Com
a publicação da terceira edição do Manual Diagnóstico e
Estatístico dos Transtornos Mentais (DSM III), em 1980, a
psiquiatria biológica parecia ter ultrapassado a meta que sempre
obcecara os psiquiatras, a de tornar sua disciplina uma verdadeira
especialidade médica. O manual sinalizou a legitimação da
psiquiatria como um saber científico, enfim dotado de uma
classificação diagnóstica fundada sobre pesquisas empíricas e
dados estatísticos. A partir de testes com psicofármacos, exames de
imageamento cerebral e outras tecnologias computo-informacionais, a
psiquiatria biológica passou a traduzir em uma gramática
biologicista o funcionamento do mental, que anteriormente dispunha
principalmente de fundamentos psicológicos e psicanalíticos para
sua compreensão. Desta forma, a psiquiatria emergiu como um saber
capaz de regular disfunções nos neurotransmissores cerebrais,
terapeuticamente utilizado para reduzir o sofrimento e melhorar a
qualidade de vida dos portadores de transtornos mentais.
Desde então, quase
sempre, acontecimentos – como as recentes críticas do
psiquiatra Allen Frances à elaboração do DSM 5 – desvelam ser a
psiquiatria atravessada por questões não tão científicas, que
colocam inclusive em questão a existência de uma clara separação
entre ciência e política. Na história da psiquiatria não faltam
evidências disso. Particularmente, a elaboração do DSM III é
repleta de acontecimentos políticos recobertos por um espesso verniz
médico-científico que, com o tempo, começou a desgastar e rachar.
A
publicação do DSM III procurou responder a duras críticas vindas
de fora e do interior da psiquiatria. Desde os anos 1940, a
psiquiatria encontrava-se em um profundo descrédito. Sem oferecer
“ cura” para a doença mental, os manicômios superlotados haviam
se transformado em “depósitos”, onde casos de tortura e
desrespeito aos direitos humanos eram frequentemente denunciados. A
partir dos anos 1960, as antipsiquiatrias, além de apontarem o
caráter autoritário, segregador e de controle social da
psiquiatria, chegaram a colocar em cheque a própria validade
científica do conceito de doença mental e mostraram, por meio de
experiências alternativas, a possibilidade de tratar fora dos muros
do asilo os estigmatizados como loucos.
Internamente,
os psiquiatras alinhados a uma vertente mais biológica, atribuíam à
psicanálise a responsabilidade pela disciplina ter se distanciado do
modelo médico. Manifestavam um perturbador desconforto em relação
ao diagnóstico das doenças mentais. Em diversas pesquisas, a
confiabilidade e a validade do sistema de classificação das doenças
mentais foram apresentadas como sérios entraves para o
desenvolvimento da psiquiatria como especialidade médica. A
discussão sobre confiança e validade dos diagnósticos serviu ainda
de pretexto para que, nos anos 1970, as grandes seguradoras de saúde
dos Estados Unidos limitassem a cobertura de procedimentos
psiquiátricos devido à falta de clareza e uniformidade na
terminologia dos diagnósticos e nos tratamentos.
Diante
deste quadro crítico, a American Psychiatric Association (APA)
propôs a revisão da segunda edição do DSM, de 19681,
que acabou resultando na publicação do DSM III. Não é por acaso
que logo na introdução do novo manual, o psiquiatra Robert Spitzer,
coordenador do grupo de trabalho de sua elaboração, destacou o
aspecto “científico” da obra, que a partir de então se fundava
sobre “evidências de pesquisa relevantes para a validade dos
vários tipos de diagnóstico”2.
