2008
02/06/2008
Laura Valéria Vesga Goméz
Salta-Argentina
Aos senhores editores
da revista ComCiência
Prezados Srs.,
Dirijo-me aos senhores com o objetivo de comentar que os artigos publicados na revista ComCiência estão me proporcionando uma valiosa ajuda. Pois, baseando-me nesses artigos, estou elaborando um planejamento de uma boa parte das minhas aulas para o ensino do português nos níveis básico e pré-intermediário, que ministro aqui, na capital da província de Salta, Argentina.
Minha inquietude em ministrar aulas de português encontra-se no projeto “Português para todos”, que contém uma proposta para o conhecimento de umas das ferramentas fundamentais para a comunicação: a língua portuguesa e os aspectos culturais de meu país natal, Brasil. O mesmo, além disso, oferece-me a oportunidade de gerar minha própria metodologia de ensino, que é de fundamental importância pelo fato de ser estrangeira neste país.
É de meu interesse levar a cabo essa experiência, em que o planejamento dos cursos esteja baseado em atividades que fazem uso da música e do cinema brasileiro, e dos artigos de divulgação científica que os senhores colocam via internet. Um dos objetivos é oferecer uma proposta do ensino de idioma que possa se distinguir das ofertas dos idiomas clássicos, como o inglês. Além disso, porque acredito que meu país é uma grande potência e é vizinho da Argentina, portanto mais perto que qualquer dos países de fala inglesa, esse projeto que desenvolvo está aberto para qualquer pessoa que se interesse em capacitar-se nas diferentes áreas do conhecimento através da língua portuguesa.
Muitas pessoas aqui na Argentina consideram que, pelo difundido “portunhol”, todas as palavras em português se compreendem claramente, embora, na hora de falar e entender corretamente, seja necessária a dedicação da língua para interiorizar-se com o idioma.
Aproveito a oportunidade para parabenizar os senhores pelo enorme esforço em levar à frente uma publicação dessa índole, pois a mesma é um canal de informação muito útil para que os estudantes argentinos interessados em acrescentar seus conhecimentos na língua e na cultura brasileira tenham a oportunidade de trabalhar com informações atualizadas procedentes das investigações desenvolvidas no Brasil.
Saudações cordiais. Respeitosamente.
03/05/2008 Vivian Carolyne Ferraz
São Caetano do Sul-SP
17 anos, estudante universitária
Gostaria de parabenizar o site, pois nele pude encontrar informações importantes para elaborar meu trabalho de conclusão de série. Sou estudante de nutrição e gosto de me manter informada sobre descobertas e debates sobre o assunto e tudo que se relaciona a ele.
Obrigada!
06/04/2008 Claudia Hosbach
Alemanha
44 anos, ensino superior completo, profissional da mídia
Adorei!!! Adorei esta revista eletrônica. Sou brasileira, jornalista, morando na Alemanha. Estou pesquisando sobre origem do homem, comportamentos, instintos e sua relação com o mundo animal. Achei este site, que tem muito do que procuro para fazer minha pesquisa, meu estudo sobre este assunto que tanto amo. Maravilhoso. Valeu.
Obrigada
27/03/2008 Cláudia Coelho
São Paulo-SP
22 anos, ensino superior completo, profissional da mídia
Adorei o "mix" de informações!!! Não dá pra ter um conhecimento limitado atualmente, mas sim saber um pouco de tudo, ainda mais quem é formado em publicidade e trabalha em um Departamento de Comunicação, como no meu caso... É por serviços assim que vale à pena terem criado a "bendita da internet" rs! Valeu!
18/03/2008
Fernanda Macedo
Caros amigos da equipe do Labjor, muito obrigada por mais este número do periódico eletrônico ComCiência . Irei aproveitar esta leitura porque de fato é um tema interessante pelas conseqüências que pode ter uma interpretação ou aplicação errada dos chamados “indicadores”.
Grande abraço da Fernanda
07/03/2008 Mayra de Sousa Siqueira Santos
João Pessoa-PB
20 anos, estudante de ensino fundamental ou médio
Finalmente achei um site sério, científico e sem distorções sensacionalistas da mídia. Fico muito feliz por ter encontrado tamanha riqueza nos variados temas abordados, parabéns!
