Um ‘tira-dúvidas oficial’ com a Anvisa

Por Graziele Souza

O papel da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, Anvisa, é principalmente, a proteção da saúde da população, por meio do controle sanitário da produção e consumo de produtos e serviços submetidos à vigilância sanitária, incluindo os ambientes, os processos, os insumos e as tecnologias a eles relacionados. Também é responsável pelo controle dos portos, aeroportos, fronteiras e nas alfândegas. Continue lendo Um ‘tira-dúvidas oficial’ com a Anvisa

Pós-verdade e pós-falsidade

Por Carlos Vogt

Pós-verdade é mais um conceito-coringa, próprio da contemporaneidade, como pós-modernidade, e outros pós que virão. Diz tudo e diz nada, porque é feito da confusão entre o que se transforma, por conhecer, e a transformação do conhecimento na banalidade de receitas de autoajuda epistemológica. Mas é, ele próprio, derivado, entre outras coisas, da mudança de paradigma científico que se deu ao longo do século XX, com ênfase na substituição de um modelo ontológico de verdade por um modelo probabilístico. Continue lendo Pós-verdade e pós-falsidade

Poder de automação: interferência de bots sociais na política global

Por Samuel C. Woolley

As formas como softwares sociais automáticos estão sendo implantados, bem como os grupos por trás da implantação, estão mudando. Os pesquisadores de ciência da computação descobriram que os bots sociais podem ser usados além da simples interação homem-bot, rumo a uma garimpagem em larga escala dos dados de usuário e verdadeira manipulação da opinião pública em sites como Facebook e Twitter.

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Leonardo Sakamoto: O futuro das redes sociais está diretamente ligado ao futuro da educação para as redes sociais

Por Gustavo Almeida e Tiago Alcantara

As redes sociais são maravilhosas; elas aproximam pessoas, facilitam revoluções, encurtam distâncias. Mas, ao mesmo tempo, você tornar possível o contato de muita gente que não está preparada para essa comunicação sem prepará-la para isso, pode significar que essas pessoas se tornem veiculadoras de boatos e mentiras que possam criar problemas graves para a sociedade, ou mesmo acreditarem em boatos e mentiras porque não estão acostumadas, inclusive, em entender, por exemplo, que uma matéria bem apurada é mais forte que um meme que foi enviado pelo seu “best friend forever” de algum lugar E, não sendo preparada, ela pode cair mais facilmente numa rede de mentiras ou se tornar, ela mesma, vetor de difusão de mentiras. Continue lendo Leonardo Sakamoto: O futuro das redes sociais está diretamente ligado ao futuro da educação para as redes sociais

Os meios de comunicação e a democracia

Por Luis Felipe Miguel

Nos regimes que, em geral, aceitamos como “democráticos” o povo não governa. Sua influência nas decisões políticas é filtrada por mecanismos de intermediação, entre os quais a mídia. A falsificação escancarada e a omissão deliberada não resumem o repertório de formas de intervenção política da mídia. Ainda mais crucial é o poder de determinar a agenda que receberá atenção pública, os agentes e as posições relevantes. Há casos de manipulação ostensiva, mas o mais importante é o efeito sistemático da reduzida pluralidade do noticiário. Continue lendo Os meios de comunicação e a democracia

Um fantasma assombra o mundo. Mas… qual é mesmo sua identidade?

Por Reginaldo C. Moraes

O reino da pós-verdade não é uma consequência de qualquer “determinismo tecnológico” ou o fruto da “explosão da informação” que, supostamente, caracteriza nosso cotidiano, balcanizando e fragmentando a informação, disseminando a crença em tudo e, portanto, em nada. Aquilo que por vezes se tem chamado imprecisamente de “sombra do fascismo” é um filho legítimo do movimento de fim da história, isto é, da caricatura de democracia liberal e de mercado livre que os poderes fáticos do centro do mundo impuseram ao planeta como destino inelutável. É surpreendente que os personagens vocacionados para o sucesso hoje sejam encarnação da “anti-política”? Pode ser um empresário excêntrico e agressivo, pode ser um chefe cripto-hitleriano. A emergência desses tipos é uma descendência legítima da apologia da globalização. A mídia conservadora americana não via Trump como o candidato dos sonhos. Mas não podem rejeitar a paternidade. A imprensa liberal também o recusa, evidentemente. Mas não pode negar que ele é a versão cínica e truculenta daquilo que fazem, elegantemente, os falcões globalistas do Partido Democrata. Continue lendo Um fantasma assombra o mundo. Mas… qual é mesmo sua identidade?

_revista de jornalismo científico do Labjor