É urgente regular as big techs – muito além do conteúdo Continue lendo A democracia diante de uma esfera ‘pública’ privatizada
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Bianca Kremer: O que é rentável e comercializável na Internet tem cor, raça, e gênero muito bem definidos
Por Fernanda Pardini Ricci e Maíra Torres
As tecnologias são majoritariamente produzidas por pessoas que têm raça e classe bem definidas e, geralmente, compreensões de mundo distintas em relação a pessoas negras. Na prática, mesmo que essa tecnologia erre, ela está acertando alguém, de um grupo muito bem definido, perpetuando o processo de persecução penal de pessoas negras e de super encarceramento dessa população no Brasil. Continue lendo Bianca Kremer: O que é rentável e comercializável na Internet tem cor, raça, e gênero muito bem definidos
Considerações pessoais sobre mídias sociais e eleições
A linguagem das redes favorece a direita: surfar no senso comum e nos preconceitos exige menos elaboração e um público menos atento do que um discurso crítico. Mas não há opção. Continue lendo Considerações pessoais sobre mídias sociais e eleições
Comunicação pública, propriedade privada
A sociedade civil no Brasil nunca teve força para aplicar um regulamento público aos meios de comunicação privados que atuam na comunicação pública. Continue lendo Comunicação pública, propriedade privada
Trabalho virtual?
Por Ricardo Antunes
Não há celulares, computadores, satélites, algoritmos, big data, internet das coisas, Indústria 4.0, 5G, ou seja, nada do chamado mundo virtual e digital que não dependa do labor que começa nos subterrâneos. Se o trabalho virtual não cessa de se expandir, é bom não esquecer que nenhum smartphone ou tablet pode sequer existir sem a interação com as atividades humanas, inclusive aquela que nos remete às cavernas: a extração mineral. Sem a produção de energia, cabos, computadores, celulares e tantos outros produtos materiais; sem o lançamento de satélites; sem a construção de edifícios onde tudo isso é produzido e vendido, sem a produção e a condução de veículos que viabilizem sua distribuição, a internet não poderia sequer existir. Nas plataformas digitais, os algoritmos, concebidos pelas corporações globais para controlar tempos, ritmos e movimentos de todas as atividades laborativas, foram o ingrediente que faltava para, sob uma falsa aparência de autonomia, impulsionar, comandar e induzir modalidades intensas de extração do sobretrabalho, nas quais as jornadas de 14 (ou mais) horas de trabalho estão longe de ser a exceção. Continue lendo Trabalho virtual?
Mentiras lucrativas: modelos de negócio da web exploram radicalismos e ameaçam democracias
A má informação é mais popular, mais sensacional, gera mais cliques, mais reações emocionais, entretenimento e engajamento do que a informação verdadeira. E a reação das plataformas, até mesmo por esses motivos, tem sido estruturalmente agnóstica, ou seja, de incorporação do desvio como se fosse parte da normalidade. A má informação se tornou um negócio, tanto do ponto de vista político quanto do ponto de vista financeiro. A frase “não é bug, é feature” se aplica muito bem aqui, porque a má informação é incorporada e usufrui do sistema de recompensas hoje instituído. Continue lendo Mentiras lucrativas: modelos de negócio da web exploram radicalismos e ameaçam democracias
Como Katie Bouman encontrou uma laranja na Lua
Por Marcelo Soares
Um século depois da observação do eclipse total do sol em Sobral, fotografado com imagens ampliadas 231 vezes para testar a teoria da relatividade geral, o mundo celebrou um novo teste feito com as tecnologias de ponta do novo século: imagens de altíssima definição feitas por supertelescópios ao redor do globo e isolando a parte relevante com o uso de inteligência artificial. Continue lendo Como Katie Bouman encontrou uma laranja na Lua
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Regulação algorítmica e os Estados democráticos
Algoritmos são performativos. Isso quer dizer que alteram os ambientes em que são utilizados. Geram efeitos, muitos dos quais não previsíveis. Por isso, é fundamental que as sociedades democráticas avancem na compreensão das implicações dos algoritmos. Só assim será possível encontrar o melhor modo de regular essas tecnologias que começaram a regular nosso comportamento e nossa relação com o Estado. Mas os sistemas algorítmicos são envoltos pelo sigilo. Isso gera um grave problema para o Estado democrático, uma vez que a democracia não convive bem com a opacidade. A questão aqui colocada é como fiscalizar algo que não tem o seu funcionamento transparente. Como compreender um conjunto de milhares de linhas de códigos e funções matemáticas que podem se alterar constantemente? Este texto é fruto das análises oriundas do projeto de pesquisa “Regulação Algorítmica no setor público: mapeamento teórico e programático”, financiado pela Fapesp. Continue lendo Regulação algorítmica e os Estados democráticos
Algoritmos, monolitos
Por Carlos Vogt Continue lendo Algoritmos, monolitos