"Privatizaram sua vida, seu trabalho, sua
hora de amar e seu direito de pensar.
É da empresa privada, o seu passo em frente,
seu pão e seu salário. E agora, não contentes, querem
privatizar o conhecimento, a sabedoria,
o pensamento, que só à humanidade pertence.
(Privatizando, Bertold Brecht, 2007)
No ano de 2012,
como editora assistente do periódico científico Psicologia em Estudo, senti-me compelida a enfocar este tema em um editorial,
por dois motivos. O primeiro, porque na época, a psicologia completava
cinquenta anos como profissão no Brasil, com todas as dificuldades existentes
para uma área profissional jovem, respaldada em uma ciência que, desde seu
nascimento, esteve atravessada por inúmeras contradições devido ao seu objeto
de estudo: o psiquismo humano. O segundo motivo, vinculava-se à minha
experiência prática como editora e pesquisadora no contexto árido que vinha se
tornando a produção científica, sob o jugo dos sistemas de avaliação
quantitativos exigidos. A escrita daquele editorial e a sua retomada neste
texto de modo mais ampliado, demonstra que se passaram quatro anos e a
indignação que me moveu anteriormente não desapareceu, mas, ao contrário, tem
aumentado a cada ano, por verificar que finalidades a ciência vem cumprindo e
suas consequências nefastas, tanto para a produção científica em geral, como
para os pesquisadores em particular.
No caso da psicologia,
devido ao seu objeto – o psiquismo ou consciência humana –, talvez caiba a ela
uma responsabilidade ainda maior de denunciar o impacto de uma forma de
produção científica que vem assumindo contornos de produção em série, com
objetivos mercantilistas, cujo fim último não é “aliviar a miséria humana”,
como defendia Bertold Brecht (1977), mas alimentar bancos de dados, curvas
estatísticas e currículos individuais, alienando aqueles que mais deveriam
denunciar a alienação, porém enriquecendo uma grande fatia do mercado.
Em meu trabalho
por três anos como editora geral da revista Psicologia
em Estudo, foi comum o recebimento de mensagens de autores angustiados em
saber sobre a tramitação de seus artigos, pois sua aprovação ou não, punha em
risco a conclusão de sua pós-graduação (mestrado ou doutorado). Professores
pesquisadores de séria produção científica também escreviam, preocupados com
isso devido às pressões impostas pelos programas de pós-graduação a que estavam
vinculados, pois tinham que atestar uma boa quantidade de artigos
produzidos em um determinado triênio, sob pena de serem deles sumariamente
desvinculados, a despeito da solidez de suas pesquisas e da qualidade de suas
aulas ou orientações – estas últimas, fundamentais para a formação de
profissionais e pesquisadores compromissados eticamente com a ciência.
Por outro lado, pesquisas apontavam
um crescente adoecimento físico dos docentes pesquisadores, como, por exemplo,
a pesquisa de Santana (2011). Nela o autor evidencia, de modo contundente, a
correlação entre o aumento de produção científica e o número médio anual de
orientandos por pesquisador com maiores ocorrências médicas relacionadas a
intervenções cardíacas. Ao realizar uma nova busca para a ampliação desta
discussão, me deparei com o estudo bibliográfico de Zandoná, Cabral e Sulzbach
(2014), realizado entre 2004 e 2013, com base no descritor “produtivismo”. Os
autores procuraram investigar de que modo a intensificação do trabalho no
âmbito da pós-graduação vinha prejudicando a saúde dos professores brasileiros
e chegaram à conclusão de que as consequências têm sido o sofrimento, o
desgaste, a fragilização mental dos docentes, a síndrome de Burnout e o assédio moral. Os estudos
analisados destacaram a intensificação do uso de álcool, tabaco e outras
drogas, o aumento do consumo de ansiolíticos, hipnóticos, antidepressivos e
neurolépticos, a crescente incidência de depressão e ansiedade crônica em
professores, dados que corroboram as pesquisas realizadas por Sguissardi e
Silva Júnior (2009) e Bernardo (2014).
