CARTA AO LEITORNOTÍCIASENTREVISTASREPORTAGENSRESENHASCRÍTICA DA MÍDIALINKS DE C&TCADASTRE-SE NA REVISTABUSCA POR PALAVRA-CHAVECARTA AO LEITORNOTÍCIASENTREVISTASREPORTAGENSRESENHASCRÍTICA DA MÍDIALINKS DE C&TCADASTRE-SE NA REVISTABUSCA POR PALAVRA-CHAVE
 

 

Notícias da Semana

Notícias Anteriores

Eventos
Março
Abril
Maio

Junho

Divulgue
seu evento


 



Pesquisadores da costa amazônica propõem criar associação internacional

Há onze anos, uma rede internacional de pesquisadores da costa amazônica desenvolve estudos integrados sem ser reconhecida formalmente como tal. A rede do Programa de Estudos de Ecossistemas Costeiros Tropicais (Ecolab) envolve cientistas do Brasil, Guiana Francesa, Suriname, Venezuela e Guiana Holandesa, e já fez diversas tentativas de oficializar a iniciativa para obter recursos e desenvolver projetos de maior porte. Agora, os pesquisadores brasileiros se mobilizaram pela transformação da rede numa associação.

"O objetivo da associação é o reconhecimento formal da rede Ecolab-Brasil, que até hoje, apesar dos inúmeros dossiês de proposta formal enviados aos órgãos competentes em mais de onze anos de existência, ainda não foi reconhecida", afirma a geógrafa Maria Thereza Prost, pesquisadora do Museu Paraense Emílio Goeldi e participante do Ecolab desde a sua concepção. A proposta já foi aprovada no Brasil pelos pesquisadores envolvidos na rede (nos estados do Amapá, Maranhão e Pará), durante a reunião preparatória para o 7º Workshop do Ecolab, que acontecerá entre os dias 30 de novembro e 5 de dezembro deste ano, em Caiena, na Guiana Francesa.

Ecolab
A rede Ecolab, que surgiu por iniciativa da Guiana Francesa seguindo o modelo do programa Silvolab (que integra cientistas que estudam florestas densas), integra o Programa Nacional de Gerenciamento Costeiro do Brasil e o Programa Nacional para Meio Ambiente Costeiro da França. A proposta da rede é garantir o intercâmbio das instituições amazônicas e o uso de ferramentas comuns no estudo da interação dos ecossistemas de mangues e grandes mares.

Já foram desenvolvidos 14 mapas das zonas costeiras de manguezais amazônicos com cifras comuns aos países da rede (e legendas em português, inglês, francês e espanhol), além da unificação de conceitos geográficos das áreas costeiras tropicais úmidas. A próxima ferramenta prevista para ser incorporada pela rede é o Banco de Imagens do Programa de Estudos Costeiros, do Museu Goeldi, que reunirá mapas e fotos das áreas de pesquisa.

Conforme Thereza Prost, um dos principais desafios dos pesquisadores da costa amazônica é entender o sistema de dispersão do rio Amazonas sobre o Oceano Atlântico e suas influências sobre o ecossistema da costa. Os monitoramentos apontam para a influência da localização geográfica e de diversos fenômenos físico-climáticos que atuam sobre a direção das marés e a quantidade maior ou menor de partículas suspensas depositadas pelo rio Amazonas sobre o oceano em diferentes períodos do ano.

Essas características definem a erosão e a sedimentação na costa, e a presença de água mais salgada ou doce nos mangues, influenciando diretamente a vida das comunidades da região. Segundo a geóloga Odete Silveira, do Instituto de Pesquisas Científicas e Tecnológicas do Estado do Amapá, as questões sociais de populações envolvidas no ecossistema costeiro também ganharão ênfase no próximo workshop, abrangendo história, cultura, educação e políticas públicas.

Atualizado em 15/03/04
http://www.comciencia.br
contato@comciencia.br

© 2001
SBPC/Labjor

Brasil