10/08/2009
Como as redes mudaram nossas vidas Por Rubens Zaidan
Pouca gente prestou atenção em recente e significativa mudança no mais tradicional programa de entrevistas da televisão aberta brasileira, por conta das novas tecnologias. O programa Roda Viva, da TV Cultura, no ar desde 1986, passou a ser transmitido "ao vivo", apenas pela internet. Já pela emissora de televisão, o programa é gravado e exibido sem cortes no mesmo dia, no horário habitual – às 22h30 da segunda-feira. Essa mudança – que os analistas sociais poderiam facilmente rotular de anomalia dentro do paradigma tradicional da mídia – se soma a outras menos "invasivas" à rotina cristalizada do público, mas também importantes e já implantadas no relacionamento das TVs, jornais e emissoras de rádio, preocupadas com a "sedução" da internet. O que foi surpresa para o telespectador cativo do programa da Cultura não chegaria a espantar o sociólogo espanhol Manuel Castells que, em seu livro A galáxia da internet, de 2001, não esconde seu fascínio pelo meio como ferramenta de difusão da informação em escala planetária. Ele estuda há décadas os efeitos da informação sobre a cultura, a economia e a sociedade em geral.
Considerado pela crítica européia como o "primeiro sociólogo do cyber espaço", Castells parafraseia McLuhan – que cunhou a expressão "galáxia de Gutemberg", para se referir a um dos três períodos da evolução das comunicações – no título do livro e na definição do seu objeto de estudo: em A galáxia da internet, a rede é a mensagem. Para Castells, se a tecnologia da informação é hoje o que a eletricidade representou para a "Era Industrial", a internet poderia ser equiparada tanto a uma rede elétrica quanto ao motor elétrico, pela capacidade de distribuir a força da informação em todas as áreas da atividade humana. Ela funciona também como base tecnológica para a forma organizacional da "Era da Informação".
Exclusão social
O sociólogo lamenta que a internet colabore para agravar a situação dos excluídos, especialmente nos grandes aglomerados urbanos, desigualdade social que, para ele, tem como base a educação. Seu livro – cujo subtítulo é "Reflexões sobre a internet, os negócios e a sociedade" – garante ao leitor uma refinada e detalhada interpretação acadêmica sobre os aspectos técnicos, econômicos e culturais sobre a rede, sem perder de vista o destino dos marginalizados do processo: 55 % da humanidade mal sobrevive com menos de dois dólares por dia, faz questão de denunciar. Para Castells, ao lado de um crescimento substancial de produtividade, valor econômico e desenvolvimento tecnológico, houve aumento da exclusão e da desigualdade social.
Desde a publicação de sua trilogia "A Era da Informação", entre 1996 e 1998, o autor se mostra atento às consequências para a economia do uso dessa ferramenta. E quando fala, em A galáxia da internet, sobre orgia financeira, soa como uma profecia para o rombo das hipotecas dos Estados Unidos, que contaminou as finanças do mundo todo, sete anos depois. No entendimento do sociólogo, as redes de computador que transformaram os mercados financeiros provocaram, além da redução de custo dos negócios, mais qualidade, eficiência e satisfação do comprador. Para o autor, a transação eletrônica aumenta o número de investidores, através de redes descentralizadas. O alerta é claro: na era da internet, caracterizada por mercados financeiros sistematicamente voláteis, movidos a informação, a capacidade de viver perigosamente torna-se parte do estilo de vida empresarial. O autor lembra que a nova economia, que tem os negócios eletrônicos à frente, é organizada em torno de redes de computadores, que pela sua própria natureza e agilidade, induzem a inovações, maior grau de insegurança e risco.
O surgimento da internet nos Estados Unidos, segundo Castells, é fruto de um mix curioso e improvável: da big science, da pesquisa militar e da cultura libertária, sempre tendo como base três princípios: estrutura de rede descentralizada, poder computacional – ambos distribuídos através dos nó s da rede – e redundância de funções na rede para diminuir o risco de desconexão.
