Os especialistas consideram que, da mesma forma que a eletricidade, o uso do gás natural apresenta alto índice de segurança, desde que sejam obedecidas as instruções e normas das empresas distribuidoras do produto.
O gás natural tem uma densidade inferior a do ar e, por isso, dissipa-se na atmosfera, evitando sua acumulação em caso de eventual vazamento em suas tubulações, nos interiores dos locais em uso. Diminui-se assim o perigo de explosões ou intoxicações. Já com o gás liqüefeito de petróleo (GLP), utilizado nos botijões, ocorre exatamente o contrário, pois esse gás é mais denso que o ar e portando, quando há vazamento, deposita-se no ambiente, aumentando a possibilidade de explosão.
Outra característica do gás natural é seu baixo índice de poluição quando comparado a outros derivados do petróleo. Segundo Gentil Canton, professor da PUC de Campinas, a queima deste gás libera menos chumbo e pouca quantidade de gases que afetam a camada de ozônio. Segundo Canton, apesar de não poder ser considerado uma energia limpa, o aspecto menos poluente do gás natural torna-o muito mais competitivo que o petróleo.
O gás natural é utilizado como combustível industrial, comercial, veicular e residencial, além de servir ainda como matéria-prima nas petroquímicas, empresas de fertilizantes e para a redução do minério de ferro na siderurgia. Na geração de eletricidade serve também como combustível para as usinas termelétricas e na co-geração, produção combinada de vapor e eletricidade. O gás natural é a terceira maior fonte de energia primária do mundo, só superado pelo petróleo e carvão. Sua produção e uso aumentaram sensivelmente após a crise do petróleo nos anos 70, quando as pesquisas sobre petróleo acabaram encontrando um grande volume de gás natural.
Reservas do
gás natural nacional
Levantamentos e estudos da Petrobrás registram que as reservas de gás
natural no Brasil somam cerca de 409,8 bilhões de metros cúbicos.
O volume total provado alcança 225,9 bilhões de metros cúbicos
(55, 1%) e o restante, 183,9 bilhões de m3 (44.9%) é a soma das
reservas prováveis e possíveis. O maior volume de gás natural
encontra-se no campo da Amazônia, na região de Urucu, com um total
de aproximado de 26, 5 bilhões de m3. A bacia de Campos (RJ) vem em segundo
lugar com 23,7 bilhões de m3.
Os campos marítimos foram responsáveis por 64% da produção de gás natural do país (6,6 bilhões de m3), enquanto as áreas terrestres responderam por 36% (3,7 bilhões de m3).As reservas brasileiras comprovadas que em 1990 oscilavam em torno de 172 bilhões de m3, chegaram a 226 bilhões de m3 em 1998