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Artigo
A mercantilização da ciência e o lema “publicar ou perecer”: os interesses que encobrem e suas consequências1
Por Silvana Tuleski
10/05/2016

"Privatizaram sua vida, seu trabalho, sua hora de amar e seu direito de pensar.
É da empresa privada, o seu passo em frente,
seu pão e seu salário. E agora, não contentes, querem
privatizar o conhecimento, a sabedoria,
o pensamento, que só à humanidade pertence.

(Privatizando, Bertold Brecht, 2007)

  

No ano de 2012, como editora assistente do periódico científico Psicologia em Estudo, senti-me compelida a enfocar este tema em um editorial, por dois motivos. O primeiro, porque na época, a psicologia completava cinquenta anos como profissão no Brasil, com todas as dificuldades existentes para uma área profissional jovem, respaldada em uma ciência que, desde seu nascimento, esteve atravessada por inúmeras contradições devido ao seu objeto de estudo: o psiquismo humano. O segundo motivo, vinculava-se à minha experiência prática como editora e pesquisadora no contexto árido que vinha se tornando a produção científica, sob o jugo dos sistemas de avaliação quantitativos exigidos. A escrita daquele editorial e a sua retomada neste texto de modo mais ampliado, demonstra que se passaram quatro anos e a indignação que me moveu anteriormente não desapareceu, mas, ao contrário, tem aumentado a cada ano, por verificar que finalidades a ciência vem cumprindo e suas consequências nefastas, tanto para a produção científica em geral, como para os pesquisadores em particular.

No caso da psicologia, devido ao seu objeto – o psiquismo ou consciência humana –, talvez caiba a ela uma responsabilidade ainda maior de denunciar o impacto de uma forma de produção científica que vem assumindo contornos de produção em série, com objetivos mercantilistas, cujo fim último não é “aliviar a miséria humana”, como defendia Bertold Brecht (1977), mas alimentar bancos de dados, curvas estatísticas e currículos individuais, alienando aqueles que mais deveriam denunciar a alienação, porém enriquecendo uma grande fatia do mercado.

Em meu trabalho por três anos como editora geral da revista Psicologia em Estudo, foi comum o recebimento de mensagens de autores angustiados em saber sobre a tramitação de seus artigos, pois sua aprovação ou não, punha em risco a conclusão de sua pós-graduação (mestrado ou doutorado). Professores pesquisadores de séria produção científica também escreviam, preocupados com isso devido às pressões impostas pelos programas de pós-graduação a que estavam vinculados, pois tinham que atestar uma boa quantidade de artigos produzidos em um determinado triênio, sob pena de serem deles sumariamente desvinculados, a despeito da solidez de suas pesquisas e da qualidade de suas aulas ou orientações – estas últimas, fundamentais para a formação de profissionais e pesquisadores compromissados eticamente com a ciência.

Por outro lado, pesquisas apontavam um crescente adoecimento físico dos docentes pesquisadores, como, por exemplo, a pesquisa de Santana (2011). Nela o autor evidencia, de modo contundente, a correlação entre o aumento de produção científica e o número médio anual de orientandos por pesquisador com maiores ocorrências médicas relacionadas a intervenções cardíacas. Ao realizar uma nova busca para a ampliação desta discussão, me deparei com o estudo bibliográfico de Zandoná, Cabral e Sulzbach (2014), realizado entre 2004 e 2013, com base no descritor “produtivismo”. Os autores procuraram investigar de que modo a intensificação do trabalho no âmbito da pós-graduação vinha prejudicando a saúde dos professores brasileiros e chegaram à conclusão de que as consequências têm sido o sofrimento, o desgaste, a fragilização mental dos docentes, a síndrome de Burnout e o assédio moral. Os estudos analisados destacaram a intensificação do uso de álcool, tabaco e outras drogas, o aumento do consumo de ansiolíticos, hipnóticos, antidepressivos e neurolépticos, a crescente incidência de depressão e ansiedade crônica em professores, dados que corroboram as pesquisas realizadas por Sguissardi e Silva Júnior (2009) e Bernardo (2014).