Tom libertário
A novidade da produção de tecnologia pelos usuários, que além de fazer também a sua inovação, se soma, segundo a análise de Castells, no caso da internet, ao poder de distribuir para todo o mundo, em tempo real, novos usos e as modificações já incorporadas. Isso é suficiente para impulsionar mais rapidamente seu crescimento. O tom libertário do veículo, que Castells considera importante na luta contra governos totalitários – é para ele produto da soma de várias culturas, envolvidas no seu dia-a-dia: tecnomeritocrática, hacker, comunitária virtual e empresarial. Para o especialista, esses fatores estão na base do alicerce organizacional, sempre de acordo com os princípios de liberdade, cooperação, reciprocidade e informalidade.
Castells admite que o maior problema dos governos é saber que se pode apenas vigiar a internet, mas não controlá-la. Os exemplos que driblam as censuras vão desde blogueiros chineses e cubanos, que ploriferaram nos últimos anos, até os recentes protestos contra a violência e a suposta fraude nas eleições iranianas. O sociólogo prega que apesar do desgaste de legitimidade dos governos, o ideal seria a participação dos regimes democráticos na manutenção da liberdade de informação. Melhor ainda se, ao invés dos governos usarem a internet como meio de controle, os cidadãos pudessem controlar os políticos, acessando todas as informações de interesse público.
Individualismo e sociabilidade
Nos anos 1960-1970, era comum a discussão em torno da possibilidade da TV acabar com o diálogo familiar. Muitos estudos inconclusivos foram feitos. Na era da internet, a discussão gira em torno das comunidades virtuais e/ ou sociedades de rede para saber se ela produz isolamento social. Castells admite alguns indícios sob certas circunstâncias, mas diante dos dados de vários estudos, diz que é difícil chegar a uma conclusão definitiva. O que é certo é que a sociabilidade, com base não em laços residenciais, mas em afinidades pessoais ou de grupo, foi intensificada pelo uso da internet, mais especificamente pelo denominado individualismo em rede.
As pessoas, nota Castells, se organizam cada vez mais em redes sociais mediadas por computador. "O individualismo em rede é um padrão social, não um acúmulo de indivíduos isolados", afirma. Essas redes são montadas de acordo com valores, interesses, afinidades e projetos. Daí a explicação para o surgimento de novas formas de relacionamento familiar, com reforço de integração em torno, por exemplo, de um website da família.
Liberdade de expressão x privacidade
Nos Estados Unidos, centro da internet, existe uma decisão da Corte Suprema contra qualquer tipo de controle sobre o meio, "porque há o direito constitucional ao caos". Castells se refere à falta de controle não só política, empresarial e financeira, mas da expressão de forma geral. Na Europa, segundo ele, existem meios mais prudentes que o laissez faire americano, permitindo maior proteção à privacidade. Para Castells, não é a tecnologia e sim o uso que se faz dela que determinará o futuro da sociedade.
O importante desse livro é que ao invés de ditar normas, o autor procura oferecer o máximo de informações sobre o tema, sempre alertando para as alternativas disponíveis. E, como bom intérprete da realidade, acredita na consolidação de uma nova sociedade e na importância dessa ferramenta que alterou para sempre a difusão da informação. A ponto do autor advertir: os que não se importam com ela, podem ser surpreendidos."Se você não se importa com as redes, as redes se importarão com você".