A pesquisa de Bianchetti
e Valle (2014) coletou dados com 74 coordenadores de programas stricto sensu avaliados pela Capes e
orientadores, e com 16 investigadores ligados a universidades da União Europeia,
após a adesão das mesmas ao “Pacto de Bolonha”, investigando o impacto do chamado “produtivismo acadêmico” na vida
profissional e pessoal dos pesquisados. Como resultados, alguns aspectos analisados
merecem destaque: o desconforto manifestado pelos entrevistados com relação à
aceleração da produção acadêmica, que interfere na qualidade e tem induzido ao
uso de “artimanhas” e “imposturas intelectuais” (“amontoar fragmentos”,
“requentar versões do mesmo texto”, etc.); o descontentamento com relação às
condições de trabalho que prejudicam a qualidade de vida, afetando o lazer e o
descanso, pois as atividades se estendem para as noites e madrugadas, fins de
semana, feriados e férias; a interferência das tecnologias digitais no
espaço-tempo dos orientadores, cuja exigência é de estarem sempre “conectados”,
para não deixar o “fluxo” parar, e; o enfrentamento a tais condições
estressantes tem se caracterizado por saídas individuais ou
“micorresistências”, que vão desde as ironias, piadas e metáforas para
descrever o processo doloroso de perda de sentido do trabalho ou negações
pontuais a aderir às exigências como estratégias de sobrevivência, não havendo
uma organização coletiva para uma negação na íntegra desse “capitalismo
acadêmico”.
Deste modo, além
de essas exigências numéricas tornarem-se um problema de saúde física e
psíquica, essa lógica produtivista vem desencadeando uma competição desenfreada
e uma “corrupção da personalidade humana”, como atesta Vigotski (1930/2004), em
que os valores se colocam de modo invertido na consciência dos pesquisadores,
sob a pressão ideológica que Schlendlindwein (2009) denomina de “sistema de
recompensa científica”.
Procurando
verificar o nível de adesão ou indignação quanto ao paradigma “publicar ou
perecer”, que, como exposto, vem adoecendo pesquisadores e comprometendo a
qualidade das pesquisas, em uma busca rápida no Google, usando como descritores esse slogan, para minha
surpresa, encontrei diversos artigos em blogs
e periódicos científicos, das mais diversas áreas, apontando os
severos riscos dessa imposição à ciência. Infelizmente, no curto espaço de um texto,
não teria condições de expor todas as críticas encontradas, mas darei destaque
a algumas delas que, por serem elaboradas por pesquisadores de áreas distintas,
indicam que é não somente no âmbito das ciências humanas que se evidencia a
crítica a essa política. Neste sentido, trago para reflexão as argumentações de
Schlendlindwein (2009), Blattman (2007), Katchburian (2008) e dados de Righeti
(2012).
Schlendlindwein
(2009), em seu artigo, expõe que essa perspectiva “publicista” encampada pelos
pesquisadores tem gerado um reducionismo dos fins da ciência. Ele indaga qual é
a necessidade de se ter um “sistema de recompensa” como o imposto aos
pesquisadores. Requisita a todos que avancemos para discutir e revelar a gênese
e as implicações de tal sistema, baseado na pressão constante para publicar,
discutindo quem o engendra e por que o mantém, para avaliar quem
dele se beneficia – portanto, a quem interessa sua manutenção.
Destaca que tal sistema gera um “círculo vicioso” no qual “quem publica mais
recebe mais recursos para pesquisa, que, por sua vez, possibilita aumentar o
número de publicações, num ciclo de reforço contínuo”. Como resultado, tem-se
que “os volumes mais expressivos de recursos para a pesquisa tendem a se
concentrar cada vez mais por região, por instituição, por pesquisador”.
