Arquivo da categoria: reportagem

Uma odisseia pelo centenário de Arthur C. Clarke

Por Gustavo Steffen de Almeida

O ano de 2017 é especial para os entusiastas e pesquisadores da literatura de ficção científica. Há 100 anos, nascia um dos maiores escritores do gênero, que, além de contribuir com a literatura, ajudou a fazer com que a ficção científica transpusesse a barreira dos livros, alcançando novos âmbitos, públicos e magnitude. O centenário de Arthur C. Clarke é uma data importante, e olhar para sua obra ainda hoje é essencial para entender a literatura de ficção científica e – por que não? – a própria ciência.  Continue lendo Uma odisseia pelo centenário de Arthur C. Clarke

Ficção científica ajuda ensino de ciência, desde que haja tempo adequado, infraestrutura e articulação curricular

Por Roberto Takata

Para especialista, gênero cria “clima cultural de valorização da ciência” mesmo quando não é cientificamente rigoroso. Pesquisa recente aponta baixo conhecimento de clássicos da ficção científica entre estudantes do ensino médio no Brasil, que ignoram até mesmo Guerra nas estrelas. Continue lendo Ficção científica ajuda ensino de ciência, desde que haja tempo adequado, infraestrutura e articulação curricular

Febre amarela no Brasil: dos primórdios à atualidade

Por Cecilia Café-Mendes

Admite-se que no Brasil a primeira epidemia de febre amarela tenha acontecido no Recife, em 1685. A tese mais provável é de que a doença veio do continente africano em decorrência do intenso tráfego de pessoas durante o período colonial. Entretanto, os primeiros dados sobre a doença destacam sua presença já na zona portuária, sem mencionar o desembarque ou a presença de indivíduos doentes em navios.

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O longo percurso para se chegar à vacina contra a febre amarela no Brasil

Por Juan Mattheus Costa

A forma mais eficaz de prevenção da febre amarela é por meio da vacina, que para chegar ao modelo atual passou por diversas pesquisas, que iniciaram com uma simples questão: qual o agente causador da doença? De acordo com o professor do Programa de Pós-Graduação em História das Ciências e da Saúde da Casa de Oswaldo Cruz, Jaime Larry Benchimol, autor de Febre amarela a doença e a vacina, uma história inacabada, diversos médicos e cientistas, entre os séculos XIX e XX, debruçaram-se sobre a questão.

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Febre amarela na iminência das fronteiras

Por Patricia Santos

Em 2016, as viagens turísticas tiveram crescimento pelo sétimo ano seguido. Foram 1,2 bilhões de chegadas internacionais registradas segundo a Organização Mundial de Turismo, 46 milhões de turistas a mais frente ao anterior, considerando visitantes que pernoitam no local de destino.

Em um contexto de grande trânsito de pessoas, doenças transmissíveis por vetores também são ágeis viajantes, porém sorrateiras. Um exemplo é o espalhamento do vírus zika, que chegou em março de 2016 em Miami, nos Estados Unidos, apesar de a transmissão local só ter sido confirmada em julho. Continue lendo Febre amarela na iminência das fronteiras

Os caminhos da febre amarela no mundo

Por Tássia Biazon

Durante séculos, a febre amarela foi um grande desafio à medicina. A origem do vírus causador – um arbovírus do gênero Flavivirus – data de cerca de 3 mil anos, na África, continente que concentra 90% dos 200 mil casos anuais da doença – o restante localiza-se em regiões da América do Sul e Central. Com efeitos variáveis, a doença pode ser desde assintomática à grave – sendo que, em alguns casos, leva à morte em cerca de uma semana.

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Linchamento: punição como violência que persiste no século XXI

A partir de algo que desagrada um grupo de pessoas – uma denúncia de agressão, por exemplo, ou um comentário preconceituoso – elas se juntam, em uma explosão súbita, para linchar o acusado por meio de posts nas redes sociais, que começam a receber curtidas, comentários e a serem compartilhados. No linchamento virtual nem sempre há a violência física concretizada, mas uma violência moral e psicológica que afeta a vida pessoal e profissional da pessoa Continue lendo Linchamento: punição como violência que persiste no século XXI

Punição na ciência através dos tempos

Por Gustavo Steffen de Almeida

A ciência e o método científico não se dão em um contexto neutro, livre de quaisquer influências. Assim, ainda que a perseguição e as punições ocorram em diferentes épocas e sob distintos motivos, é preciso diferenciar os perseguidos por seu fazer científico (proposição de teorias, formulação de hipóteses e defesa de pontos de vista) daqueles perseguidos por questões políticas ou étnicas. Essa fronteira, entretanto, nem sempre é bem definida. Continue lendo Punição na ciência através dos tempos