por Bruno Vaiano
Há muitas obras sobre história da música – nenhuma delas exatamente um best seller – que seguem mais ou menos o mesmo roteiro: um parágrafo sobre as primeiras flautas do registro arqueológico, um capítulo curtinho sobre os gregos, algo sobre o canto gregoriano medieval e então um calhamaço de páginas sobre os compositores canônicos europeus (e só europeus) entre Bach e Debussy, sempre devidamente enaltecidos. Esses livros – que têm em comum, além do sumário, a incapacidade de dar à maioria dos leitores algum ímpeto de virar as páginas – ignoram a história da música popular do próprio Ocidente, bem como as músicas de todos os outros povos. Continue lendo O som e o sentido, de José Miguel Wisnik