O processo de inovação marca de forma intensa e definitiva a sociedade contemporânea em nível mundial, sendo reconhecido como um dos pilares para o desenvolvimento econômico e social. Porém, é necessário que haja investimentos massivos em inovação para que as empresas continuem intensificando suas capacidades de geração de novos produtos, processo e modelos de negócio.
A questão do financiamento da inovação, ainda hoje, é pauta de grandes discussões, pois, sendo a inovação um processo de longo prazo e que geralmente demanda altas quantias de investimento com resultados não garantidos, os riscos associados a esse investimento são grandes e a disponibilidade de recursos para essa atividade, muitas vezes, se torna escassa. Schumpeter (1997) acreditava que o crédito proveniente dos bancos comerciais seria capaz de financiar a inovação, porém o que vemos hoje é que o crédito é escasso para esse tipo de investimento.
Uma das saídas para as empresas foi recorrer aos seus próprios recursos internos para poder gerar inovação, muitas vezes limitando os projetos àqueles que poderão gerar um retorno financeiro mais imediato. Os casos de pequenas empresas, startups e empresas em estágio inicial de desenvolvimento ainda se configura como uma situação ainda mais sensível, devido ao fato de que as mesmas, em muitos casos, não possuem capital para financiar a inovação e acabam, muitas vezes, recorrendo ao mercado de capitais de risco (venture capital). Outra forma alternativa de financiamento encontrada por algumas empresas e empresários foi o crowdfunding, buscando apoio e recursos por meio da colaboração de diversas pessoas que compartilham o mesmo objetivo.
Financiamento da inovação
Entender os elementos e formas de financiamento da inovação é um ponto essencial para compreendermos como ela se desenvolve em diferentes estruturas com diferentes cenários de incentivo. A inovação, de uma forma geral, é um processo caro e com potenciais resultado incertos; logo, o risco desse tipo de investimento é alto (O’Sullivan, 2006) e a alocação de recursos acaba sendo escassa (Arrow, 1962). Entre os riscos associados, podemos destacar a assimetria de informações entre empresário e financiador, ou seja, quando há informações que não estão compartilhadas entre essas duas partes, gerando, segundo Hall (2010), investimentos mais baixos do que os necessários para a empresa inovadora ou a custos maiores em razão da grande incerteza inerente ao processo inovador e do temor pela falta de informação.
As mais prejudicadas pela restrição de crédito para inovação são as pequenas empresas e startups em fase inicial de desenvolvimento, pois não possuem garantias exigidas pelos bancos para realização de empréstimos e, normalmente, não possuem meio de se auto financiarem. Quando existe maior disponibilidade de crédito, esse é direcionado para empresas que já possuem um maior desenvolvimento, com ativos tangíveis que poderiam ser utilizados como garantias para empréstimos. De forma geral, as primeiras fontes de recursos para pequenas empresas são advindas de famílias e amigos que decidem apoiar o empreendimento.
Descrevemos abaixo algumas outras formas de financiamento da inovação:
- Venture capital: Pode ser definido como uma forma independente e focada de investimento em empresas de crescimento rápido (Hall e Lerner, 2010), tendo crescido bastante em volume desde a década de 1980 e permitido o crescimento de dezenas de grandes grupos consolidados atualmente, tais como Apple Computer, Intel, Federal Express, Microsoft, Sun Microsystems, Teledyne, entre outras (Salhlman, 1990). Nessa forma de investimento, o ponto de destaque é a conexão entre os financiadores e empresários, em que os financiadores acompanham e orientam a evolução da empresa (Hall e Lerner, 2010) e, dessa forma, a assimetria de informações é atenuada, criando maior confiança entre financiador e empresário.
- Business angels: O financiamento por meio de investimento-anjo pode ser classificado como uma forma informal de venture capital. Segundo Mason (2010), business angels são definidos como indivíduos, geralmente de alta renda, que investem seu próprio dinheiro, sozinhos ou com outros, diretamente em empresas não cotadas, em que não há nenhuma ligação familiar ou afetiva. Esse investimento é feito na esperança de conseguir um retorno financeiro significativo por meio de alguma forma de saída. Normalmente, eles também têm uma participação ativa nos negócios em que investem. É notado que esse tipo de investimento tem se mostrado importante como uma fonte de financiamento para empresas em estágios iniciais de desenvolvimento, quando os valores exigidos são pequenos demais para os fundos de venture capital. Dessa forma, podemos ver uma complementaridade entre o venture capital e o mercado de business angels.
