| O objetivo deste texto é analisar um dos  aspectos relativos ao processo de formação profissional de artistas, grupo de  trabalhadores que se distingue em relação aos ocupados no Brasil e na França pela  elevada escolaridade. Como se formam? Por meio de quais instituições? Qual é a  relevância do Estado nesse processo? O que informam as estatísticas? Quais as  experiências vividas relatadas nas entrevistas? O que os diferencia enquanto  dois grupos no campo da cultura? E quanto às especificidades de cada país? As  relações sociais de classe e de gênero informam diferenciações e/ou  desigualdades, no processo de formação? Compreendê-las, novamente nos remete às  singularidades de cada campo – dança e música – analisadas em vários artigos  que resultam de um período de mais de dez anos de pesquisa1. Formação em música e  dança2 “O melhor diploma é o último concerto”Alex Klein, oboé, 2006
 Heterogeneidade.  Esta é a palavra síntese dos muitos caminhos que possibilitam a formação de um  músico ou bailarino, frequentemente analisada sob o equivocado registro de  vocação ou dom. Nossa pesquisa recuperou diferenciados e árduos processos de  formação, os quais não são interrompidos jamais, sob o risco de o artista  perder a possibilidade de continuar a exercer a profissão. As entrevistas relatam  trajetórias singulares, que informam o papel das famílias, as relações sociais  de classe e de gênero, migrações internacionais no contexto de mudanças  políticas num mundo globalizado. Expressam também o papel do Estado na  institucionalização da formação do artista, por meio de conservatórios e a  criação de cursos de ensino superior, sobretudo nas universidades públicas, bem  como o seu papel de legitimador das certificações profissionais por meio dos  sindicatos e ordens profissionais. Entre tantas formas heterogêneas de  formação, uma só voz coletiva afirma dois aspectos: a relevância do mestre – o  artista formador, nem sempre um professor; a formação permanente. 
 Você vê muita  gente que começa muito, muito bem, chega a ter o que seria o auge dentro da  idade em que ele está e que a partir deste momento começa a decair, isso  acontece muito também. O que o Alex Klein menciona é o fato de que você não  pode deixar isso acontecer. Você tem que a cada concerto, a cada apresentação,  se avaliar você tem que ser capaz de honestamente reconhecer o que está bom...  é bom também saber o que é bom, onde está faltando ainda alguma coisa, onde  você pode ainda melhorar e ai você pode continuar o seu trabalho  gradativamente... não existe um ponto final para isso, né? Até o fim da sua  vida se for o caso... (Antonio  Meneses, violoncelista, 07/07) 
 O  objetivo deste texto é analisar somente um dos aspectos presentes no relatório  de pesquisa (2007) que informam os múltiplos processos que possibilitam a  formação de um músico e ou bailarino3. Trata-se da contradição presente na crescente escolarização dos músicos e  bailarinos no ensino superior observada por meio das estatísticas nacionais,  reiterada nas entrevistas. No entanto, a relevância do diploma é questionada  pelos próprios artistas na realização de seus trabalhos. 
 Diploma? Questionamentos à relevância do  diploma na formação do artista 
 Músicos  e bailarinos relativizam a relevância de um diploma frente à exigência de  mostrar competência nas performances em audições, concertos, apresentações. Eles  reafirmam, assim, o questionamento da relevância da formação profissional pela instituição  escola (e ao diploma que outorga) implícita na fala do reconhecido oboísta brasileiro,  Alex Klein. 
 Os  processos seletivos, no Brasil ou na França, para ingresso em orquestras ou  companhias de dança, demandam a comprovação do domínio do desempenho artístico,  quer seja por meio de audições, frequentemente antecedidas por gravações em  áudio ou imagens. Os teatros  pesquisados, nos dois países, não solicitam comprovação de diploma em música ou  dança, assim como os concorridos concursos internacionais. É o resultado do  trabalho do artista que é avaliado sempre, em qualquer momento de sua carreira. 
 O  Concurso Internacional de Piano Villa-Lobos, realizado em 2006 na Sala São Paulo  é tomado como um exemplo da não exigência de diplomas, mas da comprovação de  competência artística e “da linhagem” dos mestres envolvidos na formação do  candidato. A Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo (Osesp) e o Ministério  das Relações Exteriores o organizaram, sob a direção do regente John Neschling.  Por meio da Lei de Incentivo à Cultura, esse evento contou com o patrocínio do  Grupo Andrade Gutierrez, Grupo Telemar e Companhia de Concessões Rodoviárias. 