03/01/2008
Valéria Monteiro de Souza
Olá pessoal, sou uma jovem apaixonada pela ciência, mais especificamente por astrofísica. Gostaria de parabenizá-los pelo site, que descobri hoje numa tentativa de enriquecer meus conhecimentos sobre os novos investimentos da Nasa na área da nanotecnologia. Sou estudante do Cefet-PA, e meu objetivo é estudar bastante para um dia fazer aquilo que gosto e contribuir, de alguma forma, para o avanço da ciência. Mais uma vez, meus parabéns.
Valéria Souza
2007
13/12/2007
Carlos Roberto da Silva Oliveira Filho
Prezado editor senhor Carlos Vogt,
Como aeronauta e ex-diretor sindical venho discutindo a saúde dos tripulantes brasileiros. Tenho lido sobre radiação cósmica, entretanto o artigo do link acima foi o mais objetivo que me deparei. Fui ao vosso endereço eletrônico e fico feliz em conhecer um ótimo site sobre jornalismo científico. Sou editor previdenciário do site www.oaviao.com . Inevitavelmente, tenho que conhecer as condições laborais dos aeronautas, ou pelo menos o que me deixam saber. Ficarei grato se puder me enviar trabalhos que evidenciem esta exposição juntos aos aeronavegantes. Infelizmente, aqui no Brasil, os aeronautas estão estigmatizados, não por acaso, como turistas remunerados, o que convenhamos não é verdadeiro.
Desde já agradeço a apreciação desta solicitação.
13/11/2007
Michèle Sato
Caro Carlos e equipe ComCiência,
Fantástico e preciso momento do último número da Revista Eletrônica sobre tempo, pressa e panacéia virtual, que a fenomenologia parece que ainda não deu conta de compreender. Eu estava tentando escrever sobre a importância do movimento do slow food , quando chegou o boletim. Maravilhoso, como sempre! De tudo, apenas Clarice Lispector para dialogar no seu belo Haiku:
"Mude,
mas mude devagar...
o que importa é a direção
e não a velocidade"
um brinde ao slow food !
05/11/2007
Viviani Vieira Marques Marçal
Londrina-PR
28 anos, doutoranda
Gostaria de parabenizar pelo site e demonstrar meu interesse pelo curso oferecido pelo Labjor. Como pesquisadora, acredito que devemos buscar meios para divulgar a ciência. Nosso país necessita de informação clara e objetiva.
09/10/2007
Ricardo Pimentel Méllo
Bom dia!
Por acaso encontrei a revista. Atualmente sou professor da graduação e mestrado em psicologia na Universidade Federal do Ceará. Indicarei textos para alunos se deliciarem. Um abraço e parabéns!
09/09/2007
AdeirT.Reis
Belo Horizonte-MG
60 anos, ensino médio completo, consultor/autônomo
Amei o artigo “O Significado do Tempo: Einstein & Bergson”, de Márcio Barreto e porque sou apaixonada por este grande filósofo, Henri Bergson. Peço que dediquem o máximo de espaço a ele, que tanto bem pode fazer à humanidade nesta hora de máxima incerteza, e quando todos os valores estão se desintegrando, empobrecendo as consciências e impedindo nossa "evolução criadora". Divulguem mais as idéias de Bergson, pelo amor à vida e, principalmente, As duas fontes da moral e da religião , onde ele encerra maravilhosamente com esta mais que perfeita afirmativa: “O universo é uma máquina de fazer deuses”.
Amei COMCIÊNCIA!
21/08/2007 Gilvan Herbert de Freitas
Diadema-SP
38 anos, ensino superior completo, empresa privada
Caros amigo, parabéns pelo excelente trabalho de informação e formação cidadã que a revista realiza. Sucesso e continuem prestando esse imprescindível trabalho à sociedade.
Grato
18/08/2007
Wlademir Camilo de Lima
Salvador- BA
48 anos, ensino superior completo
O contato com as notícias da ciência desvela um novo mundo, maravilhoso de saber, alicerce para um futuro melhor.