- Corporate venture: É o investimento direto de corporações em pequenas empresas e startups. São geralmente investimentos estratégicos com objetivos diversos, que podem ser de aumentar a fatia de mercado da corporação ou aprofundar sinergias entre empresas que tenham atividades com conexão ou mesmo uma maneira exploratória da corporação de buscar inovação e protagonismo em outra área em que não tem conhecimento. Pode-se classificar ainda quatro tipos de investimentos de corporate venture: investimento dirigido, quando a corporação investe em empresas que desenvolvem produtos ou serviços que incentivem a adoção da tecnologia que a corporação utiliza como padrão; investimento viabilizador, quando a corporação financia startups que criam produtos e serviços que são complementares e que aumentam a demanda dos seus produtos; investimento emergente, no qual a empresa investe em empresas que, em um primeiro momento, não são alinhadas com os objetivos da corporação, mas podem vir a ser estrategicamente importantes no longo prazo; investimento passivo, no qual a companhia é apenas outro investidor do startup e não possui nenhum objetivo alinhado de longo prazo (Chesbrough, 2002). Os riscos associados a esse tipo de investimento são os mesmos existentes no venture capital, porém a expertise da corporação na área investida e departamentos de pesquisa e desenvolvimento maduros atenuam a assimetria de informações e dão melhores condições de sucesso da investida no mercado.
Crowdfunding
Nessa forma de financiamento, várias pessoas em diferentes localizações, investem em um projeto ou empresa por meio do auxílio de alguma plataforma on-line. Dessa forma, o crowdfunding, como forma de financiamento à inovação, está diretamente associado ao surgimento e desenvolvimento da internet. Esse modelo permite que pequenos e médios empresários distribuam o risco entre muitos investidores, que investem quantias pequenas nos projetos ou empresas que apoiam (Buysere et al., 2012). Outro ponto interessante são as diferentes motivações, além da busca pelo lucro, no apoio de empresas e projetos pelos cidadãos, visto que estes geralmente não têm experiência alguma em investimento de risco. Dessa forma, os aspectos sociais se destacam nesse tipo de financiamento, porém discutiremos esse ponto em detalhe mais adiante.
Não é possível dissociar o fenômeno do crowdfunding da globalização, do desenvolvimento dos meios de comunicação e da popularização da internet. Tais ferramentas facilitaram o acesso dos cidadãos aos mais diversos conteúdos e possibilitaram a disseminação das informações necessárias para que as pessoas pudessem gerar novos negócios e acordos. O crowdfunding surge nesse contexto, por meio da criação de plataformas on-line baseadas na internet que facilitam e intermediam os contatos entre os financiadores e os empresários.
O fenômeno de reunir pessoas para o financiamento de projetos não é um fato novo. Lawton e Maron (2010) citam a criação de uma lotérica francesa e o pedido de doações por Joseph Pulitzer, editor do jornal New York World, para a construção da Estátua da Liberdade, em 1876. Apesar da ideia anteceder o surgimento da internet, o conceito se consolidou e ganhou força com o desenvolvimento da rede mundial de computadores, possibilitando uma interação e uma disseminação maior entre pessoas e ideias. Dessa forma, crowdfunding pode ser definido como envolvendo um chamado aberto, essencialmente pela internet, para a provisão de recursos financeiros, quer em forma de doações ou em troca de algum tipo de recompensa e/ou direitos de voto, a fim de apoiar as iniciativas para fins específicos (Belleflame et al., 2012).
Nas propostas de projetos de investimento por crowdfunding são estabelecidos alguns modelos de relação entre financiador e financiado, que podem ser definidos como: doação, recompensa, empréstimo e acionário, cada qual com suas características próprias em relação à motivação dos investidores e seus resultados (Collins e Pierrakis, 2012).
O modelo de doação é largamente utilizado por ONGs para desenvolvimento de seus projetos, não havendo nenhum tipo de retorno monetário do dinheiro investido. Nesse caso, há uma identificação do financiador com o projeto ou ideia como algo que ele valoriza e acredita que deve ser desenvolvido, muitas vezes tendo um viés social forte, não buscando lucro ou recompensas materiais.
