A utopia distópica da ficção científica japonesa

Por Janete da Silva Oliveira

A relação do Japão com o “estrangeiro” vem de longa data, e atualiza-se no pós-guerra com a tragédia da bomba atômica, desastre que transformou o país na primeira nação pós-apocalipse nuclear, e esse fato foi e é determinante na relação com a tecnologia.  Continue lendo A utopia distópica da ficção científica japonesa

“Nas veredas do tempo e a contrapelo da história: por um cinema brasileiro de ficção científica”

Por Alfredo Suppia

Cinema de ficção científica no Brasil: que bicho é esse? Foi com esse título que escrevi, há pouco mais de dez anos, um primeiro panorama do cinema brasileiro de ficção científica. Tentava percorrer uma filmografia que, por vários motivos, permanecia até então subterrânea em nossa historiografia clássica do cinema. Continue lendo “Nas veredas do tempo e a contrapelo da história: por um cinema brasileiro de ficção científica”

Uma árdua batalha entre forma e conteúdo: o herói de ficção científica e a “neutralidade” de gênero

Por Thais Farias Lassali

A ausência de feminilidade no heroísmo faz com que, de uma maneira geral, personagens com muitas características femininas não sejam vistas como possíveis heróis ou como personagens que possam, de fato, solucionar o problema proposto pela narrativa. Nesse sentido se explica com mais espessura as heroínas: para elas serem aceitáveis como dignas do mínimo de heroicidade, elas precisam ser neutralizadas. Continue lendo Uma árdua batalha entre forma e conteúdo: o herói de ficção científica e a “neutralidade” de gênero

Ficção científica ajuda ensino de ciência, desde que haja tempo adequado, infraestrutura e articulação curricular

Por Roberto Takata

Para especialista, gênero cria “clima cultural de valorização da ciência” mesmo quando não é cientificamente rigoroso. Pesquisa recente aponta baixo conhecimento de clássicos da ficção científica entre estudantes do ensino médio no Brasil, que ignoram até mesmo Guerra nas estrelas. Continue lendo Ficção científica ajuda ensino de ciência, desde que haja tempo adequado, infraestrutura e articulação curricular

Os oráculos da pós-modernidade: ficção científica, ciência e o futuro

Por Vitor Chiodi

Na introdução do clássico A mão esquerda da escuridão, Ursula Le Guin (2014) diz que a ficção científica é muito mais um comentário sobre o presente que uma forma de tentar prever o futuro. Ainda assim, é muito comum que se avalie ficções científicas do passado a partir da sua suposta capacidade de antecipar acontecimentos. Um sinal no presente que confirme alguma suspeita e, quase instantaneamente, surge um novo oráculo que já estava ali,  a dizer os próximos passos, e o que e a quem temer. A ficção científica conecta ciência e público em torno de imaginários tecnocientíficos. Em certo sentido se torna uma forma de pensar a ciência e a tecnologia e especular para onde elas podem nos levar. Narrar o futuro se torna uma ferramenta para pensar o presente, como tão bem descreveu Le Guin. Continue lendo Os oráculos da pós-modernidade: ficção científica, ciência e o futuro

“A chegada”: ficção científica contemporânea e a temática do tempo e do futuro

Por Maria Cristina Couto

Os filmes de ficção científica procuram projetar o futuro da humanidade a partir de dimensões diversas: os cenários, os objetos e as personagens. Essa projeção, em A chegada, além de referir-se ao futuro de maneira objetiva, aponta também para questões amplas da humanidade, como a incerteza, quais seriam as possibilidades a partir do conhecimento do tempo futuro e ainda qual a importância da linguagem e das comunicações nesse contexto. Continue lendo “A chegada”: ficção científica contemporânea e a temática do tempo e do futuro

Luiz Bras: Nosso tempo precisa de novos mitos, não dualistas, que incluam e equilibrem as mais diferentes polaridades

Por Janaína Quitério

Escrever contos e romances sobre criaturas moldadas em laboratório ou puramente eletrônicas é se relacionar com o outro. Com o estranho estrangeiro que nasceu de nós mesmos, mas apresenta outra subjetividade. Isso nos obriga a sair da rotina e pensar formas desconhecidas de interação política e comunicação afetiva. Continue lendo Luiz Bras: Nosso tempo precisa de novos mitos, não dualistas, que incluam e equilibrem as mais diferentes polaridades

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