O
SUS – Sistema Único de Saúde – é reputado ser o maior e mais abrangente dos
sistemas públicos de saúde do mundo, indo desde o atendimento ambulatorial até
procedimentos de alta complexidade, como, por exemplo, o transplante de órgãos.
Criado
pela Constituição Federal em 1988, o seu objetivo e compromisso é garantir o
acesso integral, universal e gratuito da população aos benefícios sociais da
saúde pública no Brasil.
O
desafio é grande e os obstáculos ao funcionamento pleno do sistema são também
enormes, entre eles, além do tamanho da população e do próprio território
nacional, por onde ela se distribui, as questões econômico-financeiras, os
problemas de gestão e as variações do humor político dos dirigentes.
Conceitualmente,
o programa é muito bem concebido e tem servido de modelo para outros programas
em outros países. Estruturalmente, sua concepção é também adequada e
pertinente, considerando os seus propósitos e a filosofia que o embasa.
Operacionalmente, isto é, no seu modo de funcionamento efetivo, é que residem
os grandes problemas do SUS.
Esses
problemas, contudo, não podem por em risco a integridade do sistema, nem fazer
regredir as conquistas e avanços sociais que ele representa no cenário das
políticas públicas de saúde no país.
O
Brasil construiu, ao longo dos anos, durante o século XX e neste início do novo
século, outros programas sofisticados, eficientes e eficazes, como é o caso do
sistema de pós-graduação e de pesquisa.
Mas
o que se levou anos para ser feito, pode ser posto a perder em tempo muito
curto, dado o caráter corrosivo do descaso, do equívoco e dos erros de avalição
das autoridades responsáveis.
Esse
é o nó górdio que precisa ser desatado e esse é o grande desafio que, também na
área de saúde pública, temos todos de enfrentar no país.
|