A pesquisa de Bianchetti e Valle (2014) coletou dados com 74 coordenadores de programas stricto sensu avaliados pela Capes e orientadores, e com 16 investigadores ligados a universidades da União Europeia, após a adesão das mesmas ao “Pacto de Bolonha”2, investigando o impacto do chamado “produtivismo acadêmico” na vida profissional e pessoal dos pesquisados. Como resultados, alguns aspectos analisados merecem destaque: o desconforto manifestado pelos entrevistados com relação à aceleração da produção acadêmica, que interfere na qualidade e tem induzido ao uso de “artimanhas” e “imposturas intelectuais” (“amontoar fragmentos”, “requentar versões do mesmo texto”, etc.); o descontentamento com relação às condições de trabalho que prejudicam a qualidade de vida, afetando o lazer e o descanso, pois as atividades se estendem para as noites e madrugadas, fins de semana, feriados e férias; a interferência das tecnologias digitais no espaço-tempo dos orientadores, cuja exigência é de estarem sempre “conectados”, para não deixar o “fluxo” parar, e; o enfrentamento a tais condições estressantes tem se caracterizado por saídas individuais ou “micorresistências”, que vão desde as ironias, piadas e metáforas para descrever o processo doloroso de perda de sentido do trabalho ou negações pontuais a aderir às exigências como estratégias de sobrevivência, não havendo uma organização coletiva para uma negação na íntegra desse “capitalismo acadêmico”.

Deste modo, além de essas exigências numéricas tornarem-se um problema de saúde física e psíquica, essa lógica produtivista vem desencadeando uma competição desenfreada e uma “corrupção da personalidade humana”, como atesta Vigotski (1930/2004), em que os valores se colocam de modo invertido na consciência dos pesquisadores, sob a pressão ideológica que Schlendlindwein (2009) denomina de “sistema de recompensa científica”.

Procurando verificar o nível de adesão ou indignação quanto ao paradigma “publicar ou perecer”, que, como exposto, vem adoecendo pesquisadores e comprometendo a qualidade das pesquisas, em uma busca rápida no Google, usando como descritores esse slogan, para minha surpresa, encontrei diversos artigos em blogs e periódicos científicos, das mais diversas áreas, apontando os severos riscos dessa imposição à ciência. Infelizmente, no curto espaço de um texto, não teria condições de expor todas as críticas encontradas, mas darei destaque a algumas delas que, por serem elaboradas por pesquisadores de áreas distintas, indicam que é não somente no âmbito das ciências humanas que se evidencia a crítica a essa política. Neste sentido, trago para reflexão as argumentações de Schlendlindwein (2009), Blattman (2007), Katchburian (2008) e dados de Righeti (2012).

Schlendlindwein (2009), em seu artigo, expõe que essa perspectiva “publicista” encampada pelos pesquisadores tem gerado um reducionismo dos fins da ciência. Ele indaga qual é a necessidade de se ter um “sistema de recompensa” como o imposto aos pesquisadores. Requisita a todos que avancemos para discutir e revelar a gênese e as implicações de tal sistema, baseado na pressão constante para publicar, discutindo quem o engendra e por que o mantém, para avaliar quem dele se beneficia – portanto, a quem interessa sua manutenção. Destaca que tal sistema gera um “círculo vicioso” no qual “quem publica mais recebe mais recursos para pesquisa, que, por sua vez, possibilita aumentar o número de publicações, num ciclo de reforço contínuo”. Como resultado, tem-se que “os volumes mais expressivos de recursos para a pesquisa tendem a se concentrar cada vez mais por região, por instituição, por pesquisador”.

O autor adverte quanto à formação de uma indústria científica pautada por um “fordismo científico”, com artigos sendo produzidos em massa tal como “numa linha de montagem: do estudante de iniciação científica ao pós-doc, todos juntando partes para o mesmo resultado final: o artigo científico” (Schlendlindwein, 2009). Ele observa que, com essa lógica, se tem mais repetição e menos criação, mais cientistas e menos ciência. Por isso, acrescento às ideias do autor a reflexão de que atualmente temos no âmbito científico a mesma alienação que se produz no operário das demais indústrias de produção em larga escala.

O mesmo autor também denuncia a medida de produtividade calcada no Fator de Impacto (FI), uma vez que este pode ser facilmente fabricado ou forjado, e tem como maior preocupação o fato de que o FI tornou-se instrumento de política científica ou de um “sistema de recompensa”, estabelecendo-se o que ele denomina de “fundamentalismo científico”, “em que os meios para se fazer ciência, antes de serem valorizados, são desrespeitados”. Outra falácia, para Schlendlindwein (2009), está na argumentação de que a pressão imposta para publicar é um modo de fazer o pesquisador “prestar contas à sociedade”, ironizando que a “sociedade” não lê artigos científicos. Concordo com o autor, pois para a sociedade, interessa o resultado das pesquisas, isto é, aquilo em que a ciência pode “aliviar as misérias humanas”. De fato, o que vemos é a reprodução das misérias humanas na mesma velocidade da produção de “artigos científicos”.