10/08/2007 Renata Ornelas
Ensino superior completo, profissional da mídia
A revista ComCiência trata de forma bastante clara temas ligados à tecnologia, cumprindo, dessa forma, com o papel que deve ser assumido por todo veículo de comunicação: informar.
Parabéns pelo trabalho.
31/07/2007 Evandro Angelo de Jesus
Ponta Porá-MS
47 anos, ensino superior completo, prof./pesq. universidade
Esta página é minha pedra fundamental!
06/07/2007
José Hilton Santana
Divinópolis- MG
47 anos, ensino superior completo, prof./pesq. universidade
Tomei conhecimento da revista ComCiência a partir de uma pesquisa em um site de buscas. Tive uma grata surpresa em conhecer essa Revista. Parabéns pelo brilhantismo nas abordagens dos temas contemporâneos.
03/07/2007
Therezinha Barros da Silva
Brasília-DF
80 anos, mestranda, aposentada
Fiquei feliz e renovada em meu espírito ao receber, de uma ex-aluna de Cachoeiro do Itapemirim, ES, e-mail indicando-me a revista ComCiência . Obrigada pela oportunidade de receber sempre novas informações.
07/06/2007 Erica Blasts
Luanda-Angola
Blastafenia2005@yahoo.com.br
19 anos, estudante universitário
Gostei do vosso site que aborda vários assuntos, sempre visito este site quando estou a fazer pesquisas da faculdade, e os meus colegas da faculdade adoram também a vossa revista, e eu quero estar actualizado.
13/05/2007
Claudia Amorim Catauassu Nunes
Prezado doutor e professor
Carlos Vogt,
Agradeço a gentileza do envio da revista eletrônica ComCiência , publicada pela Labjor e a SBPC. O trabalho da SBPC, Labjor, Fiocruz, e tantos outros órgãos de ciência e educação, nos deixam esperançosos de ver o Brasil inovando, definindo rumos sólidos, na direção do desenvolvimento nacional, nos diversos campos do conhecimento. Precisamos da iniciativa, da determinação, da divulgação e desmistificação da ciência, por serem estes mestres e doutores, os precursores, no presente, da melhoria das condições de saúde, educação e desenvolvimento do povo brasileiro. A ciência exige paciência para alcançar a vacina, as novas descobertas. Equipes qualificadas nos darão prazer em viver, sem sobressaltos, sem dogmas, sem promessas, com a dedicação daqueles que trabalham arduamente, no desejo de obter sucesso na reabilitação e cura das enfermidades.
Saúde, paz e realizações.
Atenciosamente
2006
Humberto Mondadori
Estudante de Ciências Biológicas
Universidade Federal da Bahia
Venho congratular vocês, pelo serviço que oferecem a sociedade disseminando informação e conhecimento direcionados pela vanguarda da comunidade científica. Eu especificamente agradeço devido ao auxílio proporcionado por vocês no nível acadêmico trazendo artigos que, mesmo que um pouco superficiais às vezes, são diretamente focados em assuntos discutidos em sala de aula. Abraços a toda equipe!!!!
Perpétua Guimarães Prudêncio
Estive lendo ComCiência e fiquei maravilhada com tantas informações e com a possibilidade de adquirir conhecimento em áreas complexas como considero ser a ciência semiótica. Sou professora de língua e lingüística na Universidade do Sul de Santa Catarina (Unisul) de Tubarão. Tenho o mestrado em ciências da linguagem por esta universidade. Gostaria de estabelecer contato com alguém da equipe de ComCiência . E mais: parabenizá-los por esse trabalho relativamente ao conhecimento. Um abraço
Denilson Sodré
Bom dia. Esta revista eletrônica é simplesmente fantástica, o conteúdo das matérias é super interessante, envolvente e bem embasado na atualidade... Todos vocês que são responsáveis por esta maravilhosa revista são ótimos e merecem meus sinceros parabéns. De um satisfeito leitor assíduo
Jorgino Pompeu Junior
Um instante de silêncio. Ouçam os aplausos. Vocês os merecem. Persistam. Todos nós, até os que não se manifestam, agradecem. É sempre um banho de cultura.
