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Fantástica II Nano,
a ciência emergente da nanotecnologia: refazendo o mundo - molécula
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Nano,
a ciência emergente da nanotecnologia: refazendo o mundo -
molécula por molécula. por Rosane de Bastos As nossas opções de leitura quase sempre são definidas por aqueles autores e obras pelos quais sentimos maior afinidade. Parece-nos mais fácil e prático mergulhar em campos conhecidos, em que não teremos estranhezas. A primeira sensação que livros de áreas que desconhecemos nos trazem é a de que não absorveremos o conteúdo, perderemos tempo e não chegaremos até o fim. A começar pelo título, Nano - A ciência emergente da nanotecnologia: refazendo o mundo - molécula por molécula, de Ed Regis, escritor de divulgação científica, gera uma sensação de dúvida sobre se devemos lê-lo ou desistir por uma pressuposta incompreensão. À primeira vista, podemos imaginar que, ao folhear o livro, encontraremos inúmeros e complexos conceitos sobre nanotecnologia, uma área em evidência nos últimos anos cuja proposta é trabalhar com átomos e criar nanodispositivos, empregados na fabricação de objetos e sistemas os mais diversos, entre eles os de computador. Porém, ao contrário do que poderíamos supor, Ed Regis opta por contar a história do ressurgimento da nanotecnologia a partir das idéias de Eric Dexler, nascido na Califórnia em 1955 e formado em ciências interdisciplinares, em 1977. O autor conta a história abordando-a de uma maneira pessoal, com a narração de fatos corriqueiros da vida dos personagens, descrição de encontros entre pesquisadores e autoridades políticas, e narrando o dia em que Dexler conheceu a esposa no Massachussets Institute of Technology (MIT). A história começa com a ida de Drexler, em 26 de junho de 1992, às 9h30 da manhã, à sala 253 do Russell Senate Office Building, na Capitol Hill, em Washington (EUA), onde faria um pronunciamento sobre "A nanotecnologia molecular" para o Comitê do Senado para o Comércio, Ciência e Transporte, Subcomitê para a Ciência, Tecnologia e Espaço. Ali, o pesquisador mostraria às autoridades suas pretensões com a nanotecnologia. "Seu plano é produzir objetos a partir das moléculas. As coisas seriam feitas manipulando-se os átomos e moléculas individualmente, trabalhando com estes um a um, posicionando-os de forma precisa, alinhando-os um por um, repetidamente, até que um número suficiente deles ficasse acumulado formando uma entidade de grande escala, útil - como, por exemplo, um automóvel ou uma nave espacial", informa Ed Regis. Assim segue a história, com explicações a respeito dos abstrações necessárias à aplicação dos átomos e à evolução da nanotecnologia. Ao assistir a uma palestra do cientista e um dos precursores da nanotecnologia, Richard Feynman (veja texto na ComCiência), Drexler reavivou suas idéias. "A nanotecnologia prometia mudanças grandes e amplas: um final para o envelhecimento; um adiamento radical da morte; condições de extrema abundância e prosperidade; uma libertação da fome e da necessidade", comenta Ed Regis. Em suma, o livro é uma referência para especialistas em nanotecnologia e também para leigos que desejam obter mais informações, pela forma que aborda o assunto e pela linguagem acessível. |
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