 O júri foi composto por pianistas  renomados e reconhecidos internacionalmente, presididos pelo brasileiro Nelson  Freire. Entre os vinte candidatos selecionados para a fase final, aberta ao  público, onze mulheres e nove homens, com idade entre dezesseis e trinta e seis  anos. O mais jovem de todos os concorrentes, Chun Wang, ainda estudante na  Escola de Música do Conservatório Central de Música de Pequim, foi selecionado  para receber o prêmio em primeiro lugar. 
 Wang, além do prêmio em dinheiro,  gravação de cd, contratos de concertos, recebeu uma bolsa de estudos para se  aprimorar no Conservatoire National de Musique de Paris, possivelmente para vir  a ser aluno do 4º pianista colocado no concurso. Idade, formação profissional,  experiência, aspectos valorizados em outras carreiras, são colocadas sob questionamento  face à relevância do desempenho no momento do concurso. Como se forma um  artista? Pergunta objetiva, resposta complexa. 
 A pesquisa realizada nas audições  de seleção para instrumentistas na Opera National de Paris e no Theatro  Municipal de São Paulo evidencia que também nesse difícil processo não é exigido  escolaridade e diplomas, só conhecimento mensurado nas audições. No entanto, em  ambas as orquestras, a formação superior em música predomina nos currículos dos  músicos. 
 A  criação de uma rede de excelência, de contatos que facilitam acesso ao trabalho  considerado de qualidade, conquistado após a superação de muitos obstáculos é  reiterada nas entrevistas realizadas nas duas orquestras. 
 O papel do Estado na formação e  certificação profissional do artista 
 Na  França, desde o século XIX, cabe ao Estado republicano garantir a todos a  formação profissional de músicos e bailarinos. Ravet elaborou a “pirâmide da  formação” em música e esta pode também ser adaptada à dança, a estrutura se  assemelha naquele país. No entanto, as entrevistas afirmam que além da  rigorosa formação, esse trajeto possibilita a criação de uma rede de  excelência, de contatos que facilitam acesso ao trabalho considerado de  qualidade. 
 De toda maneira, tudo se passa por meio do concurso. É  angustiante porque na França esta é a “via real”. Se não passamos pelo  Conservatório Superior de Música, o concurso será mais difícil. Eu acredito que  95% dos músicos da Ópera de Paris passaram pelo CNSM! (risos) Assim, se não  passamos pelo CNSM, existem poucas chances de fazer uma carreira. Eu não  acredito que o ensino lá seja realmente maravilhoso, que sejamos obrigados a  passar por lá. Este não é um problema de ensino, é um problema de construção de  redes, na realidade. É uma forma de entrar em um contexto, em um campo. É  entrar num grupo, conhecer gente que tem autoconfiança porque toca bem. (... )  Os professores não são melhores do que em outros lugares. Não é isto. É a  possibilidade de construir uma rede que estimula o próprio grupo ... É a  emulação que nasce por estar entre pessoas que interpretam bem.  É mais psicológico, eu acredito, do que o  ensino em si. (Flautista, Ópera de Paris, 2003). 
 No relato dessa flautista sobre sua trajetória de formação  profissional, são evidenciados alguns aspectos relevantes para a compreensão da  exigência de um longo percurso marcado pela realização de audições em concursos  competitivos, disciplina nos estudos individuais e coletivos, respeito à  hierarquia. Para Elias e Scotson, existe um preço social e individual na  conquista do pertencimento a grupos considerados de elite. “A participação à  superioridade de um grupo e ao carisma coletivo é, por assim dizer, a  recompensa da submissão às normas específicas deste grupo (...) A gratificação  que cada um tira de sua participação no carisma coletivo compensa o sacrifício  pessoal da submissão às normas coletivas”4 (tradução nossa). 
 No Brasil, a participação em grupos de música e dança considerados “de  elite” nos seus respectivos contextos, encontram no ensino público superior um  papel recente e diferenciado em relação ao conjunto dos cursos no país. 
 As vagas no ensino superior no Brasil registraram crescimento de 250%,  conforme dados do próprio MEC referentes aos anos 1990. No entanto, esta não  foi a situação observada em música e dança; ao contrário, cursos implantados nesse  período encontram no Estado o principal agente. Esta situação permanece até o  presente e expressa uma das formas de estímulo estatal a um campo econômico em  expansão. 