2005
Francisco Bernar de Almeida Figueiredo
Gostaria de agradecer a revista e ao Labjor por estarem efetuando um ótimo trabalho para o desenvolvimento do jornalismo científico no Brasil, e dando a oportunidade para todos que precisam de informações com os temas abordados em todas as edições anteriores e a criação do dossiê. Eu sou fã do trabalho dessa equipe super competente, desde o ano de 2001, e nunca quero deixar de receber as novidades do mundo da ciência. Parabéns!
José João
Parabéns a toda a equipe da ComCiência , que com a reformulação da página mostra mais uma vez que a ciência não deve se distanciar do seu verdadeiro enfoque: a humanidade. Além de mais organizados, os conteúdos estão mais bonitos e a página mais séria. Novamente meus parabéns.
2004
05/05/2004
Anna Carolina
Estudante do ensino fundamental
Esse site é ótimo para fazer trabalhos de escola... Vocês estão de parabéns!!!
20/04/2004
Antonio H. Miguel
Universidade da Califórnia, Estados Unidos
Adorei ler sua crônica "Transportação" na última ComCiência . Me chamou a atenção sua descrição da viagem que, menino, fez e que "durou 14 horas para um percurso de cerca de 400 Km, numa média de velocidade de 28 Km por hora". Pois, bem, com todo avanço tecnológico dos veículos automotores modernos (no meu caso um Audi A4 1.8T modelo ano 2004!), e das super-estradas locais, a viagem de 44 km, na hora do rush, entre a cidade onde eu moro (Pasadena) e Westwood onde trabalho (Universidade da Califórnia (UCLA), Los Angeles) e feita em cerca de 70 minutos, ou seja, a uma média de 38 Km por hora, um pouquinho mais rápida que a antiga Maria Fumaça que você descreve! Aqui, como aí, as novas tecnologias de motores, e a construção de estradas maravilhosas pouco ajudaram, porque a administração do trânsito continua a mesma da época da Maria Fumaça! A grave insuficiência de transporte coletivo aqui em Los Angeles é uma vergonha nacional, quando comparada a outras metrópoles de grande porte, como a RM de São Paulo!
Saudações e um abraço,
08/03/2004
José Higino Dias Filho
Professor universitário
Essa publicação é de grande importância para todos, pois viabiliza uma divulgação científica eficiente e de grande qualidade, contendo informações sobre novas conquistas e discussões atuais no meio científico. Outro fator importante: informa sobre a ciência feita no Brasil.
2003
13/02/2003
Vânia Cléria
Professora universitária
Fiquei maravilhada com os artigos e reportagens da revista ComCiência , referentes às universidades. Trabalho na Superintendência de Educação Superior e Fomento à Pesquisa, na Secretaria de Estado de Ciência e Tecnologia (Goiânia-GO). Será bem valioso ao nosso trabalho, receber e-mails desta renomada revista.
22/05/2003
Sandra Fonseca
Muito interessante essa última edição – apesar de ser suspeita para falar, pois sou secretária no Departamento de Raios Cósmicos e Cronologia do IFGW – , as reportagens foram escritas por pesquisadores renomados numa linguagem elucidativa que atendem não somente pessoas de áreas afins como a leigos no assunto. Parabéns pela revista.
12/08/2003
Georgios Pappas Jr
Laboratório de Bioinformática da Universidade Católica de Brasília
Gostaria de parabenizá-los pelo trabalho soberbo realizado por vocês na edição
especial de “Bioinformática”. Foi o levantamento mais completo da área feito até hoje e com certeza vai servir como ponto de partida para diversas pessoas. Congratulações a todos.
2002
18/02/02
Osvaldo Luiz Leal de Moraes
Professor universitário
Trabalho com modelos de tempo e clima e coordeno a equipe que realiza o monitoramento ambiental na região do complexo energético do Rio das Antas ( ComCiência , nº 29). A reportagem que divulga nosso trabalho ficou excelente. Parabéns.
05/04/2002
Roque Sponholz
Professor universitário
Ler ComCiência tornou-se um salutar hábito. Sou arquiteto-urbanista e gostaria de cumprimentá-los pela excelência do último número. Parabéns!
