punição →
_revista de jornalismo científico do Labjor