O autor adverte
quanto à formação de uma indústria científica pautada por um “fordismo
científico”, com artigos sendo produzidos em massa tal como “numa linha de
montagem: do estudante de iniciação científica ao pós-doc, todos juntando
partes para o mesmo resultado final: o artigo científico” (Schlendlindwein,
2009). Ele observa que, com essa lógica, se tem mais repetição e menos criação,
mais cientistas e menos ciência. Por isso, acrescento às ideias do autor a
reflexão de que atualmente temos no âmbito científico a mesma alienação que se
produz no operário das demais indústrias de produção em larga escala.
O mesmo autor
também denuncia a medida de produtividade calcada no Fator de Impacto (FI), uma
vez que este pode ser facilmente fabricado ou forjado, e tem como maior
preocupação o fato de que o FI tornou-se instrumento de política científica ou
de um “sistema de recompensa”, estabelecendo-se o que ele denomina de
“fundamentalismo científico”, “em que os meios para se fazer ciência, antes de
serem valorizados, são desrespeitados”. Outra falácia, para Schlendlindwein
(2009), está na argumentação de que a pressão imposta para publicar é um modo
de fazer o pesquisador “prestar contas à sociedade”, ironizando que a
“sociedade” não lê artigos científicos. Concordo com o autor, pois para a
sociedade, interessa o resultado das pesquisas, isto é, aquilo em que a ciência
pode “aliviar as misérias humanas”. De fato, o que vemos é a reprodução das
misérias humanas na mesma velocidade da produção de “artigos científicos”.
É preocupante
pensar que para muitos pesquisadores, essa tendência é “natural” ou fruto do
desenvolvimento da ciência. Na direção contrária a esse conformismo, Rego (2014,
p. 345) aponta que é necessário ultrapassar o momento de crítica, denúncias,
desabafos e enfrentamentos individualizados para começar outra fase: “A
política científica hoje em curso no Brasil e em vários outros países, baseada
num produtivismo galopante, indica-nos que o momento é crítico, que exige
profunda reflexão e, principalmente, mudança de rotas. E isso tem que ser feito
antes que seja tarde”. Como saída, Schlendlindwein (2009) defende o movimento
inverso, que vá na contramão dessa ciência aligeirada, propondo um “slowpublishing”,
acrescido por ele de “pensar mais, publicar menos e publicar melhor”.
Nesta mesma
linha, Blattman (2007), a partir da resenha do livro de Lindsay Waters intitulado Inimigos da esperança:
publicar, perecer e o eclipse da
erudição, denuncia a lógica capitalista que imprime sua marca na produção
científica. A autora denomina de “perversão das universidades” o que se produz
a partir das agências de fomento, cuja moeda de troca para obtenção de
financiamento advém da quantidade de publicação/ano do docente. Isso cria um
“sistema desvairado de produção de celebridades” (p. 18, citado por Blattman,
2007, p. 1-2), no qual se glorifica a quantidade de publicações ao invés do
ensino, investigação e escrita sérios. Com isso, se tem um “academicismo vazio
emergente, mas cheio de forma na promoção do status quo acadêmico (na
luta da preservação da própria espécie)” (Blattman, 2007, p.2-3).
Pelo viés da
ironia crítica, Katchburian (2008) traz reflexões a respeito da crescente
produção de lixo acadêmico descartável, gerada por essa exigência maciça de
publicação em série, pautada na ideologia de que o “valor” da pesquisa está
dado pela quantidade de acessos ao artigo publicado ou de suas citações em
outros artigos. Expõe o jogo que se estabelece de “troca de favores” nas
publicações científicas, além da exclusão do que não é publicado em inglês como
de “menor valor”. Ironiza a rede de relações que se estabelece e, por
conseguinte, os expedientes para elevar o índice de citações, utilizando autocitação
ou citando colegas, independentemente da relação com sua pesquisa.