05/04/2002
Renato Guimarães de Oliveira
Foi uma grata surpresa receber os artigos da ComCiência sobre “Cidades”, que me foram enviados pela biblioteca de nossa empresa. Tenho usado tais textos para discutir com meus amigos e colegas os assuntos abordados, oportunos, claros e muito instrutivos a todos nós que habitamos os grandes aglomerados urbanos do nosso país. Parabéns!
2001
04/09/2001
Wilson Cardozo de Sá
Vocês da ComCiência estão de parabéns pelo brilhante trabalho que estão desenvolvendo na área jornalística e de tecnologia.
Consumo – junho 2008 Entrevista - Marilena Lazzarini
Alda Lerayer
Diretora Executiva do Conselho de
Informações sobre Biotecnologia (CIB)
Como diretora do Conselho de
Informações sobre Biotecnologia (CIB), uma entidade formada por cerca de 75
conselheiros, em sua maioria cientistas e profissionais liberais atuantes na
área da biotecnologia, gostaria apenas de esclarecer que a recente liberação de
variedades de milho transgênico no Brasil foi aprovada pelo órgão legalmente
atribuído dessa finalidade.
A Lei de Biossegurança (Lei
11.105/2005) determina que a análise da segurança de organismos geneticamente
modificados no Brasil compete exclusivamente à Comissão Técnica Nacional de
Biossegurança (CTNBio). Trata-se de um colegiado composto por 54 especialistas,
com grau de doutor, de renomadas instituições das áreas de saúde humana e
animal, meio ambiente, defesa do consumidor e agricultura familiar, dentre
outras, além de representantes de nove ministérios.
Portanto, no nosso ponto de
vista, a aprovação dos milhos transgênicos respeitou a todos os critérios
técnicos e científicos exigidos pela legislação e pelos rígidos protocolos
internos da CTNBio para liberação comercial. Deste modo, o consumidor fez-se
também plenamente respeitado. Inclusive, o Conselho Nacional de Biossegurança
(CNBS), formado por 11 ministros, aprovou no último dia 18 de junho uma
terceira variedade de milho transgênico, e reafirmou a competência exclusiva da
CTNBio sobre deliberações referentes à biossegurança. Ficou definido nessa reunião
que o CNBS só deverá analisar recursos administrativos relacionados a questões
de interesse nacional ou que envolverem aspectos econômicos e sociais. Com a
decisão, o CNBS deixa de avaliar recursos que apresentem os mesmos argumentos
técnicos já analisados na CTNBio, como ocorreu no caso das três variedades de
milho aprovadas pela CTNBio e depois ratificadas pelo CNBS.
Gostaria também de lembrar que a
denúncia feita contra o Brasil junto ao Comitê de Cumprimento do Protocolo de
Cartagena de Biossegurança por suposto desrespeito ao tratado internacional não
foi considerada pelo mesmo comitê, uma vez que apenas outros países signatários
podem protocolar denúncias. Além disso, os países-membro têm até 2010 para
cumprir as decisões do protocolo que o Brasil supostamente teria desrespeitado.
Por fim, convido todos aqueles
que têm interesse no tema em visitar o site www.cib.org.br para acessar estudos
nacionais e internacionais sobre biotecnologia e transgênicos. Em especial,
recomendo este artigo do professor Marcelo Gravina de Moraes, PhD, da
Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), sobre a segurança dos
transgênicos.
Ficamos à disposição para
esclarecimentos pelo e-mail cib@cib.org.br.
Etanol - abril/2007
Priscila Oliveira Advogada
Preocupo-me com essa história da monocultura. Se tudo for cana o que será das nossas demais necessidades? Coitada da população. Imagina quanto não vai subir o preço da carne, cereais (cesta básica - arroz e feijão!!). Tudo pode ser afetado. Daí teria que entrar o governo para pôr as rédeas (leis/limitação/disciplina). Não sei por que esses representantes que foram democraticamente eleitos - ex. Frank Aguiar/Clodovil - não me inspiram grande confiança.O artigo de Otavio Valentim Balsadi - O mercado de trabalho assalariado na cultura da cana-de-açúcar - deixou bem claro para mim a imparcialidade e seriedade do trabalho da revista ComCiência - realmente ele apontou os prós (alto índice de formalidade) e os contras (salário por produção), e não só os contras como vejo todos os dias, meros ataques ao setor.Além do que, fiquei ainda mais feliz com o panorama que se apresenta, porque se a proliferação sucroalcoleira continuar nesse ritmo, as vacas serão cada dia mais gordas para essa jovem advogada de usineiros.
