Por David Deccache
Os governos que se submetem – por interesse, medo ou ignorância – ao terrorismo mitológico das elites econômicas estão colocando em risco não apenas a democracia, mas também o nosso próprio futuro como humanidade, algo totalmente incompatível e irresponsável com os desafios do nosso tempo. Continue lendo Os humores do mercado como instrumento de governança neoliberal: autoritarismo econômico e hegemonia ideológica →
Por David Deccache
A crise da democracia coincide com a ampliação acelerada das desigualdades de renda e riqueza, que têm aumentado em quase todos os lugares desde a década de 1980. Não custa lembrar que a década de 1980 é o período que concretizou uma espécie de revolução antikeynesiana, uma reação teórica e política contra o Estado intervencionista e de bem-estar social que marcou a idade de ouro do capitalismo (1945-1973). A recente onda de autoritarismo que observamos no mundo não é mera coincidência: trata-se da manifestação política do esgarçamento do nosso tecido social. Ou encaramos o desafio das reformas ou teremos que lidar com riscos crescentes de rupturas institucionais e democráticas. Continue lendo Salvar a democracia exige reformas fiscais profundas →
Por David Deccache
Este artigo abordará três mitos econômicos recorrentes, descrevendo não apenas os equívocos teóricos que carregam mas também revelando a que interesses servem. Os mitos que discutiremos, nesta ordem, são: (i) o Estado brasileiro quebrou e a austeridade fiscal é a única saída; (ii) os credores irão exigir altas taxas de juros se o Estado não seguir as políticas econômicas que o mercado propõe; (iii) a emissão de moeda gera, necessariamente, inflação. Continue lendo Três mitos sobre a economia brasileira: a quem servem? →
Por David Deccache
As políticas econômicas emergenciais evitaram um colapso sistêmico. Contudo, as consequências da pandemia são de caráter estrutural e permanente. Isso porque os danos econômicos atuais são significativos em termos de desemprego; falência de pequenas empresas; precarização no mundo do trabalho e, por consequência, ampliação das desigualdades interseccionais. Este contexto impõe a discussão de um novo papel para o Estado, que dê centralidade à reconstrução e ampliação da nossa infraestrutura física e social deteriorada por anos de políticas de austeridade fiscal; garanta o pleno emprego dos fatores de produção; combata as múltiplas desigualdades com políticas de transferência direta de renda e invista pesado em capacitação tecnológica para a superação dos desafios ambientais crescentes. Para alcançar tal objetivo, é necessária a superação das teorias econômicas convencionais que colocam o equilíbrio fiscal acima da plena utilização da capacidade produtiva da economia. Neste sentido, o presente artigo defende que a Teoria Monetária Moderna (MMT) é a abordagem mais adequada para a compreensão e viabilização deste novo papel que o Estado precisará cumprir no mundo pós-pandemia. Continue lendo Repensando o papel do Estado em um mundo pós-pandemia: Lições da Teoria Monetária Moderna →
_revista de jornalismo científico do Labjor