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Risco de transição de desnutrição à obesidade

Combater a obesidade é hoje tão importante para o Brasil (e outros países da América Latina) quanto acabar com a desnutrição. É o que apontam recentes pesquisas desenvolvidas por Gilberto Kac, da Universidade Federal do Rio de Janeiro e Gustavo Velásquez-Meléndez, da Universidade Federal de Minas Gerais, e o que será um dos temas a serem discutidos na 2ª Conferência Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional, que acontecerá entre os dias 17 e 20 de março em Olinda, Pernambuco.

Muitas pesquisas têm registrado, nas últimas décadas, um alarmante aumento na incidência de obesidade no Brasil. Segundo a Organização Pan-Americana de Saúde, no Brasil a obesidade infanto-juvenil subiu 240% nos últimos 20 anos. No mesmo período, nos Estados Unidos esse índice cresceu 66%. O crescimento da obesidade foi mais acelerado nas camadas sociais mais baixas.

As pessoas vêm acumulando peso sem acumular nutrientes essenciais: o país está passando por uma "transição nutricional", uma inversão nos padrões de distribuição dos problemas nutricionais. "É incontestável que o Brasil e diversos países da América Latina estão experimentando nos últimos vinte anos uma rápida transição demográfica, epidemiológica e nutricional", afirmam Kac e Velásquez-Meléndez, autores dos dois estudos sobre o tema publicados no último número da revista Cadernos de Saúde Pública. "A obesidade se consolidou como agravo nutricional associado a uma alta incidência de doenças cardiovasculares, câncer e diabetes comprometendo a qualidade e expectativa de vida de muitos brasileiros".

Consequências preocupantes do aumento da obesidade são a sobrecarga do sistema público de saúde e as implicações na área econômica, pois as complicações e intercorrências na saúde da pessoa causam maior predisposição ao absenteísmo no trabalho. Estima-se que 2 a 7% do total das despesas com saúde do sistema público estão diretamente relacionados ao excesso de peso. "Doenças cardíacas, cujo componente de uma alimentação inadequada é um forte determinante, consomem um total de R$ 15 bilhões por ano", afirma Francisco Menezes, diretor de políticas e planejamento do Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas, membro do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional e um dos organizadores da conferência que acontece em Olinda.

Atualizado em 11/03/04
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