“ISA vê riscos na coleta de DNA indígena”
Notícia publicada em 12/07/2006
Fabrício
R. Santos
Professor da Uiversidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte-MG
Coordenador da pesquisa do Projeto Genográfico
Como coordenador
da pesquisa sobre o Projeto Genográfico na América
do Sul, cuja instituição executora é a Universidade Federal
de Minas Gerais, venho apresentar esclarecimentos sobre os dados a serem gerados
neste projeto e papel de nossa instituição na garantia de todos
os direitos indígenas.
Primeiro, sou extremamente
oposto a projetos que utilizaram e ainda utilizam com fins comerciais material
genético de povos indígenas ou nativos, não apenas do Brasil,
mas das Américas, Ásia, África etc. Também sou contrário
ao uso atual do DNA de indígenas brasileiros em pesquisas, sem a devida
autorização destes povos, mesmo que até hoje não
tenham sido registrados pedidos de patentes de DNA (apenas de linhagens celulares)
- e que foram posterior e justamente derrubadas.
No momento, o projeto
encontra-se em análise na Comissão Nacional de Ética em
Pesquisas (CONEP) e já tramitou pelo Conselho Nacional de Pesquisas (CNPq)
e Fundação Nacional do Índio (FUNAI) que deram sugestões
para melhorar a execução deste no Brasil.
Entendemos a preocupação
do ISA e, no ano de 2005, foi enviado àquela instituição,
a membros da diretoria e ao Conselheiro Prof. Eduardo Viveiros de Castro, uma
versão anterior do projeto, justamente para colher contribuição
e sugestões, mas ainda não tivemos retorno. Para nós é
muito importante construir este projeto junto a todas instituições
relacionadas às comunidades indígenas, e aos próprios povos
indígenas. A parte de consulta direta aos indígenas é feita
apenas após a aprovação do projeto nas instituições
competentes, principalmente a CONEP.
Quanto ao uso dos
dados, ressaltamos que aqueles gerados neste projeto serão apenas informativos
para estudos históricos. Geneticistas que trabalham com DNA humano sabem
que há diferentes regiões, algumas só trazem informação
histórica. Trabalho com o mesmo tipo de dados há mais de uma década.
Tal como muitos outros pesquisadores no Brasil e no exterior. Estes dados históricos
estão já publicados e são volumosos, e não é
possível fazer uso indevido (não-histórico), como o advogado
comentou.
Não vamos
fazer seqüências de genomas, só vamos analisar regiões
do DNA que não representam genes, não haverá coleta de
dados de saúde ou implicações médicas, e todo o
processo será anônimo nestes bancos de dados. Além disto,
prevemos todas as garantias, pois os indígenas neste projeto são
os reais proprietários de seu DNA e não poderá ser transferido
qualquer direito deles à nossa pesquisa. O DNA, que deverá ser
totalmente utilizado no Projeto, ficará na Universidade Federal de Minas
Gerais (UFMG), fiel depositária deste material. Nunca será transferido
a outro laboratório para fazer o uso indevido, não previsto neste
projeto, pois isto é para nós "caso de polícia".
A execução
do Projeto na América do Sul é independente dos demais centros,
que deverá respeitar as peculiaridades dos seus povos nativos. Nos demais
centros de pesquisa, como Índia, Rússia, Oriente Médio,
China, América do Norte que têm várias populações
nativas, também tiveram problemas anteriores em estudos médicos/biotecnológicos
que não garantiram o reconhecimento dos povos nativos sobre seu material
genético. No Projeto Genográfico, os povos nativos são
os únicos proprietários de seu material genético e os dados
não poderão ter uso médico/biotecnológico ou outro
fim comercial.
