Arquivo da categoria: resenha

A história da ciência para quem tem pressa

Por Graziele Souza

Quarto título da série “Para quem tem pressa” da editora Valentina apresenta de forma breve e leve as descobertas dos grandes cientistas desde os tempos antigos até a era moderna.  Continue lendo A história da ciência para quem tem pressa

“A chegada”: ficção científica contemporânea e a temática do tempo e do futuro

Por Maria Cristina Couto

Os filmes de ficção científica procuram projetar o futuro da humanidade a partir de dimensões diversas: os cenários, os objetos e as personagens. Essa projeção, em A chegada, além de referir-se ao futuro de maneira objetiva, aponta também para questões amplas da humanidade, como a incerteza, quais seriam as possibilidades a partir do conhecimento do tempo futuro e ainda qual a importância da linguagem e das comunicações nesse contexto. Continue lendo “A chegada”: ficção científica contemporânea e a temática do tempo e do futuro

“Onde está, afinal, a civilização?”: A intimidade imaginada de Oswaldo Cruz em “Sonhos tropicais”, de Moacyr Scliar

Por Gustavo Steffen de Almeida

Mesmo a existência de microrganismos era questionada, e não só entre o povo pobre e sem instrução. Em alta à época, o positivismo tinha grande presença entre políticos e intelectuais brasileiros e, apesar de favorável à ciência, demonstrava um moralismo acentuado. Teixeira Mendes, notória figura política e adepto do pensamento de Comte, teria dito: “Os sanitaristas desconhecem a natureza moral do problema higiênico e reduzem tudo a questões materiais, visando assim a manter seus empregos bem remunerados”. Continue lendo “Onde está, afinal, a civilização?”: A intimidade imaginada de Oswaldo Cruz em “Sonhos tropicais”, de Moacyr Scliar

Hypernormalisation de Adam Curtis não é sobre fake news, é sobre a raiz desse mal: o ataque à política

Por Rafael Evangelista

Os cortes, a montagem, a narração afirmativa, a música pop cuidadosamente encaixada e repetida, a seleção cuidadosa de imagens de arquivo e sobras de gravação que nunca foram ao ar, tornam fácil associar o cinema de Adam Curtis ao que ele busca nos alertar: a corrupção do real, do fato, da informação, do encadeamento histórico em benefício de uma mistura histérica e manipulativa entre realidade e ficção. A escolha irônica desse formato, que por vezes afasta alguns espectadores descrentes, é a grande força de Curtis, é o que torna seus documentários tão impactantes e atuais. Mas não devemos nos enganar, o cineasta inglês é, acima de tudo, um jornalista, um rato de arquivo mergulhado na memória do noticiário internacional, cuidadosamente elencando acontecimentos, interesses e ideias vindas de áreas díspares da cultura e da economia global. A sua maneira, Curtis é também um divulgador crítico da ciência e das teorias sobre o homem. Seus temas e análises, embora pareçam tirados da cartola, sempre estão em diálogo com intelectuais críticos do nosso tempo, muitos deles figurando nos próprios filmes. Continue lendo Hypernormalisation de Adam Curtis não é sobre fake news, é sobre a raiz desse mal: o ataque à política

‘Mulheres, raça e classe’ de Angela Davis: a emancipação anticapitalista das mulheres negras

Por Sidélia Luiza de Paula Silva

Angela Yvone Davis tem um marco histórico incontestável enquanto ativista e intelectual da causa racial. O livro Mulheres, raça e classe tem uma contribuição singular para a discussão sobre emancipação para todas as mulheres.

Lançado em 1981, após a passagem de Davis pela prisão, torna-se um dos canais de história de luta das mulheres negras para apontar a invisibilidade destinada a elas, em diversos espaços na América escravista e em todos os tempos históricos, e mostrar os espaços de resistência e luta da população negra.

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