A APA pode contar
mais do que com as qualificações científicas de Robert Spitzer, um
reconhecido especialista em classificações diagnósticas e apoiador
da psiquiatria biológica. Antes mesmo de ser escolhido para comandar
os trabalhos do DSM III, o psiquiatra havia mostrado uma preciosa
habilidade política para gerenciar a reivindicação de grupos gays
de retirar a homossexualidade da lista de psicopatologias. Durante os
seis anos de preparação do novo manual, Spitzer soube lidar
diplomaticamente com a pressão de outros grupos organizados, dentre
eles os psicanalistas, no caso envolvendo a subtração do termo
“ neurose” do manual, e as propostas de incluir o racismo e o
estresse pós-traumático entre seus transtornos3.
Demandas
de minorias
A
homossexualidade constava na segunda edição do manual como um
“ desvio sexual”. Ativistas e psiquiatras gays exigiram, por meio
de regulares protestos durante os congressos anuais da associação
psiquiátrica, sua retirada da classificação dos transtornos
mentais. A questão da exclusão ou não da homossexualidade no DSM
criou tamanha polêmica que teve de ser decidida, em 1974, por um
referendo interno da associação, no qual 58% dos membros optaram
pela sua retirada. No seu lugar, a terceira edição do manual trouxe
uma nova categoria, a “homossexualidade egodistônica”, entendida
como o sofrimento psíquico resultante do desconforto do indivíduo
quanto à sua orientação sexual que, por sua vez, foi suprimida na
revisão do DSM III, de 1987.
Para reforçar o
caráter científico do DSM III, anunciado com um manual “ateórico”
e de “raciocínio sindrômico”, o grupo de trabalho chefiado por
Spitzer decidiu excluir da classificação toda referência à
psicanálise que as edições anteriores traziam. Os psicanalistas
estadunidenses reagiram à proposta de mudanças e depois de várias
reuniões conseguiram manter o termo neurose nas nomenclaturas, mas
colocado entre parênteses após a nova terminologia adotada para
todas as psicopatologias sem etiologia cientificamente atestada, a
partir de então denominadas “transtornos” (do inglês,
“ disorders”). Na quarta edição do DSM, de 1990, a palavra
“ neurose” foi completamente abolida.
Outro
grupo que não obteve sucesso com suas reivindicações foi o
movimento negro. Um comitê de psiquiatras negros recomendou a
inclusão do racismo entre os transtornos mentais do DSM III e que as
minorias raciais participassem das discussões do manual. Spitzer
rejeitou as propostas, mas em correspondência, acenou com a
possibilidade de o racismo ser citado como um exemplo de
“ funcionamento psicológico não-ótimo”, que fragiliza o
indivíduo e poderia conduzir à aparição de sintomas. Quando saiu
o manual, nenhuma menção ao racismo fora feita.
A
associação dos veteranos da guerra do Vietnã conseguiu fazer
constar no novo manual um diagnóstico específico para os
transtornos relacionados a traumas de guerras. Mesmo antes do projeto
do DSM III, campanhas nacionais defendiam o reconhecimento dos
transtornos que dificultavam a reinserção dos ex-combatentes na
sociedade estadunidense. No DSM I, havia a figura da “reação de
estresse”, na qual eram enquadradas as neuroses de guerra. Porém,
no DSM II, ela foi suprimida. Psiquiatras e psicólogos defensores da
causa dos veteranos se reuniram com Spitzer e a subcomissão dos
transtornos reativos, a qual deliberou, em 1978, a inclusão do
transtorno de estresse pós-traumático no novo manual.
Polêmicas
relacionadas à outra “minoria”, desta vez as mulheres, voltaram
a acontecer nas edições posteriores do DSM. Na revisão da terceira
edição, foram listados no apêndice como “categorias diagnósticas
que necessitam de mais estudos” dois transtornos que desagradaram
as feministas: o transtorno de personalidade autodestrutiva, cujo
manual apontava ser mais comum em mulheres do que em homens, na
proporção de dois para um; e o transtorno disfórico da fase lútea
tardia, evidenciado somente em mulheres por estar relacionado ao
ciclo menstrual. Por pressão de grupos feministas, o primeiro foi
eliminado da quarta edição do DMS, de 1994, mas o segundo recebeu
um novo nome: transtorno disfórico pré-menstrual4.
