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Acordo entre Brasil e Argentina visa cooperação na busca de novos fármacos

No último dia 22 de agosto foi assinado, em Bueno Aires, pelos ministros da Saúde e Ambiente argentino Ginés González García e pelo ministro da Saúde brasileiro José Saraiva Felipe um protocolo de intenções que visa a cooperação dos dois países para a pesquisa, produção e comercialização de medicamentos contra a aids, tuberculose, mal de chagas, lepra entre outras doenças. A idéia é intensificar a troca de informações e de capacidades técnicas e cientificas, permitindo um maior acesso dos medicamentos a população dos dois paises com a redução dos custos na compra de medicamentos.

A acordo é importante para os dois países, já que ambos são produtores de medicamentos de grande importância regional. O Brasil é líder na América Latina na produção de medicamentos genéricos no combate a aids (a fundação Oswaldo Cruz fabrica 6 dos 16 medicamentos que compõem o coquetel anti-aids) e a Argentina tem tradição de décadas na produção de vacinas e soros (desenvolvidos principalmente pelo Instituto Malbrán) e na luta contra o mal de chagas, lepra e tuberculose.

A partir desse convênio, que tem seu prazo para implementação de cinco anos, os custos na aquisição de remédios deve cair, a exemplo do acordo conjunto de onze países latinos americanos com a indústria farmacêutica no início de agosto, onde houve uma redução dos preços entre 15% e 55% para os anti-retrovirais mais utilizados na região. Segundo o Ministério da Saúde, o Brasil gastará até o final de 2005 R$ 1 bilhão (aproximadamente US$ 384 milhões) no tratamento dos 163 mil casos de aids. Quanto a Argentina , dados de seu governo confirmam um total de 29 mil infectados em tratamento, num gasto para o governo de aproximadamente US$ 30 milhões anuais.

O acordo se dá entre as agências oficiais que regulam o mercado farmacêutico, a Administração Nacional de Medicamentos, Alimentos e Tecnologia (Anmat) da Argentina e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) do Brasil. A promoção da atividade conjunta de pesquisa científica e tecnológica, que já entrou em vigor no mesmo dia da assinatura do protocolo, é entre a estatais Administração Nacional Laboratórios e Institutos de Saúde da Argentina (ANLIS) e a Fundação Oswaldo Cruz.

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-Combate da tuberculose requer desenvolvimento de novos fármacos

Atualizado em 30/08/05
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