No sistema de recompensa, o financiador recebe um presente que varia em função do valor apoiado pelo mesmo no projeto. Tal presente pode ser, por exemplo, uma pré-venda do produto ou serviço a ser desenvolvido. A maior motivação por parte do financiador, nesse caso, reside na sua inclinação em usufruir do produto ou serviço final (Belleflame et al., 2012).
O empréstimo funciona praticamente da mesma forma como acesso ao crédito via instituições financeiras, sendo as plataformas on-line apenas intermediadoras. Existem também plataformas de microcrédito, ou seja, pequenos empréstimos com taxa de juros baixa ou inexistente, que não têm o objetivo de gerar lucro, mas de desenvolver projetos considerados positivos e com retorno social. As motivações para esse modelo de financiamento podem ser variadas.
No modelo acionário, por fim, o financiado recebe em troca de seu investimento uma parte das ações da empresa e o direito de voto em seu conselho diretor. Se assemelha muito ao mercado de venture capital, porém, devido ao poder difusor da internet e das plataformas online, há acesso a um maior número de potenciais investidores, enquanto no modelo de venture capital, esse acesso se concentra na mão de poucas firmas.
Crowdfunding no Brasil e no mundo
O crowdfunding, segundo Collins e Pierrakis (2012), traz uma transformação nos paradigmas financeiros, e Buysere (2012) cita que essa modalidade de financiamento muda a forma como devemos ver o envolvimento dos consumidores e os serviços financeiros, e que seus mecanismos ajudam a diminuir o risco de investimentos “semente” (em estágio inicial) e até investimentos em estágios posteriores, enquanto fornece informações sobre demanda, preços e validade do negócio.
Apesar de ser um fenômeno relativamente recente, o crowdfunding apresenta estimativas bastante otimistas de crescimento. O website Crowdsourcing.org é uma associação dos profissionais da área e apresenta vários conteúdos em relação a esse setor no mundo. Em seu relatório “Massolution” (2012), contabilizava 452 plataformas de crowdfunding no mundo, sendo os Estados Unidos o primeiro país em número de plataformas, com 191, e o Brasil contando com 21 delas.
No Brasil, segundo Garcia (2014), o Catarse se consolida como a maior plataforma do país, com mais de 2 mil projetos apoiados por mais de 250 mil investidores, totalizando em torno de R$ 37 milhões investidos por meio da plataforma (Catarse, 2015).
Algumas das plataformas mais relevantes do setor no Brasil:
Plataforma
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Descrição
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Taxas
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Site
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Benfeitoria
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Como o próprio site informa, não existe uma auto-definição para os trabalhos desenvolvidos. A plataforma Benfeitoria propõe ao usuário que se envolva nos conteúdos dos projetos desenvolvidos de forma lúdica e simplificada. Das opções dadas pelo próprio site, podemos classificar a plataforma como um laboratório de experimentos colaborativos.
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Taxa cobrada diretamente ao contribuidor. De 1,3% a 4,9% mais R$ 0,39 sobre o valor de cada contribuição.
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beta.benfeitoria.com/
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Catarse
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Fundado em 2011, o site já chegou a 1707 campanhas finalizadas, 500 delas em São Paulo. O Catarse se destaca pela maturidade: o site é bem organizado, com todas as informações detalhadas para quem quer promover, colaborar ou conhecer os projetos disponíveis na plataforma. O blog do grupo traz um rico histórico das campanhas finalizadas e é atualizado com frequência.
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13% para projetos que alcançarem ou superarem a meta, já inclusas as taxas cobradas pelos meios de pagamento.
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www.catarse.me/
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Juntos.com.vc
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A organização sem fins lucrativos Juntos.com.vc criou um canal próprio de crowdfunding para financiar projetos sociais idealizados por ONGs e empreendedores sociais filiados. A plataforma também ganha pontos por ser de fácil acesso e uso, além de fornecer todo o suporte necessário para a formatação dos projetos e a construção de estratégias de comunicação.
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Taxa cobrada diretamente ao contribuidor. De 2,49% a 4,29% mais R$ 0,39 sobre o valor de cada contribuição.
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juntos.com.vc
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Kickante
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Mais voltado para projetos de cultura e empreendedorismo em causas sociais, o Kickante também impressiona pelo vasto conteúdo de informações. O desenvolvimento do site se baseia pela vontade de fazer a diferença com projetos de tamanhos e alcances diversos. A plataforma se destaca por facilitar o pagamento das contribuições e por não cobrar nenhum tipo de tarifa para o lançamento das campanhas e para os que querem colaborar.