O
que interessa a esta análise não é fazer um balanço de quem
ganhou ou perdeu com as edições do DSM, mas evidenciar que mesmo a
psiquiatria biológica – com seu pressuposto de que o “cérebro é
o órgão da mente”, fundada sobre pesquisas e evidências
científicas – não está imune ao jogo político que estabelece
(1) o que deverá ser tomado e catalogado como transtorno (a
homossexualidade? os sintomas do ciclo menstrual?); (2) quem o
constrói (psiquiatras, psicólogos, minorias etc.) e (3) a partir de
quais fundamentos teóricos (biológicos ou psicanalíticos?). Os
exemplos acima citados devem ser analisados não só como resultados
científicos, mas dentro de um contexto específico da história da
psiquiatria, no qual a linha biológica despontava como a de maior
influência no campo psi, e da própria história dos Estados Unidos,
em que a articulação de minorias pelo reconhecimento de direitos
civis obrigou o Estado a atender demandas que implicaram no
reconhecimento de direitos específicos para os negros, mulheres,
homossexuais etc.
Farmacologia e
psiquiatria
O DSM III marca
também o momento que a farmacologia tornou-se um elemento
reorganizador da prática e dos saberes psiquiátricos, aproximando
assim a psiquiatria da indústria farmacêutica. Não é que a
prática de receitar psicofármacos tenha surgido com o manual, ela
começou antes, no final dos anos 1950, com a invenção do primeiro
antipsicótico. Todavia, foi a partir do DSM III e sua definição
dos critérios diagnósticos dos sintomas a serem observados na
clínica, que os medicamentos começaram a ser empregados como
instrumentos de confirmação do próprio diagnóstico. O psiquiatra
Peter Kramer5,
da Brown University, denomina “ouvir as drogas” o processo de
observar as reações dos pacientes aos psicofármacos, como se fosse
uma “dissecação farmacológica” dos transtornos, ou seja,
“ deixar que a resposta à droga informe ou mesmo comande nosso
sentido de perceber como o comportamento humano pode ser melhor
categorizado”. Para o psiquiatra, essa prática transformou a
psiquiatria ao fornecer um retorno sobre a exatidão do diagnóstico.
Receitar medicamentos tornou-se tão importante para a clínica
psiquiátrica que a revisão do DSM III foi vendida juntamente com um
guia complementar que trazia referências sobre psicofarmacologia.
As preocupações
que Allen Frances afirma ter sobre a relação entre a psiquiatria e
as companhias farmacêuticas não são novidades, principalmente para
ele que coordenou os trabalhos de elaboração do DSM IV e sua
revisão, o DSM IV TR. O estudo “Financial ties between DSM IV
panel members and the pharmaceutical industry”, de Lisa Cosgrovea e
colegas, publicado na revista Psychotherapy
and Psychosomatics,
em abril de 20066,
revela que dos psiquiatras membros dos grupos de trabalho da
elaboração desses manuais, 56% tinham uma ou mais ligações
financeiras com a indústria farmacêutica, recebendo por serviços
de pesquisa, consultoria ou comunicação. Nos grupos de trabalho
sobre transtornos do humor e esquizofrenia, 100% dos psiquiatras
participantes recebiam recursos de companhias de medicamentos.
Que as indústrias
farmacêuticas financiem pesquisas não causa nenhum espanto. Este é
o seu business.
O problema está, como aponta o psiquiatra David Healy, no livro The
antidepressant era,
que a indústria, além de drogas, também produz “visões sobre as
doenças”, selecionando possibilidades de elas serem enxergadas7
(p.181). Frances diz se sentir culpado pela explosão dos
diagnósticos de transtorno bipolar e de transtorno de déficit de
atenção e hiperatividade em crianças, dois negócios extremamente
lucrativos para as farmacêuticas. Mas antes dessas, outras epidemias
foram “enxergadas” por psiquiatras a partir de dissecações
farmacológicas. Além do caso da depressão com os antidepressivos,
refiro-me à síndrome do pânico, após a comercialização nos anos
1980 do ansiolítico Alprazolam (Xanax, nos EUA, e Frontal, no
Brasil) e ao transtorno obsessivo compulsivo (TOC), com o
antidepressivo clomipramina (Anafranil), na década de 1990.
