Sim, a confluência de tecnologias – da impressão 3D com a internet das coisas (IoT), da robótica com a neurociência, da inteligência artificial com a biologia sintética – poderá trazer produtos e serviços superiores. Mas não há indícios de que os produtos e serviços da quarta revolução industrial vão alterar a tendência de concentração econômica. A automação elimina postos de trabalho e cria outros: há quem indique um ganho líquido nesse processo. Ainda assim, também ganha força o debate sobre a necessidade de vincular a nova revolução a uma renda básica universal e de preservar os serviços públicos da invasão da “algoritmização” privada. Continue lendo Revolução tecnológica, automação e vigilância
Blockchain: além da bolha do Bitcoin
Por Steven Johnson
O que Satoshi Nakamoto (ninguém sabe quem ele é ou se na verdade é um coletivo de programadores) introduziu no mundo em 2008 foi uma maneira de concordar com o conteúdo de um banco de dados que não tivesse ninguém “no comando”, e uma forma de compensar as pessoas por ajudar a tornar esse banco de dados mais valioso, sem que essas pessoas estivessem numa folha de pagamento oficial ou detivessem ações numa entidade corporativa. Juntas, essas duas ideias resolveram o problema do banco de dados distribuído e o problema de financiamento. De repente havia uma forma de suportar protocolos abertos não disponíveis na infância do Facebook. A ideia do blockchain propõe soluções não estatais para excessos capitalistas como monopólios de informação. Todos devem ter direito a um armazenamento de dados privado, onde todas as várias facetas de sua identidade online sejam mantidas. Esses protocolos de identidade seriam desenvolvidos no blockchain, fonte aberta. Ideologicamente falando, aquele depósito de dados privados seria um verdadeiro esforço em equipe: construído como um ‘intellectual commons’, financiado por especuladores de ‘tokens’, apoiado por regulamentação do Estado. Continue lendo Blockchain: além da bolha do Bitcoin
Por uma política pró-competitividade para a indústria
Por Igor Rocha, Venilton Tadini e Guilherme Magacho
Análises a-históricas têm propagado a ideia de que o crescimento econômico não tem um caráter setorial específico, que não há dinamismo distinto entre os setores da economia. Uma análise pragmática das trajetórias de crescimento mostra que estão fortemente associadas à composição setorial da produção e à pauta de exportações dos países. Quando se fala em indústria 4.0, deve-se considerar quais são os setores em cada país que mais se beneficiarão da adoção de novas tecnologias e novos processos e, então, criar condições para que realizem a transição. Continue lendo Por uma política pró-competitividade para a indústria
Complexidade econômica, de Paulo Gala
Autor explora as descobertas do Atlas da complexidade econômica, o mais relevante banco de dados de big data em economia da atualidade. Com essa criação do físico Cesar Hidalgo e do economista Ricardo Hausmann numa parceria MIT-Harvard, a abordagem empírica veio dar uma força aos que quebram a cabeça para entender a antiquíssima questão da riqueza das nações e forneceu evidência hard science para reforçar o ponto de vista dos estruturalistas, aqueles que consideram não ser assim tão vantajoso (como dizem por aí) um país se especializar na exportação de alpiste. Continue lendo Complexidade econômica, de Paulo Gala
Política governamental e modernização do ensino são essenciais para a indústria 4.0
Por Sophia La Banca de Oliveira
Francisco Ignácio Giocondo Cesar, professor do Instituto Federal de São Paulo, defende que, para se manter competitivo, o Brasil precisa estabelecer parcerias entre universidades e indústrias e criar políticas de longo prazo. Continue lendo Política governamental e modernização do ensino são essenciais para a indústria 4.0
Mudança de paradigma produtivo requer plano de ação entre sistema empresarial e governamental
Por Adilson Roberto Gonçalves, Graciele Almeida de Oliveira e Virginia Vilhena
Com essa nova onda de inovações que promete uma integração maior entre os ambientes físico e virtual, indústria, sociedade, negócios e economia, tanto local quanto global, terão que passar por grandes alterações de maneira a fomentar a inovação para a integração de sistemas e inteligência nos processos, produtos e serviços. De startups a grandes multinacionais, todas as empresas correm o risco de serem tragadas e eliminadas do mercado caso não invistam nessa nova proposta de produção, emergente e irreversível. Continue lendo Mudança de paradigma produtivo requer plano de ação entre sistema empresarial e governamental
Agtechs: tecnologias para agricultura inspiram novos mercados
Por Paula Drummond de Castro e Maria Beatriz Machado Bonacelli
Ecossistema de inovação em desenvolvimento abre terreno fértil para as empresas de tecnologia aplicada ao agronegócio, porém falta de estrutura, como conectividade no campo, ainda é uma barreira. Continue lendo Agtechs: tecnologias para agricultura inspiram novos mercados
Manufatura aditiva: primeiras impressões 3D e o futuro da produção camada por camada
Por Eduardo Cruz Moraes e Maria Letícia Bonatelli
Seja na área médica ou na aeronáutica, a manufatura aditiva – mais conhecida como impressão 3D – já possibilitou grandes avanços, desde a prototipagem até a fabricação de tecidos orgânicos, e ainda encontra muito espaço para crescer. O domínio dessa tecnologia é de importância estratégica para os países que esperam se inserir na indústria 4.0 Continue lendo Manufatura aditiva: primeiras impressões 3D e o futuro da produção camada por camada
Pensando fora da caixa: robótica avançada
Por Leonardo Fernandes
O sistema robotizado de empacotamento de celulares desenvolvido por pesquisadores brasileiros é adotado como padrão nas operações de multinacional. Entretanto, a manufatura avançada no Brasil ainda tem um longo caminho para se consolidar na indústria devido à falta de informação do empresariado. Continue lendo Pensando fora da caixa: robótica avançada
Startups para reiniciar e atualizar a indústria na versão 4.0
Por Camila P. Cunha
Em um cenário dominado por empresas de baixa intensidade tecnológica e conservadoras, a conexão entre grandes empresas e startups pode fomentar o ecossistema da inovação, reduzindo a inércia tecnológica e preparando o Brasil para competir no mundo da indústria 4.0 Continue lendo Startups para reiniciar e atualizar a indústria na versão 4.0