Diga sim à exploração do espaço e não ao capitalismo espacial

publicado originalmente na revista Jacobin(a) em julho de 2021

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Dossiê 251 – Abril de 2024

As pautas deste dossiê foram concebidas pela editora especial convidada Patricia Mariuzzo, a quem agradecemos imensamente por sua gentileza, atenção, tempo e trabalho.

Patricia Mariuzzo é especialista em divulgação de ciência, gestora de comunicação do Hub Internacional para o Desenvolvimento Sustentável (HIDS) e pesquisadora associada do Centro de Estudos sobre Urbanização para o Conhecimento e a Inovação (CEUCI)

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De Manchester ao Vale do Silício – Como os distritos do conhecimento substituíram os distritos industriais

Por Gabriela Celani e Marcela Noronha

 Ao longo do século XX, muitos municípios brasileiros estabeleceram seus distritos industriais, reservando parte de seu território para receber um tipo de atividade econômica com demandas específicas, como disponibilidade de grandes lotes, acesso à água e à energia elétrica, acessibilidade por ferrovias ou rodovias e proximidade a mão de obra, além de incentivos fiscais. Esse tipo de distrito contribuiu para o enriquecimento de muitas cidades. Assim, Sorocaba passou a ser conhecida como a Manchester paulista, Juiz de Fora como a Manchester mineira etc., em referência à cidade inglesa que foi o berço da Revolução Industrial. Entre as décadas de1950 e 1980, a economia brasileira cresceu de maneira extraordinária, a uma média de 4,5% ao ano, com forte contribuição da indústria de transformação[1]. Contudo, a partir da segunda metade da década de 80, o país viveu um processo de desindustrialização[2]. Continue lendo De Manchester ao Vale do Silício – Como os distritos do conhecimento substituíram os distritos industriais

Apego ao lugar e comportamentos pró-ambientais em ambientes urbanos

Por Zahra Alinam e Adriane Eloah

Há evidências de que existe uma relação significativa entre a formação do indivíduo e o apego ao lugar em que ele se insere. Com o desenvolvimento das sociedades humanas e a transformação dos estilos e das condições de vida das pessoas, arquitetos e urbanistas têm se concentrado cada vez mais na qualidade dos ambientes construídos e dos espaços urbanos. E esse ambiente engloba mais do que apenas elementos físicos: ele também inclui mensagens, significados e símbolos que as pessoas interpretam com base em seus papéis, expectativas e motivações. O sentimento que surge da percepção e do julgamento de um indivíduo sobre um ambiente específico é o que denominamos “senso de lugar”. Ele desempenha um papel vital em fomentar a harmonia entre os indivíduos e seu ambiente, levando à melhor utilização do espaço, à satisfação do usuário e, por fim, ao senso de apego e de presença contínua no ambiente. Continue lendo Apego ao lugar e comportamentos pró-ambientais em ambientes urbanos

‘Desenvolvimento urbano azul’ baseado no conhecimento

Por Emília Wanda Rutkowski

Em 2004, a National Geographic organizou uma expedição de cientistas e demógrafos, sob a coordenação de Dan Buettner, em busca de comunidades que desfrutam de vida digna inclusive na velhice. Tais lugares ficaram conhecidos como Zonas Azuis pela existência de um mapa onde Gianni Pes e Michel Poulain marcaram com círculos dessa cor as comunidades longevas que encontraram em seus estudos. O trabalho da expedição pode ser encontrado em um site[1], em um livro[2] e no documentário Como viver até os 100: os segredos das zonas azuis (2023), disponível na Netflix. Continue lendo ‘Desenvolvimento urbano azul’ baseado no conhecimento

_revista de jornalismo científico do Labjor