Especialmente no caso do TOC, é incrível como uma neurose rara e
praticamente desconhecida da população, aparece nos anos 1990 como
o quarto transtorno psiquiátrico mais comum e considerado atualmente
pela OMS a 10ª maior causa de incapacitação no mundo, logo após a
liberação da venda no mercado estadunidense da clomipramina. Este
medicamento foi um fator decisivo para essa “peste” se alastrar8.
Política de
subjetividades
Michel Foucault9
mostrou como a “peste”, mais do que uma questão de saúde
pública, configurou um problema político no século XVIII. As
sociedades disciplinares por ele estudadas valeram-se das práticas
de distribuição, classificação, isolamento, vigilância e
hierarquização dos indivíduos, desenvolvidas no combate às pestes
que assolaram a Europa, para aperfeiçoar uma tecnologia positiva de
governo dos homens, depois empregada pelos Estados para gerir a
população. Segundo o autor, as disciplinas e o controle da
população estão na base dessa nova tecnologia de poder à qual
denominou biopolítica. No lugar de excluir e matar, como fazia a
soberania para exercer o poder, a biopolítica procura maximizar a
vida para governá-la. Outro aspecto político destacado por Foucault
nas sociedades disciplinares, que nos interessa abordar, diz respeito
à produção de subjetividades assujeitadas, ou seja, o forjamento
de indivíduos a partir da submissão de seus corpos a determinadas
relações de saber e poder. Nesse sentido, o manicômio e a prisão
foram os confinamentos mais explorados por Foucault para mostrar como
o indivíduo não passa de um efeito das relações de poder.
No século XXI, as
coisas não são idênticas ao que Foucault observara em suas
análises. Hoje, o confinamento do manicômio não é mais o espaço
por excelência para a produção do indivíduo louco. Além disso,
outros atores (fora a psiquiatria e o Estado) como a indústria
farmacêutica, minorias e os meios de comunicação participam das
relações de poder que produzem indivíduos, ou melhor, neste caso,
subjetividades transtornadas. Paul Rabinow10
usa o conceito de biossociabilidade para abordar a produção de
identidades na contemporaneidade. Ele aponta para a possibilidade da
genética, por meio de práticas médicas, remodelar todo o tecido
social, criando identidades definidas a partir de termos biológicos.
Entretanto, essa nova sociabilidade baseada na vida já é
impulsionada pela psiquiatria biológica. Dela vemos surgir
biosubjetividades que se definem a partir de categorias diagnósticas
de transtornos mentais e se agrupam em associações de defesa de
seus interesses.
Um exemplo dessas
associações é a International Obsessive Compulsive Foundation
(IOCF), uma associação que congrega portadores de TOC e seus
familiares. As estatísticas estimam existir 120 milhões de
portadores de TOC em todo o planeta, uma população maior do que a
de muitos países. Fundada em 1986, nos Estados Unidos, a IOCF
rapidamente se transformou de pequeno grupo de autoajuda em uma
organização de âmbito internacional, cuja missão é educar o
público e a comunidade profissional sobre o TOC; providenciar
assistência a portadores, familiares e amigos; apoiar pesquisas
científicas e acompanhar as políticas públicas de saúde,
intercedendo em favor dos portadores desse transtorno.
Com
objetivos semelhantes, há a Children and Adults with
Attention-Deficit/Hyperactivity Disorder (1987); a National
Association of Anorexia Nervosa and Associated Disorders (1976) e a
Tourette
Syndrome Association (1972), entre outras. A
exemplo da IOCF, todas nasceram de iniciativas da sociedade civil
organizada, inicialmente voltadas para reunir portadores, mas hoje
possuem escritórios de “lobby” e “advocacy” para cobrar do
Estado políticas públicas, legislações especiais e recursos
orçamentários. Elas desempenham um papel político parecido com o
que tiveram durante o século XX, com mais força do que hoje, os
sindicatos na organização e defesa dos direitos das diversas
categorias de trabalhadores.