Livro: A Galáxia da Internet
Autor: Manuel Castells – tradução Maria Luiza X. de A. Borges
Editora Zahar, 2003
A utopia desmontada Por Danilo Albergaria
Há quarenta anos, em julho de 1969, astronautas estadunidenses viajaram até a Lua, pousaram suavemente o módulo Águia, caminharam pela superfície durante mais de duas horas, fincaram por lá a bandeira de sua pátria e voltaram sãos e salvos à Terra. Esse feito histórico, além de significar um grande salto para a humanidade, foi comemorado nos Estados Unidos como uma inequívoca vitória sobre a União Soviética. A corrida espacial, porém, não era a única arena onde os dois gigantes se enfrentavam. Com potenciais consequências, muito menos poéticas do que a alunissagem de seres humanos, e mais perigosas do que a obtenção pacífica de energia nuclear, ambos estavam envolvidos até a medula numa insana corrida armamentista. A produção e o acúmulo de dezenas de milhares de ogivas nucleares, de cada lado, ameaçavam a humanidade com um grande salto para a autodestruição. Diante da tensão da Guerra Fria, não haveria muitos motivos para otimismo.
Paradoxalmente, quem visitasse a Feira Mundial de Nova York de 1964 – uma gigantesca exposição do que de melhor a sociedade industrial poderia propiciar aos seres humanos num futuro próximo – sairia com a sensação de que uma era brilhante, redentora, estava a um passo de se concretizar. Naquele futuro prometido em 1964, foguetes lançariam seres humanos na exploração do espaço: cidadãos comuns em viagens de turismo cósmico. Máquinas pensantes, robôs dotados de inteligência artificial, se encarregariam do trabalho. E a energia para movimentar isso tudo seria praticamente ilimitada, a preço negligenciável, com o inevitável advento da fusão nuclear.
Causaria estranheza afirmar que o futuro ainda é o que costumava ser na década de 1960? Pois essa é a chocante constatação do pesquisador britânico Richard Barbrook, em Futuros imaginários: das máquinas pensantes à aldeia global. Para o professor de hipermídia da Universidade de Westminster, as nossas utopias tecnológicas continuam mais ou menos iguais àquelas prometidas pelos Estados Unidos no auge de sua disputa ideológica contra o lado comunista: “o modelo de futuro ofertado a mim, que vivo como um adulto em Londres no final dos anos 2000, foi o mesmo futuro prometido a mim ainda criança” (Barbrook, 2009, p.34 ).
A capa de Futuros imaginários é ilustrada pela foto de uma família, cujo pano de fundo é dominado por uma imponente estrutura de metal representando o globo terrestre. É a família Barbrook: Richard, a mãe e o irmão, fotografados pelo pai em frente à “Uniesfera” em visita à Feira Mundial de Nova York de 1964. Este foi o futuro prometido a Richard quando criança. Quarenta anos depois, o mesmo indivíduo promove uma desconstrução feroz daquelas promessas. A esperada geração de energia infinita e gratuita esconde o fato de que a fusão nuclear foi desenvolvida para pulverizar centenas de milhares numa só explosão. Os belos foguetes que nos levariam ao espaço foram projetados, primeiro, para carregar ogivas nucleares às cidades do inimigo. A benevolente inteligência artificial, apresentada como inexorável finalidade do desenvolvimento da informática, desvia a atenção da verdadeira aplicação dos computadores: melhorar a eficiência do complexo industrial-militar, planejar a guerra, racionalizar a morte. As projeções da tecnociência da Guerra Fria não poderiam ser mostradas ao público de forma nua e crua. Por isso, enquanto a Feira Mundial de 1939 ainda prometia um futuro factível, projetando a sociedade do automóvel e das grandes metrópoles, a edição de 1964 teve que descolar as projeções de sua realidade : um futuro factível na década de 1960 seria sombrio demais para ser encarado e aceito pelo público.
Barbrook argumenta que a utilidade ideológica das utopias, durante a Guerra Fria, não era apenas impedir que se tomasse consciência de como o perigoso jogo de ameaças atômicas alimentava a dominação das elites dos dois lados. Prometer o melhor e mais atraente futuro significava uma vantagem ideológica decisiva, possibilitando manter a população dócil, eliminar inimigos internos, e trazer mais aliados para o seu lado. A União Soviética, por exemplo, justificava os horrores do autoritarismo stalinista e sua industrialização baseada no sacrifício da população prometendo, para logo ali, a redenção do verdadeiro comunismo previsto por Marx e Engels. Seu rival, por sua vez, impulsionava o crescimento industrial com a utopia pós-industrial dos robôs escravos. Nenhum dos dois futuros imaginários estava fadado a se realizar: “o presente perpétuo foi justificado pelo futuro imutável” (Barbrook, 2009, p.39). Para Barbrook, o que continua como herança ideológica da Guerra Fria é a imagem do futuro computadorizado. O que está em jogo é a apropriação que se faz da internet.
