publicado originalmente na revista Jacobin(a) em julho de 2021
Continue lendo Diga sim à exploração do espaço e não ao capitalismo espacial
publicado originalmente na revista Jacobin(a) em julho de 2021
Continue lendo Diga sim à exploração do espaço e não ao capitalismo espacial
Por Roberto Moraes Pessanha
Este ensaio dá prosseguimento ao texto publicado na revista ComCiência do Laboratório de Estudos Avançados em Jornalismo da Unicamp em parceria com a SBPC: “Commoditificação de dados, concentração econômica e controle político como elementos da autofagia do capitalismo de plataforma” [1]. No primeiro texto foram apresentadas interpretações teóricas sobre o capitalismo de plataformas, dados empíricos e análises sobre a expansão do uso das redes sociais e dos streamings e a relação disto com o processo de plataformização. Nesse segundo texto o foco são as dimensões econômica e espacial sobre o movimento do comércio eletrônico (e-commerce) no Brasil nos últimos anos. As análises nessas dimensões permitem que se avance nas investigações sobre o processo de plataformização, como importante elemento que contribui para o deslocamento do capitalismo contemporâneo. Continue lendo Disputa no e-commerce de varejo no Brasil: entre o intangível do digital e a materialidade da infraestrutura de logística
Sim, a confluência de tecnologias – da impressão 3D com a internet das coisas (IoT), da robótica com a neurociência, da inteligência artificial com a biologia sintética – poderá trazer produtos e serviços superiores. Mas não há indícios de que os produtos e serviços da quarta revolução industrial vão alterar a tendência de concentração econômica. A automação elimina postos de trabalho e cria outros: há quem indique um ganho líquido nesse processo. Ainda assim, também ganha força o debate sobre a necessidade de vincular a nova revolução a uma renda básica universal e de preservar os serviços públicos da invasão da “algoritmização” privada. Continue lendo Revolução tecnológica, automação e vigilância
Por Steven Johnson
O que Satoshi Nakamoto (ninguém sabe quem ele é ou se na verdade é um coletivo de programadores) introduziu no mundo em 2008 foi uma maneira de concordar com o conteúdo de um banco de dados que não tivesse ninguém “no comando”, e uma forma de compensar as pessoas por ajudar a tornar esse banco de dados mais valioso, sem que essas pessoas estivessem numa folha de pagamento oficial ou detivessem ações numa entidade corporativa. Juntas, essas duas ideias resolveram o problema do banco de dados distribuído e o problema de financiamento. De repente havia uma forma de suportar protocolos abertos não disponíveis na infância do Facebook. A ideia do blockchain propõe soluções não estatais para excessos capitalistas como monopólios de informação. Todos devem ter direito a um armazenamento de dados privado, onde todas as várias facetas de sua identidade online sejam mantidas. Esses protocolos de identidade seriam desenvolvidos no blockchain, fonte aberta. Ideologicamente falando, aquele depósito de dados privados seria um verdadeiro esforço em equipe: construído como um ‘intellectual commons’, financiado por especuladores de ‘tokens’, apoiado por regulamentação do Estado. Continue lendo Blockchain: além da bolha do Bitcoin