É interessante
observar que o corpo do louco, antes arbitrariamente sequestrado e
confinado em instituições, emerge hoje na figura do transtornado
construído cientificamente por uma gramática biológica dos
neurotransmissores e sistemas cerebrais e recoberto por direitos que
o tornam mais um ator político. Neste sentido, as subjetividades
transtornadas parecem ser efeito desse tênue limiar em que é
impossível se distinguir o que é científico do que é político.
Apesar de a psiquiatria afirmar-se como uma ciência, seu caráter de
dispositivo político para o governo das populações persiste em se
apresentar. Assim, essas subjetividades transtornadas tendem cada vez
mais a proliferar e a participar ativamente da movimentação da
ciência, de mercados e democracias. Mesmo sendo alvo de mais
críticas, o DSM 5 não deverá mudar isso. Pelo contrário, poderá
expandi-lo a uma escala planetária.
Leandro Siqueira é doutorando
no Programa de Estudos Pós-graduados em Ciências Sociais da
Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP),
pesquisador do Núcleo de Sociabilidade Libertária (Nu-sol), da
PUC-SP, e jornalista.
Referências:
1.
American Psychiatric Association. Diagnostic
and statistical manual of mental disorders:
(DSM). 2nd
ed. Washington, DC: American Psychiatric Association, 1968.
2.
American Psychiatric Association. Diagnostic
and statistical manual of mental disorders:
(DSM). 3rd
ed. Washington, DC: American Psychiatric Association,1980.
3.
Kirk, Stuart; Kutchins, Herb. Aimez
-vous le DSM? le triomphe de la psychiatrie américaine.
Tradução O. R. Gille. Le Plessis-Robinson: Institut Synthélabo,
1998.
4.
Shorter, Edward. Uma
história da psiquiatria: da era do manincômio à idade do Prozac.
Tradução F. Andersen. Lisboa: Climepsi, 2001.
5.
Kramer, Peter D. Ouvindo
o Prozac: uma abordagem profunda e esclarecedora da “Pílula da
Felicidade”.
Tradução G. Hirata. Rio de Janeiro: Editora Record, 1994.
6. Cosgrovea,
Lisa; Krimsky,
Sheldon; Vijayaraghavana,
Manisha e Schneidera,
Lisa. “Financial
Ties between DSM IV Panel Members and the Pharmaceutical Industry”,
Psychotherapy
and Psychosomatics,
2006, v.75, pp.154-160.
7.
Healy, David. The
antidepressant era.
Cambridge:
Harvard University Press, 1999.
8.
Siqueira, Leandro A. de P. “O (in)divíduo compulsivo: uma
genealogia na fronteira entre a disciplina e o controle”. 294 p.
Dissertação (Mestrado em Ciências Sociais) - Programa de Estudos
Pós-graduados em Ciências Sociais, Pontifícia Universidade
Católica de São Paulo, São Paulo, 2009.
9.
Foucault, Michel. Os
anormais: curso no Collège de France (1974-1975).
Tradução E. Brandão. São Paulo: Martins Fontes, 2002.
______. O
poder psiquiátrico: curso dado no Collège de France (1973-1974).
Tradução E. Brandão. São Paulo: Martins Fontes, 2006.
______.
Segurança,
território e população: curso dado no Collège de France
(1977-1978).
Tradução E. Brandão. São Paulo: Martins Fontes, 2008.
10.
Rabinow, Paul. “Artificialidade e ilustração: da sociobiologia à
bio-sociabilidade”. Novos
Estudos
CEBRAP,
São Paulo, 1991,v. 31, pp. 79-93.
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