É preocupante pensar que para muitos pesquisadores, essa tendência é “natural” ou fruto do desenvolvimento da ciência. Na direção contrária a esse conformismo, Rego (2014, p. 345) aponta que é necessário ultrapassar o momento de crítica, denúncias, desabafos e enfrentamentos individualizados para começar outra fase: “A política científica hoje em curso no Brasil e em vários outros países, baseada num produtivismo galopante, indica-nos que o momento é crítico, que exige profunda reflexão e, principalmente, mudança de rotas. E isso tem que ser feito antes que seja tarde”. Como saída, Schlendlindwein (2009) defende o movimento inverso, que vá na contramão dessa ciência aligeirada, propondo um “slowpublishing”3, acrescido por ele de “pensar mais, publicar menos e publicar melhor”.

Nesta mesma linha, Blattman (2007), a partir da resenha do livro de Lindsay Waters4 intitulado Inimigos da esperança: publicar, perecer e o eclipse da erudição, denuncia a lógica capitalista que imprime sua marca na produção científica. A autora denomina de “perversão das universidades” o que se produz a partir das agências de fomento, cuja moeda de troca para obtenção de financiamento advém da quantidade de publicação/ano do docente. Isso cria um “sistema desvairado de produção de celebridades” (p. 18, citado por Blattman, 2007, p. 1-2), no qual se glorifica a quantidade de publicações ao invés do ensino, investigação e escrita sérios. Com isso, se tem um “academicismo vazio emergente, mas cheio de forma na promoção do status quo acadêmico (na luta da preservação da própria espécie)” (Blattman, 2007, p.2-3).

Pelo viés da ironia crítica, Katchburian (2008) traz reflexões a respeito da crescente produção de lixo acadêmico descartável, gerada por essa exigência maciça de publicação em série, pautada na ideologia de que o “valor” da pesquisa está dado pela quantidade de acessos ao artigo publicado ou de suas citações em outros artigos. Expõe o jogo que se estabelece de “troca de favores” nas publicações científicas, além da exclusão do que não é publicado em inglês como de “menor valor”. Ironiza a rede de relações que se estabelece e, por conseguinte, os expedientes para elevar o índice de citações, utilizando autocitação ou citando colegas, independentemente da relação com sua pesquisa.

Como exemplos de investigações e descobertas científicas que causaram alto impacto social e que seriam completamente desprezadas, se analisadas sob os critérios atuais, o referido autor cita as de Mendel, cuja pesquisa com ervilhas identificou as leis fundamentais da herança genética, mas só foi reconhecida como tal quarenta anos depois. De acordo com Katchburian (2008), Mendel levou oito anos para desenvolver a pesquisa e publicou apenas dois artigos. Na sequência, traz a pesquisa de Fleming (Prêmio Nobel, 1945), que descobriu a penicilina, cuja importância foi reconhecida apenas doze anos mais tarde. Em sua área, ele ainda menciona as pesquisas de Marshal e Warren a respeito do tratamento de úlceras, e a de Watson e Crick sobre a hélice do DNA, as quais apenas nove anos mais tarde, em 1962, obtiveram o Prêmio Nobel. Esses importantes trabalhos foram recebidos com indiferença pela comunidade científica na época, e só tiveram seu valor social reconhecido depois de vários anos.

Os grandes teóricos e pesquisadores, de diversas áreas, hoje considerados clássicos, também realizaram suas investigações durante anos, aprofundando e verificando suas descobertas. É o caso de Karl Marx (1818-1883), que trabalhou durante quarenta anos na elaboração de sua principal obra, intitulada O capital. A Crítica da razão pura, publicada em 1781 e considerada a obra fundamental de Kant, resultou de dez anos de pensamento e meditação. As ideias de Darwin foram publicadas no ano de 1859 no livro A origem das espécies, e a teoria da evolução nele formulada foi fruto de uma viagem de cinco anos por diversos países, coletando inúmeros exemplares de organismos. Com Einstein não foi diferente: em 1905 ele publicou a Teoria da Relatividade Especial, e somente dez anos depois publicou a Teoria Geral da Relatividade, versão mais ampla da teoria anterior, amplamente reconhecida na atualidade. Pela lógica produtivista, todos seriam considerados candidatos a perecer no anonimato.

Além disso, o crescente mercantilismo que subjaz a essa lógica do “sistema de recompensa”, como diz Schlendlindwein (2009), já é evidente, tanto que cientistas de todo o mundo começam a se rebelar contra essa situação. Em nota publicada no jornal Folha de S. Paulo (Righetti, 2012), destaca-se o boicote coletivo à Elsevier, a maior editora de periódicos científicos. Nessa nota, a jornalista Righeti destaca que a iniciativa veio de um dos matemáticos mais conceituados, Timothy Gowers, da Universidade de Cambridge, sugerindo o boicote em seu blog, em janeiro daquele ano.

