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Aeronave brasileira sem tripulação
pode monitorar plantações

A Embrapa e o Instituto de Ciências Matemáticas e Computação da USP de São Carlos desenvolveram uma aeronave não-tripulada, controlada via rádio, para o monitoramento de culturas agrícolas. A aeronave, que está em fase de patenteamento e voa em média 40 Km/h, a cerca de 100 metros do solo, apresenta vantagens em relação às aeronaves convencionais e satélites. O sistema foi desenvolvido no âmbito do Projeto Arara ("Aeronaves de Reconhecimento Assistidas por Rádio e Autônomas") e estará disponível no mercado no decorrer deste ano.

A aeronave pode tirar aproximadamente seis mil fotos por dia de trabalho. As imagens podem ser utilizadas para detectar problemas no desenvolvimento de culturas, como pragas, falhas de semeadura e deficiências nutricionais. A identificação e o mapeamento desses problemas permitem que o produtor possa aplicar medidas corretivas (defensivas e fertilizantes) de forma localizada, com benefícios financeiros e de proteção ao meio ambiente.

De acordo com Onofre Trindade Júnior, aeromodelista há 8 anos e pesquisador responsável pelo projeto, a principal vantagem da aeronave não-tripulada, se comparada às aeronaves convencionais, é "a redução do custo, uma vez que os instrumentos necessários são baseados em componentes utilizados em aeromodelos." Além disso, em relação às imagens registradas por satélites, as fotografias registradas pela câmara digital da aeronave não-tripulada possuem maior resolução, o que permite a identificação de objetos muito menores. "As imagens de satélites são disponíveis com periodicidade de alguns dias, o que inviabiliza sua utilização em algumas aplicações na agricultura. Com esta aeronave, é possível tomar as imagens quando necessário, mesmo com o céu encoberto", completa o pesquisador.

A aeronave do Projeto Arara tem como instrumentos básicos um GPS (Sistema de Posição Global), altímetro, bússola, instrumentos do motor e um horizonte artificial. O painel de controle do sistema - que fica em uma estação em solo - é semelhante ao de um simulador de vôo: aparecem o painel da aeronave e a imagem que seria vista por um piloto. Pelo computador, recebe-se dados enviados pelos sensores a bordo da aeronave.

Segundo Trindade Júnior, o sistema desenvolvido é indicado para grandes áreas, embora qualquer produtor possa se beneficiar da tecnologia, se ela for disponibilizada através de empresas prestadoras de serviço, evitando a compra do equipamento. "A Embrapa e a USP farão o repasse do projeto para a iniciativa privada; assim, as aeronaves poderão estar disponíveis no mercado no decorrer deste ano", conclui.

Atualizado em 21/05/04
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