Como exemplos de
investigações e descobertas científicas que causaram alto impacto social e que
seriam completamente desprezadas, se analisadas sob os critérios atuais, o
referido autor cita as de Mendel, cuja pesquisa com ervilhas identificou as
leis fundamentais da herança genética, mas só foi reconhecida como tal quarenta
anos depois. De acordo com Katchburian (2008), Mendel levou oito anos para
desenvolver a pesquisa e publicou apenas dois artigos. Na sequência, traz a
pesquisa de Fleming (Prêmio Nobel, 1945), que descobriu a penicilina, cuja
importância foi reconhecida apenas doze anos mais tarde. Em sua área, ele ainda
menciona as pesquisas de Marshal e Warren a respeito do tratamento de úlceras,
e a de Watson e Crick sobre a hélice do DNA, as quais apenas nove anos mais
tarde, em 1962, obtiveram o Prêmio Nobel. Esses importantes trabalhos foram recebidos
com indiferença pela comunidade científica na época, e só tiveram seu valor social
reconhecido depois de vários anos.
Os grandes
teóricos e pesquisadores, de diversas áreas, hoje considerados clássicos, também
realizaram suas investigações durante anos, aprofundando e verificando suas descobertas.
É o caso de Karl Marx (1818-1883), que trabalhou durante quarenta anos na
elaboração de sua principal obra, intitulada O capital. A Crítica da razão pura, publicada em 1781
e considerada a obra fundamental de Kant, resultou de dez anos de pensamento e meditação.
As ideias de Darwin foram publicadas no ano de 1859 no livro A origem das espécies, e a teoria da evolução
nele formulada foi fruto de uma viagem de cinco anos por diversos países,
coletando inúmeros exemplares de organismos. Com Einstein não foi diferente: em
1905 ele publicou a Teoria da Relatividade Especial, e somente dez anos depois
publicou a Teoria Geral da Relatividade, versão mais ampla da teoria anterior, amplamente
reconhecida na atualidade. Pela lógica produtivista, todos seriam considerados
candidatos a perecer no anonimato.
Além disso, o
crescente mercantilismo que subjaz a essa lógica do “sistema de recompensa”,
como diz Schlendlindwein (2009), já é evidente, tanto que cientistas de todo o
mundo começam a se rebelar contra essa situação. Em nota publicada no jornal Folha de S. Paulo (Righetti, 2012),
destaca-se o boicote coletivo à Elsevier, a maior editora de periódicos
científicos. Nessa nota, a jornalista Righeti destaca que a iniciativa veio de
um dos matemáticos mais conceituados, Timothy Gowers, da Universidade de
Cambridge, sugerindo o boicote em seu blog,
em janeiro daquele ano.
Outro
matemático, Tyler Nylon, doutor pela Universidade de Nova York, organizou um
abaixo-assinado online contra a Elsevier,
com quase 5.000 assinaturas de cientistas “que se comprometem a parar de
submeter seus trabalhos às cerca de 2.000 publicações científicas da Elsevier”.
Conforme a reportagem, o motivo da revolta é o custo que a Elsevier, como boa
parte das editoras científicas comerciais, cobra para publicar um artigo aceito
(após a "revisão por pares"), além da cobrança pelo acesso ao
conteúdo dos periódicos.
Deste modo,
cria-se um mecanismo de exploração pelo qual os pesquisadores não somente pagam
para publicar, mas também para ler as revistas científicas com seus artigos. Se
considerarmos que o acesso e as citações dos artigos são mensurados como
“qualidade” do pesquisador, tem-se aí facilmente o quadro de que tais medidas
estão beneficiando economicamente grandes grupos editoriais, e não promovendo o
desenvolvimento científico sério e comprometido com o “alívio da miséria
humana”.
A matemática
simples apresentada por Righeti (2012) demonstra que só o governo brasileiro
gastou R$ 133 milhões em 2011 para que 326 instituições de pesquisa do país
tivessem acesso a mais de 31 mil periódicos científicos comerciais, tomando
como base os dados da Capes (Portal de Periódicos da Coordenação de Aperfeiçoamento
de Pessoal de Nível Superior), do Ministério da Educação. Se somado a esse
valor o que os demais países devem desembolsar, com certeza as cifras crescem
assustadoramente, o que demonstra a importância desse movimento coletivo de
pesquisadores, fundamental para frear o mercantilismo científico, tendo-se clareza
de que há muito ainda a ser realizado.