Outro matemático, Tyler Nylon, doutor pela Universidade de Nova York, organizou um abaixo-assinado online contra a Elsevier5, com quase 5.000 assinaturas de cientistas “que se comprometem a parar de submeter seus trabalhos às cerca de 2.000 publicações científicas da Elsevier”. Conforme a reportagem, o motivo da revolta é o custo que a Elsevier, como boa parte das editoras científicas comerciais, cobra para publicar um artigo aceito (após a "revisão por pares"), além da cobrança pelo acesso ao conteúdo dos periódicos.

Deste modo, cria-se um mecanismo de exploração pelo qual os pesquisadores não somente pagam para publicar, mas também para ler as revistas científicas com seus artigos. Se considerarmos que o acesso e as citações dos artigos são mensurados como “qualidade” do pesquisador, tem-se aí facilmente o quadro de que tais medidas estão beneficiando economicamente grandes grupos editoriais, e não promovendo o desenvolvimento científico sério e comprometido com o “alívio da miséria humana”.

A matemática simples apresentada por Righeti (2012) demonstra que só o governo brasileiro gastou R$ 133 milhões em 2011 para que 326 instituições de pesquisa do país tivessem acesso a mais de 31 mil periódicos científicos comerciais, tomando como base os dados da Capes (Portal de Periódicos da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior), do Ministério da Educação. Se somado a esse valor o que os demais países devem desembolsar, com certeza as cifras crescem assustadoramente, o que demonstra a importância desse movimento coletivo de pesquisadores, fundamental para frear o mercantilismo científico, tendo-se clareza de que há muito ainda a ser realizado.

Como exemplo de que esta luta é e será árdua, Righeti (2012) destaca que o incremento do movimento contra a Elsevier deve-se ao apoio que esta tem dado ao "Research Works Act", projeto de lei que tramita no Congresso dos Estados Unidos desde dezembro de 2011, o qual visa impedir que as instituições de pesquisa divulguem de modo gratuito trabalhos de seus cientistas. Isso demonstra como há interesses econômicos e políticos fortíssimos sustentando as diretrizes científicas atuais, a despeito do discurso de “prestar contas à sociedade”. A jornalista destaca que “o proponente original do projeto de lei é o deputado republicano Darrell Issa, que tem como copatrocinadora a democrata Carolyn Maloney”, e que a Elsevier contribuiu para a campanha de ambos com grandes somas em dólares.

A partir do exposto, parece-me mais do que claro que estamos avançando de modo brutal para uma ciência cada vez mais mercantilizada. Como já dizia Marx (1985), “a desvalorização do mundo humano cresce em razão direta da valorização do mundo das coisas” (p. 105). Mais do que nunca, é necessária a indignação e a resistência, seja pelos movimentos “slow science” e slow publishing”, seja por mecanismos coletivos de boicote a esse processo, sob pena de cairmos num obscurantismo científico sem precedentes.

Se a ciência hoje se conforma a uma produção em série, a um “fordismo científico”, nada mais atual do que atentarmos para a alienação a que, neste contexto, estamos submetidos nós, pesquisadores. Esse processo alienador me parece bem descrito pela expressão utilizada por Gajanigo (2013, p.6), com a qual muitos devem se identificar: “Num mar de projetos, relatórios, prazos todos definidos por esferas distantes de nossa vida cotidiana acadêmica, temos a sensação de que nossa formação só é possível quando conseguimos ‘driblar’ a avaliação. Aquele sentimento de terminar um relatório e pensar que agora está com tempo livre para estudar, aprender: essa parece ser a condição produtivista”. Marx (1985) destaca que, mesmo quando atuamos cientificamente, estamos sendo também sociais, porque atuamos enquanto homens, como parte do gênero humano. “Não só o material da minha atividade (como o idioma, à mercê do que opera o pensador) me é dado como produto social, senão que minha própria existência é atividade social, porque o que eu trago, o trago para a sociedade e com a consciência de ser um ente social” (p.146). Quando nos alienamos disso, também nos alienamos da humanidade que há em nós.

Essa luta por uma ciência que “alivie as misérias humanas” é a mesma que se coloca na contramão do processo de alienação da e na ciência, que vem se reproduzindo em benefício do capital. Desse modo, o lema deve ser: “Publicar menos e com qualidade”, um manifesto pela ciência e pela produção e reprodução ética do trabalho científico.