 O Censo do Ensino Superior, divulgado pelo Ministério da Educação,  registra ao longo da década de 1990, cerca de 4.000 alunos e alunas  matriculados no nível superior de dança no Brasil. As matrículas, apesar do  número ainda restrito, tendo em vista a dimensão geográfica e populacional do  Brasil, praticamente duplicaram no período compreendido entre 1991 e 1999, ou  seja, de 352 estudantes em dança, em 1991, para 658, em 1999. O ensino superior  público contribuiu de forma mais contundente para esse crescimento, representando  72% das matrículas no período analisado. Na região Sudeste está concentrado o  maior número de vagas. As mulheres predominam nesse curso, ao contrário do que  ocorre em música. Analisando  as matrículas do curso superior de dança, pode-se afirmar que a futura  bailarina é do sexo feminino, uma vez que em cada dez alunos, nove são mulheres  e, entre elas, 72% fizeram sua formação acadêmica em uma universidade pública. Na música é observado movimento similar, ainda mais intenso. Em 1991,  das 3.324 matrículas no ensino superior em música, 2.527 estavam em  universidades públicas; em 1999, dos estudantes de música no país, cerca de  3.500 frequentavam o ensino público. A região Sudeste do país concentra o maior  número de vagas. 
 Assim como na dança, a música reproduz, por meio do maior número de  matrículas, a situação do mercado de trabalho nesse campo, quer seja pela  concentração do número de espetáculos ou do volume de financiamento para tanto,  com o apoio das múltiplas leis de isenção fiscal nos planos federal, estadual e  municipal. Considerando os dados acima, é  possível afirmar que a música continuará a constituir um espaço de trabalho  masculino, tal como já é no mercado de trabalho francês e brasileiro, no  presente. As porcentagens de mulheres musicistas, nos dois países, se aproximam  – 30% –, apesar das diferenças históricas no acesso à formação profissional. 
 Profissionais  da música, segundo o sexo  Fonte: IBGE/PNAD. Elaboração Liliana Segnini. Colaboração Neale El-Dash e Adrian Jungbluth
O emprego protegido pela legislação trabalhista,  também denominado trabalho formal ou “com carteira”, frequentemente encontrado  em orquestras (corpos estáveis) ou na docência, representa um restrito grupo  entre os profissionais da arte e do espetáculo, inclusive músicos. Nesse caso,  a porcentagem de mulheres é ainda mais reduzida – 23%. 
 Emprego para profissionais  da música, segundo o sexo  Fonte: IBGE/PNAD. Elaboração Liliana Segnini. Colaboração Neale El-Dash e Adrian Jungbluth
No Theatro Municipal de São  Paulo, o diploma de ensino superior em música é também pouco valorizado. Porém,  um paradoxo é observado mesmo considerando a não obrigatoriedade e a não  exigência do curso superior para o exercício da profissão do músico: dos 80  currículos dos músicos da Orquestra Sinfônica do Municipal de São Paulo, 59  informaram que concluíram o curso superior em música (43 homens e 16 mulheres),  19 não concluíram (17 homens e 2 mulheres), só dois não informaram. A não  obrigatoriedade não significa que essa formação não faça parte do currículo do  maior número desses músicos; ao contrário, faz-se necessário entender as razões  que os levam à não valorização desse diploma enquanto legitimador de  conhecimentos que os habilita na concretização de seus trabalhos. 
 “(...) sabe, na música não é importante fazer  faculdade, porque se você for prestar um concurso não interessa que você tenha  estudado em Israel, na Rússia..., isso não é importante, o importante é você  chegar e saber tocar; na música não tem muito isso de que você precisa  apresentar um diploma porque aquele diploma vai dizer que você é músico”  (Viola, músico OSM, 26/4/2004). 
 “(...) e aí era complicado, o desânimo de chegar lá e  ver aquela universidade..., eu já não tinha uma estrutura, uma formação boa, eu  imagino que eu deveria ter uma estrutura muito melhor para poder estar cursando  a universidade. Aí eu entro lá e vejo que lá também ninguém tem, uma coisa  completamente absurda assim, desestruturado, aí eu fiquei num desânimo total” (Contrabaixo, músico OSM,  31/3/2004). 