Como exemplo de
que esta luta é e será árdua, Righeti (2012) destaca que o incremento do
movimento contra a Elsevier deve-se ao apoio que esta tem dado ao
"Research Works Act", projeto de lei que tramita no Congresso dos Estados
Unidos desde dezembro de 2011, o qual visa impedir que as instituições de
pesquisa divulguem de modo gratuito trabalhos de seus cientistas. Isso
demonstra como há interesses econômicos e políticos fortíssimos sustentando as
diretrizes científicas atuais, a despeito do discurso de “prestar contas à sociedade”.
A jornalista destaca que “o proponente original do projeto de lei é o deputado
republicano Darrell Issa, que tem como copatrocinadora a democrata Carolyn
Maloney”, e que a Elsevier contribuiu para a campanha de ambos com grandes
somas em dólares.
A partir do
exposto, parece-me mais do que claro que estamos avançando de modo brutal para
uma ciência cada vez mais mercantilizada. Como já dizia Marx (1985), “a desvalorização
do mundo humano cresce em razão direta da valorização do mundo das coisas” (p.
105). Mais do que nunca, é necessária a indignação e a resistência, seja pelos
movimentos “slow science” e “slow publishing”, seja por
mecanismos coletivos de boicote a esse processo, sob pena de cairmos num
obscurantismo científico sem precedentes.
Se a ciência
hoje se conforma a uma produção em série, a um “fordismo científico”, nada mais
atual do que atentarmos para a alienação a que, neste contexto, estamos
submetidos nós, pesquisadores. Esse processo alienador me parece bem descrito
pela expressão utilizada por Gajanigo (2013, p.6), com a qual muitos devem se
identificar: “Num mar de projetos, relatórios, prazos todos definidos por
esferas distantes de nossa vida cotidiana acadêmica, temos a sensação de que
nossa formação só é possível quando conseguimos ‘driblar’ a avaliação. Aquele
sentimento de terminar um relatório e pensar que agora está com tempo livre
para estudar, aprender: essa parece ser a condição produtivista”. Marx (1985)
destaca que, mesmo quando atuamos cientificamente, estamos sendo também sociais,
porque atuamos enquanto homens, como parte do gênero humano. “Não
só o material da minha atividade (como o idioma, à mercê do que opera o pensador)
me é dado como produto social, senão que minha própria existência é
atividade social, porque o que eu trago, o trago para a sociedade e com a
consciência de ser um ente social” (p.146). Quando nos alienamos disso, também
nos alienamos da humanidade que há em nós.
Essa luta por
uma ciência que “alivie as misérias humanas” é a mesma que se coloca na
contramão do processo de alienação da e na ciência, que vem se reproduzindo em
benefício do capital. Desse modo, o lema deve ser: “Publicar menos e com
qualidade”, um manifesto pela ciência e pela produção e reprodução ética do trabalho
científico.
Silvana Tuleski é professora do Programa de Pós-Graduação
em Psicologia da Universidade Estadual de Maringá
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Este texto
foi originalmente publicado como editorial na revista Psicologia em Estudo, em 2012 quando a autora era editora assistente
do referido periódico. O texto atual é uma reprodução ampliada daquele, com
autorização da revista Psicologia em
Estudo. Tuleski, Silvana C. “A
necessária crítica a uma ciência mercantilizada: a quem servem o publicismo, o
citacionismo e o lema ‘publicar ou perecer’?” Psicologia em Estudo,
Maringá, v. 17, n. 1, p. 1-4, jan./mar. 2012.
Até esta
data, o manifesto “slow science” já possui 4000 assinaturas de pesquisadores de
vários países: contact@slowscience.fr , http://www.univendebat.eu ,
http://www.appeldesappels.org .
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