Numa análise muito feliz, Barbrook não apenas desconstrói a jogada ideológica que projetava um futuro paradisíaco nos Estados Unidos dos anos 1960, como demonstra que aquelas utopias tecnológicas, que ele presenciou quando criança – da espaçonave ao robô – estavam todas amarradas por uma ideologia da globalização. A Uniesfera não era apenas uma representação metálica da Terra. Com os três círculos que simbolizavam Yuri Gagarin, John Glenn (os dois primeiros a orbitar o planeta) e, principalmente, o satélite Telstar (o primeiro a enviar sinais de TV dos EUA para a Europa) queria-se dizer: em breve o mundo estará interligado por uma enorme rede de comunicação, a humanidade será uma só, as fronteiras e as diferenças esmaecerão e viveremos numa aldeia global.
Um estudante de comunicação reconheceria facilmente nessa projeção universalista da humanidade as ideias de Marshall McLuhan. Com um estilo que Barbrook chama de “populista”, cheio de “frases de efeito malucas”, McLuhan sintetizou a ideia de mundo globalizado. Carregando uma visão de progresso linear, este acadêmico canadense – que caiu no gosto da cultura popular e virou um oráculo do futuro globalizado norte-americano nos anos 1960 – atribuía à inovação tecnológica o motor da história. Como um vidente, McLuhan previa, em programas de televisão, o advento de uma “rede elétrica global” que criaria uma nova e melhor ordem social (Barbrook, 2009, p.113). A internet acabava de ser imaginada como a redenção de um futuro melhor.
Futuros imaginários mostra como as ideias de McLuhan – que também continham um naco de pessimismo – foram utilizadas para a concepção de uma ideologia futurista: o mcluhanismo. Em busca de credibilidade, os mcluhanistas baixaram o tom para um academicismo sóbrio. E, ao apagar os alertas de McLuhan sobre o uso e apropriação das novas tecnologias, o mcluhanismo se transformou na ideologia que preconizava o futuro imaginário da sociedade da informação, liderada pelos Estados Unidos. A inteligência artificial foi relegada a segundo plano. A grande dádiva da informática passou a ser a comunicação através de computadores. Mas essa não era uma ideia exclusiva a apenas um lado da disputa.
Junto à corrida armamentista e espacial, uma outra disputa entre EUA e URSS era travada sem estardalhaço: a "corrida para inventar a Rede" (Barbrook, 2009, p. 209). A Central Intelligence Agency (CIA) havia chegado à conclusão alarmante de que os russos estavam prestes a superar os Estados Unidos no desenvolvimento de máquinas e programas, construindo uma rede de computadores que operasse a defesa aérea de Moscou em 1956 (Barbrook, 2009, p. 208). Barbrook mostra que a disputa não era apenas pela construção da grande rede, mas, principalmente, pelos fundamentos que a guiariam e as possibilidades de reorganização social que ela abriria. Sob o reformismo de Kruschev, cientistas da computação russos passaram a ver na ideia de rede uma redenção libertária que verdadeiramente fizesse jus aos ideais comunistas da revolução de 1917, sufocados por Stalin. Mas essa espécie de mcluhanismo marxista logo foi sufocada pela volta do autoritarismo ao poder. Com o fim do reformismo e a desventura do projeto libertário da rede russa, a União Soviética acabou entregando o jogo do futuro imaginário de bandeja para o outro lado.