 No entanto, esse quadro tem  historicamente se modificado. Os espaços considerados com maior legitimidade  para a formação de músicos são os conservatórios, as escolas de música e aulas  particulares. Mesmo assim, o papel do ensino superior assume outras  características a partir da reforma do ensino superior ocorrida em 1968, a partir da qual os  conservatórios que não se configurassem de acordo com a Lei 55405, não  mais poderiam emitir diplomas que autorizassem seus formandos ao exercício da  docência (Pichoneri, 2011). 
 (...) para aqueles que frequentaram as aulas  particulares até a década de 1960, elas representaram o estágio mais elevado de  aprimoramento; para os que realizaram a partir dessa década, elas tendiam a ser  uma etapa entre os estudos de conservatório e o ingresso em nível superior. Isto  porque, após a reforma, os egressos de curso técnico de conservatório passaram  a almejar estudos que diplomassem ou titulassem, de modo a atender à nova  legislação e apresentar condições de obter um lugar no mercado de trabalho  (Ibid., 2004:145). 
 Entretanto, não se pode afirmar  que o curso superior seja condição sine qua non para o exercício da  docência, mesmo quando ele é realizado dentro do próprio espaço do ensino  superior. 
 (...) eu lembro, quando eu ingressei na Unesp, que eu  vi alunos de outras escolas que nunca tinham tido aula, por exemplo, de teoria ...  os intervalos e a harmonia, enfim, que era coisa básica e que os professores têm  que ensinar de novo; mas eu acho que eu fui bem privilegiada de ter estudado lá  (no conservatório) (...) não cheguei a concluir (a graduação) (...) nunca fez  falta, inclusive agora eu estou integrando o corpo docente da Faculdade  Cantareira (...) mesmo sem o diploma. (Violino, músico OSM, 31/08/2004). 
 É possível também  relacionar a procura pelo ensino superior como estratégia de inserção no  mercado de trabalho como docentes; dessa forma, os músicos buscam não somente a  graduação, mas os cursos de pós-graduação (especialização, mestrado e  doutorado, este último em número bastante reduzido), condição esta cada vez  mais exigida nas universidades. No entanto, o reconhecimento do “notório saber”  tem ainda sido suficiente em muitos casos (Arruda, 2012). 
 Neste texto foi possível  problematizar a relação entre o crescimento da participação do ensino superior  na formação de artistas, especialmente músicos, e a desvalorização da importância  do curso superior observada em processos seletivos para orquestras, em concurso  no campo da música e nas entrevistas realizadas. A performance no momento da  audição é avaliada, reiterando a afirmação do obeísta Alex Klein, em entrevista  realizada no Festival de Campos do Jordão, em 2006: “O melhor diploma é o  último concerto”. No entanto, a relevância da construção de uma rede de  profissionais que se apóiam mutuamente, a partir do pertencimento ao mesmo  processo de formação profissional, tal como evidenciado pela flautista na  França, pode ser reiterado no Brasil. 
 Liliana R.P. Segnini é professora da Faculdade de Educação da Universidade  Estadual de Campinas e pesquisadora do Grupo de Estudo e Pesquisa em Diferenciação   Sociocultural na mesma universidade. 
 Notas 
 1 Vide  bibliografia. 2 Texto  elaborado com a participação da Dra. Dilma Fabri Marão Pichoneri.
 3 Relatório Científico referente ao projeto « Trabalho e formação no campo da cultura:  professores, músicos e bailarinos”. Fapesp, período 2003/2007. O processo  de formação profissional dos artistas músicos e bailarinos é analisado no  capítulo II, subdividido nos seguintes sub tópicos: Diploma? Questionamentos à  relevância do diploma na formação do artista; O papel do Estado na formação e  certificação profissional do artista; Família: do incentivo à interdição;  Imigrações internacionais: estratégias de formação e de trabalho; Relações  sociais de classe na formação do músico e do bailarino; Festival de Campos de  Jordão: formação e possibilidades de trabalho.
 4 La participation à la superiorité d’un  groupe et à charisme collectif est, por ainsi dire, la récompense de la sobmission  aux normes spécifiques de ce groupe (...) La gratification que chaque um tire  de as participation au charisme collectif compense le sacrifice de la  soumission aux nomme collectifs>> - Elias, Norbert. Logiques de  l’exclusion. Paris: Fayard, 1965.
 5 Lei n.  5.540, de 28 de novembro de 1968. Fixa normas de organização e funcionamento do  ensino superior e sua articulação com a escola média, e dá outras providências
 
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