Por Letícia Naísa
crédito da imagem: Cris Vector
“O luto é um processo singular e próprio de cada pessoa, mas guerras, grandes desastres, naturais ou não, e a pandemia, que é uma grande crise sanitária e virou um desastre, atinge a todos. Nesse sentido, é coletivo sim. Dentro desse coletivo, temos nossas próprias formas de lidar com as circunstâncias. A pandemia não nos afetou igualmente, alguns de nós perdemos pessoas, outras não perderam ninguém por morte, mas perderam situações de vida significativas, como a casa, o emprego. Em um contexto como esse, a gente se comove com a situação de outras pessoas também, como quem perdeu alguém, pessoas que sofreram muito com a doença, ficaram com sequelas, mesmo que sejam pessoas que a gente nunca tenha visto na vida.” Continue lendo Maria Júlia Kovács: ‘Estamos em luto coletivo longo, com um presidente que fala coisas que nos horrorizam’