Nos EUA, o governo exigiu que se inventasse a internet antes que os russos o fizessem. O objetivo era garantir o controle e hegemonia do país sobre a profetizada sociedade da informação. Nas entrelinhas do discurso da Uniesfera, o que não podia ser claramente dito: a aldeia global seguiria o modelo apontado pelos Estados Unidos. O projeto era financiado pelo Departamento de Defesa e tinha também uma clara função militar: manter o controle e as estruturas de poder com uma rede que sobrevivesse a um ataque devastador. No entanto, a arquitetura da internet foi toda projetada nos moldes de um comunitarismo acadêmico-científico, cuja produtividade precisa do compartilhamento, e não da propriedade comercial do conhecimento. Essa estrutura aberta, descentralizada, era financiada pela estrutura hierárquica e autoritária dos militares.
Esse aparente paradoxo é desvendado de maneira brilhante por Barbrook e constitui o grande mérito de Futuros imaginários. Para ele, como para os líderes mais sensatos das duas superpotências, a Guerra Fria nunca seria decidida pela força bruta. A “força suave” da disputa no campo cultural, simbólico, poderia ser uma arma mais devastadora do que uma bomba atômica. O embrião da internet da década de 1960 era um produto do que Barbrook chama de “esquerda da Guerra Fria”, formada por intelectuais americanos originalmente de esquerda, muitos ex-trotskistas. Com a histeria anticomunista e a radicalização do debate, o marxismo passou a ser sinônimo de stalinismo, ser de esquerda era ser antipatriótico. A “esquerda da Guerra Fria” passou a defender uma alternativa tanto ao liberalismo econômico quanto ao stalinismo, pregando um capitalismo do bem-estar social. Com o Partido Democrata no poder, essa “esquerda” começou a atuar com muita eficiência como “força suave” contra o comunismo, denunciando as falhas do sistema soviético e acolhendo o mcluhanismo de braços abertos.
Feridos pelas críticas da contracultura nos anos 1970, esses intelectuais penderam para o neoliberalismo. Se para a contracultura a internet era um embrião do “comunismo cibernético”, para os novos liberais ela seria a epítome da sociedade da informação e do livre mercado. Porém, enquanto a prometida sociedade da informação vai sendo gestada, o poder fica nas mãos de uma nova elite: a classe do conhecimento e da inovação tecnológica, cuja morada é o Vale do Silício. Como há quarenta anos, o futuro computadorizado está logo ali, mas nunca vai chegar.
Para Barbrook, enquanto se passa de herdeira do mcluhanismo da contracultura e seu comunismo cibernético, a nova elite prega uma apropriação conservadora da ideologia da globalização e do livre mercado. Nessa visão, celebram-se as contribuições da internet para o livre mercado e teme-se que a revolução tecnológica propicie uma revolução social. Enquanto a fábula do turismo espacial renasce com o bilionário dono da Virgin e a inteligência artificial continua a ser sonhada por gurus tecnológicos, a internet se espalha pelo mundo, vista como uma tecnologia redentora. Para Barbrook, no entanto, ela é apenas uma ferramenta. Que pode ser muito útil para imaginarmos um futuro que não sirva como aparato de dominação do presente.
Futuros imaginários é uma grande obra política. Talvez, por isso, carrega excessivamente na imposição de visões de mundo, visões do futuro, de cima para baixo. Sem descartar a utilidade do conceito de ideologia, talvez fosse necessário perguntar: os futuros imaginários foram sempre construídos pela elite dirigente? Propostos, talvez. Concebidos, certamente não. Um estudo da circularidade entre cultura popular e alta cultura, que leve em conta as trocas culturais entre subalternos e a elite dirigente, na concepção e construção do mundo em rede ainda está por ser feito. Felizmente, a internet pode ser utilizada para que essa circularidade passe a ser cada vez mais horizontal, com as transformações sociais que ela pode suscitar num futuro que ainda podemos ousar imaginar.
Futuros imaginários: das máquinas pensantes à aldeia global
Richard Barbrook
São Paulo: Peirópolis, 2009, p. 448.
Disponível para download
|