Quanto ao comentário
do Dr. Mathias "justificativa é equivocada e parte de uma premissa
errônea segundo a qual todos os povos indígenas estão fadados
à desaparição" me remete à justificativa do
Projeto de Diversidade Genômica Humana, o qual somos contrários.
Naquele projeto, resolveram que deveriam ser feitas linhagens de células
imortalizadas (que nunca morrem e geram quantidades infinitas de DNA), justificando
que eles se extinguiriam, mas com as células imortalizadas a informação
que estaria no DNA (principalmente médicas) estariam a salvo! Mas quem
garantiria que este DNA que eternamente seria produzido não pudesse ser
utilizado futuramente em uma pesquisa médica que gerasse patentes? Por
exemplo, existem células de indígenas brasileiros nos EUA cujo
DNA é distribuído para pesquisas médicas, mas sem autorização
da CONEP, o que para nós é extremamente equivocado.
No Projeto Genográfico
estamos preocupados com o desaparecimento das línguas indígenas,
dos costumes, danças. Vários povos inteiros migraram no último
século para as cidades, muitos porque não tinham terra demarcada
para sobreviverem. Nas cidades (ex: Manaus) estes povos deixaram de passar para
outras gerações a sua cultura, língua, hoje falam apenas
português. Assim, com o tempo eles deixam de ser uma cultura indígena
contextualizada historicamente. É necessário chamar a atenção
da sociedade para estas culturas que desaparecem. Em 1500 no Brasil existiam
mais de 1000 línguas, hoje são apenas 190 de acordo com o próprio
Instituto Sócio Ambiental (ISA). Quem sabe com ajuda da sociedade brasileira
e também de outros países, aqueles povos indígenas que
queiram preservar suas línguas e costumes, possam ter terras remarcadas,
reconhecimento e apoio do governo etc. Entendemos que em alguns outros países
e até no Brasil a população indígena está
aumentando a população, mas não há como recuperar
as línguas e costumes que não foram passados às gerações
de hoje, que estão desaparecendo como afirma o próprio ISA e órgãos
internacionais como a UNESCO.
Queremos construir
um projeto transparente com contribuição das instituições
relacionadas à pesquisa com indígenas e também a partir
de reivindicações dos próprios povos indígenas,
respeitando as regras específicas de cada país e comunidade indígena.
Estamos tentando trazer para o Brasil a execução deste projeto
que abrange regionalmente a América do Sul e parte da Central, demonstrando
que podemos utilizar o DNA da mesma forma que a Arqueologia, a Lingüística
e a Antropologia Física (estudo dos ossos) fazem para reconstruir a história
dos povos nativos do Brasil e de outras partes do mundo. Entendemos que a história
é um patrimônio a que temos direito, e queremos utilizá-la
para ressaltar a importância destes povos nativos e da velocidade com
que estão perdendo suas línguas e costumes.
Nunca houve um
megaprojeto com este compromisso e respeito anteriormente. No entanto, podem
ser averiguados os vários estudos históricos pequenos feitos com
povos indígenas pelo nosso laboratório e por outros do Brasil,
com resultados divulgados no site da FUNAI, ISA e outras organizações
indígenas, e meios diferentes de divulgação. Queremos complementar
a história com esta ferramenta que já aprendemos bastante como
utilizar para este fim.
Beleza
- julho/2006
Rogerio Cansi
tiercansi@unb.br
Qual realmente o valor do belo? Será que a beleza é unicamente
uma construção cultural? Qual a função da estética
na espécie humana e demanis animais? São perguntas que não
são trabalhadas nesta última edição da ComCiência.
Vários trabalhos de destaque conceituando a estética e seu fruto
nos moldes culturais, porém a beleza como um valor adaptativo, como um
instrumento da seleção em nenhum momento é requisitado.
Vejo esta situação como um preconceito, ou até mesmo um
feudalismo científico, onde as ciências humanas se negam a um diálogo
inter e multidisciplinar, isto é uma pena, pois quem perde realmente
é o conhecimento humano.