Silvana Tuleski é professora do Programa de Pós-Graduação em Psicologia da Universidade Estadual de Maringá

Referências bibliográficas

Bernardo, M. H. (2014). “Produtivismo e precariedade subjetiva na universidade pública: o desgaste mental dos docentes”. Psicologia & Sociedade, 26 (n. spe.), 129-139.

Bianchetti, L.; Valle, I. R. (2014). Produtivismo acadêmico e decorrências às condições de vida/trabalho de pesquisadores brasileiros e europeus. Ensaio: aval. pol. públ. Educ., Rio de Janeiro, v.22, n. 82, p. 89-110, jan./mar.

Blattmann, U. (2007). “Publicar ou perecer - quando menos é mais: resenha”. Revista ACB: Biblioteconomia em Santa Catarina, 12(2),352-354.

Brecht, B. (1977). Vida de Galileu. São Paulo: Abril Cultural.

Brecht, B. (2007). “Privatizando”. In A. Citelli. “Bertold Brecht: comunicação, poesia e revolução”. Comunicação & Educação. online. 12(2), 109-112. Recuperado em 24 de abril de 2011, de http://www.revistasusp.sibi.usp.br/scielo.php?pid=S0104-8292007000200013&script=sci_arttext#nt04.

Gajanigo, P. (2013). “Ensino e democracia numa universidade sob a lógica produtivista: relato pessoal”. In: Revista Intratextos, vol 4, no1, p. 1-7. DOI: 10.12957/intratextos.2013.8520

Katchburian, E. (2008). “Publish or perish: a provocation”. São Paulo Medical Journal. online, 126(3), 200-203. Recuperado em 22 de abril de 2010 de, http://dx.doi.org/10.1590/S1516-31802008000300013.

Marx, K. (1985). Manuscritos economia y filosofia. (11a ed). Madri: Editorial Alianza.

Rego, T. C. (2014). “Produtivismo, pesquisa e comunicação científica: entre o veneno e o remédio”. Educação e Pesquisa, São Paulo, v.40, n.2, p.325-346, abr./jun.

Righetti, S. (2012). “Cientistas boicotam a maior editora de periódicos do mundo”. Recuperado em 24 de maio de 2012, de http://www1.folha.uol.com.br/ciencia/1046769-cientistas-boicotam-a-maior-editora-de-periodicos-do-mundo.shtml.

Santana, O. A. (2011). “Docentes de pós-graduação: grupo de risco de doenças cardiovasculares”. Acta Scientiarum. Education, 33(2), 219-226.

Schlendlindwein, S. L. (2009). “Viver e publicar”. Boletim Informativo da SBCS. p. 10-11.

Sguissardi, V.; Silva Júnior, J.R. (2009). Trabalho intensificado nas federais: pós-graduação e produtivismo acadêmico. São Paulo: Xamã.

Vygotsky, L. S. (2004). A transformação socialista do homem. (Marxists Internet Archive, english version, Nilson Dória, trad.). URSS: Varnitso, 1930. Recuperado em 12 de março, 2011, de http://www.marxists.org/.

Zandoná, C.; Cabral, F. B.; Sulzbach, C. C. (2014).  Produtivismo acadêmico, prazer e sofrimento: um estudo bibliográfico. Perspectiva, Erechim. v. 38, n.144, p. 121-130, dezembro.


1 Este texto foi originalmente publicado como editorial na revista Psicologia em Estudo, em 2012 quando a autora era editora assistente do referido periódico. O texto atual é uma reprodução ampliada daquele, com autorização da revista Psicologia em Estudo. Tuleski, Silvana C. “A necessária crítica a uma ciência mercantilizada: a quem servem o publicismo, o citacionismo e o lema ‘publicar ou perecer’?” Psicologia em Estudo, Maringá, v. 17, n. 1, p. 1-4, jan./mar. 2012.

2 De acordo com Bianchetti e Valle (2014), o “Pacto de Bolonha”, subscrito em 1999 pelos ministros da Educação de 29 países europeus e atualmente adotado por 42 países, teve como objetivo aumentar a competitividade internacional do ensino superior europeu, adaptando-o às exigências de um mercado globalizado, o que levou a profundas transformações na formação com ênfase no produtivismo.

3 Até esta data, o manifesto “slow science” já possui 4000 assinaturas de pesquisadores de vários países: contact@slowscience.fr , http://www.univendebat.eu , http://www.appeldesappels.org .

4 Editor da Harvard University Press

5 http://thecostofknowledge.com/.