Por Carlos Vogt
A situação do país não é boa, nada boa, mas pode piorar.
Para onde quer que se olhe, o cenário é feio e a paisagem, de desolação.
Terra arrasada!
Internacionalmente, o país está interditado: ninguém vai, ninguém vem.
Sob o aspecto sanitário, o que é péssimo fora, torna-se ainda pior dentro.
A pandemia da Covid-19, que é um mal cruel espalhado pelo mundo, aqui ganha em crueldade devastadora, como é também devastadora a “boiada” da desregulamentação ambiental.
O país está ardendo nas chamas das queimadas de nossas florestas.
Com elas, queima-se também a felicidade, a esperança, a empatia, a compaixão, a solidariedade dos humanos com os humanos, com os animais, com as coisas, com a natureza, com a vida.
A economia vai mal, não apenas pela crise sanitária, que a restringe, mas pela incompetência maldosa dos responsáveis pelas políticas de sua formulação, de sua gestão e de sua condução.
Há uma chocadeira de ovos da serpente instalada no palácio do planalto.
Os seus operadores parecem loucos, desvairados, desmiolados, erráticos, inconsequentes.
E o são.
Têm, contudo, na loucura um propósito cruel: acelerar a devastação que, acreditam, levará o país e o mundo a um estado de graça original, que a civilização conspurcou, que é preciso recuperar para recomeçar da inocência e da pureza perdidas.
São fanáticos religiosos da crueldade, são fundamentalistas de hábitos e costumes retrógrados, são templários do ódio, da cólera, da destruição, da tristeza.
É preciso derrotá-los com as armas institucionais da democracia!