Cronistas
e viajantes - junho/06
Antônio
Bentes
antoniobentesjr@gmail.com
Esperava que em uma revista mantida pela SBPC não fosse possível
a manipulação de informações. No trabalho "De
volta ao Orinoco, seguindo von Humboldt" de Yurij Castelfranchi, publicado
no último número da revista ComCiência o autor afirma que
garimpeiros brasileiros dizimaram toda uma aldeia yanomai em Haximu. Só
mesmo um desinformado para fazer tal afirmação. Na época
ficou provado que houve quatro mortos, e a questão foi suscitada pela
Funai pois Collor de Melo falava em rever a área yanomami.
Resposta
do repórter
Prezado Antônio Bentes,
Agradeço sua mensagem. Em nosso trabalho, as críticas são
mais preciosas que os elogios. Sua afirmação, porém, de
que “na época ficou provado que houve quatro mortos, e a questão
foi suscitada pela Funai” é incorreta. Regra de base na prática
jornalística é a de tratar como fatos eventos dos quais somos
testemunhas diretas, ou para os quais temos à disposição
fontes confiáveis.
Além disso,
é regra deontológica checar sempre as fontes e cruzar opiniões
diferentes toda vez que um fato está no centro de um conflito de poder
ou de interesses, como acontece no caso do chamado massacre de Haximu. O que
aconteceu na época é que, apesar de tentativas de acobertar o
caso, o massacre foi comprovado. Não pela Funai (que, em todo caso, é
um órgão do Governo Federal, fonte não “desinformada”),
mas graças às testemunhas, às provas recolhidas durante
a investigação, aos restos dos corpos e, enfim, por decisão
do Juiz Federal Itagiba Catta Preta Neto e, sucessivamente, pela sentença
do Supremo Tribunal de Justiça (STJ).
Segundo os autos
do processo, foram mortas pelo menos 16 pessoas, entre as quais três mulheres,
três moças adolescentes, quatro crianças e um bebê.
Alguns a tiros, outros esquartejados por facão. Dos 22 garimpeiros participantes
da chacina, 4 foram condenados no julgamento proferido em Boa Vista (RR), que
impôs aos criminosos apenas que variaram entre 19 e 20 anos de reclusão.
O crime não foi considerado de homicídio e, sim, de genocídio.
O desaparecimento de muitos corpos, devido a vários fatores (a demora
na investigação, o costume dos yanomami de cremar seus mortos,
possível ocultação de alguns cadáveres, etc.), causou
a dúvida de que as vitimas pudessem ser até mais numerosas. Sucessivamente,
a 5ª Turma do Superior Tribunal de Justiça rejeitou, em decisão
unânime, os embargos de declaração dos garimpeiros condenados
e confirmou como plenamente válida a decisão do Juiz Federal.
(http://www1.folha.uol.com.br/folha/cotidiano/ult95u29934.shtml).
Foi um genocídio
comprovado, hediondo, indigno de uma democracia. Mais indigna ainda foi a tentativa,
por parte de alguns representantes do Exército e do Governo do Estado
de Roraima, de minimizar, ridicularizar ou acobertar o fato. A crônica
do massacre e alguns depoimentos dos sobreviventes, se encontram resumidos neste
documento: http://observatorio.ultimosegundo.ig.com.br/artigos/yanomami.doc
Existe também
um ótimo livro (“Murder in the Rainforest: The Yanomami, the Gold
Miners and the Amazon”, por Jan Rocha) que explica também as razões
profundas da chacina e as razões pelas tentativas de refrear o evento
por parte da sociedade brasileira. Além disso, graves atos de violência
contra os índios continuam acontecendo com freqüência assustadora,
especialmente em áreas de conflito pela terra, como os estados de Roraima
e Mato Grosso do Sul. Muitas vezes, não recebem devida atenção,
ou são minimizados por profissionais da mídia ou exponentes políticos
e das forças armadas.
De alguns destes
fatos (espancamento de indígenas, ameaças de morte, etc.) eu sou
testemunha direta. No Rio Orinoco, observei diretamente a presença de
dezenas de garimpeiros armados em situação de ilegalidade, muito
dos quais, infelizmente, brasileiros.
Cordialmente,
Yurij Castelfranchi
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