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12% para projetos que alcançarem ou superarem a meta
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www.kickante.com.br
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Impulso
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Classificado como primeiro crowdfunding brasileiro voltado aos microempreendedores, o site foi criado pela Aliança Empreendedoria, organização sem fins lucrativos sediada em Curitiba. A ideia da organização é canalizar o financiamento de projetos inovadores, criando a ponte entre pequenos empreendedores e possíveis patrocinadores. O Impulso tem importância reconhecida por várias instituições de renome como o Fórum Econômico Mundial e a Finep, entre outros.
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15% mais as taxas cobradas pelos meios de pagamento.
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www.impulso.org.br/pt
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Fonte: Kickante (2015) e Targa (2015)
Como é possível perceber, o crowdfunding tem se consolidado como uma forma viável e bastante interessante de financiamento a projetos inovadores, interagindo diretamente com um possível público consumidor e já tentando uma aderência de mercado. Tal proposta atrai, em grande parte, pequenos empreendedores que não se adequariam a modelos mais completos de financiamento ou projetos em fase embrionária que também não adquiriram maturidade para terem investimento de forma mais direta pelo capital de risco. Porém, ainda é preciso que esse modelo de financiamento evolua e amadureça muito para que seus riscos sejam minimizados e seus níveis de investimentos sejam maximizados. Os passos para a criação de uma economia colaborativa têm sido dados de forma intensa e o crowdfunding se consolida como um modelo de captação de recursos que se integra fortemente nesse cenário.
Vinicius Muraro da Silva é graduado em engenharia mecânica pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e é analista de inovação da Inventta – Consultoria em Inovação.
Referências bibliográficas
Arrow, K. “Economic welfare and the allocation of resources for invention”. In: Universities-National Bureau. The rate and direction of inventive activity: economic and social factors. Princeton: Princeton University Press, 1962.
Belleflame, P.; Lambert, T; Schwienbacher, A. “Crowdfunding: tapping the right crowd”. In: International Conference of the French Finance Association (AFFI). 2011.
Buysere, K.; Gadja, O.; Kleverlaan, R.; Marom, D. A framework for european crowdfunding. 2012.
Catarse. “Tire projetos do papel”. Disponível em: <https://www.catarse.me/pt/hello>. Acesso em: 3 dez. 2015.
Chesbrough, H. W. “Making sense of corporate venture capital”. Harvard Business Review, v. 80, n. 3, p. 90-99, 2002.
Collins, L.; Pierrakis, Y. The venture crowd. Crowdfunding equity investment into business, 2012.
Garcia, N. “2013 – O ano em que o crowdfunding tomou as cidades”. SuperInteressante, vol. 25(1), São Paulo: Editora Abril, 2014.
Hall, B.; Lerner, J. “The financing of R&D and innovation”. In: Hall, B.; Rosenberg, N. (Ed.). Handbook of the economics of innovation. Elsevier, 2010.
Kickante. “Os 10 maiores sites de crowdfunding no Brasil”. Disponível em <http://www.crowdfundingnobrasil.com.br/>. Acesso em 3 dez. 2015.
Lawton, K.; Marom, D. The crowdfunding revolution. Social networking meets venture financing. Amazon Digital Services, 2010.
Lima, F. Q. Crowdfunding: renovando o financiamento à inovação. Trabalho de Conclusão de Curso, Universidade de Brasília. Brasília (DF), 2013.
Mason, C.; Harrison. T. Annual report on the business angel market in the United Kingdom: 2009/10. Department for Business Innovation and Skills, 2010.
O’Sullivan, M. “Finance and innovation”. In: Fagerberg, J.; Mowery, D. C.; Nelson, R. (Ed.) The Oxford handbook of innovation. Oxford Handbooks Online, 2006, p. 240-265.
Sahlman, W. A. “The structure and governance of venture-capital organizations”. Journal of financial economics, v. 27, n. 2, p. 473-521, 1990.
Schumpeter, A. J. A teoria do desenvolvimento econômico. São Paulo: Nova Cultural, 1997.
Targa, F. “Crowdfunding: 5 iniciativas de sucesso no Brasil”. Disponível em <http://www.mobifeed.com.br/crowdfunding-5-iniciativas-de-sucesso-no-brasil/>. Acesso em 3 dez. 2015.
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