Arquivo da categoria: artigo

Neurodesenvolvimento e adolescência

Por Bruna Bragança, Maria Isabel Chaves Araújo, Suely Mesquita e Leandro Fernandes Malloy-Diniz

Good night, good night! Parting is such sweet sorrow, that I shall say good night till it be morrow. 

Julieta, para Romeu (Cena 2, ato 2).

O trecho mencionado é extraído de uma das obras-primas literárias que delineiam a complexidade da natureza humana, especificamente durante a adolescência: “Romeu e Julieta” de William Shakespeare. Esta fase da vida, marcadamente volátil, tem sido historicamente retratada como um período repleto de paixões intensas, impulsividade e variabilidade emocional. A complexidade da adolescência é amplamente influenciada pela interação entre mecanismos biológicos e fatores ambientais, todos operando sobre um cérebro que ainda está em pleno desenvolvimento. Continue lendo Neurodesenvolvimento e adolescência

Traduzir Wole Soyinka

Por Karen de Andrade

Soyinka é iorubá. É um dos escritores mais importantes de todo o continente africano, produzindo suas obras literárias e de crítica desde antes da independência nigeriana, em 1960. O fato d’ele ser conhecido mundialmente e desconhecido no Brasil é bastante intrigante e diz muito sobre o abismo que nos separa da África, de nossa memória enquanto povo e de que forma encaramos  o nosso passado. Continue lendo Traduzir Wole Soyinka

A Ecocrítica e as literaturas africanas de língua portuguesa

Por Jessica Falconi

Numerosos artigos e volumes de ensaios, surgidos e publicados em contextos académicos americanos e ingleses, procuraram estabelecer a genealogia e a periodização do desenvolvimento da Ecocrítica enquanto campo de estudos que analisa as representações literárias do ambiente e das relações entre os seres humanos e a biosfera. Continue lendo A Ecocrítica e as literaturas africanas de língua portuguesa

Tensões entre ficção e história nas Literaturas Africanas

Por Fernanda Gallo

O debate sobre as relações de aproximação e distanciamento entre a escrita ficcional e a escrita histórica aparece, no mínimo, desde o caderno de anotações de Aristóteles intitulado “Poética”e escrito entre os anos 334 a.C. e 330 a.C., no qual o historiador é designado como um relator do que aconteceu e o poeta do que poderia acontecer, segundo a “verosimilhança e a necessidade” vigente naquele presente momento. De todo modo, ao menos até o séc. XVIII – período em que se desenvolveu uma concepção de história enquanto progresso contínuo – o fazer literário e o histórico eram entendidos como práticas narrativas próximas, sendo a disciplinarização da ciência no século XIX (e a delimitação entre o fato e a ficção num contexto de formação dos Estados-nação europeus e da ascensão da burguesia enquanto classe dominante) o marco de separação entre as duas formas de narrar. Continue lendo Tensões entre ficção e história nas Literaturas Africanas

Um laboratório vivo de ensaios para a transição energética sustentável

Por Luiz Carlos Pereira da Silva, Joni Amorim e Maria Ester Soares Dal Poz 

O Centro Paulista de Estudos da Transição Energética (CPTEn) tem como missão desenvolver pesquisas, tecnologias e soluções inovadoras nas áreas de gestão, eficiência e transição energética, melhorando a qualidade de vida das pessoas e promovendo a sustentabilidade ambiental, econômica e social. É formado por pesquisadores que viabilizam a proposta de “laboratório vivo”, um espaço inovador para pensar a transição. Continue lendo Um laboratório vivo de ensaios para a transição energética sustentável

Regulação, direitos humanos e diálogo entre campos do conhecimento

Por Samuel Mendonça, Luis Renato Vedovato e Ana Elisa Spaolonzi Queiroz Assis

Regulação, direitos humanos e diálogo entre campos do conhecimento dizem respeito ao recorte do Eixo II do Centro Paulista de Estudos da Transição Energética (CPTEn). A compreensão do escopo normativo que trata da transição energética é fundamental quando se pensa em materializar resultados das pesquisas elaboradas no âmbito do CPTEn. O Eixo II contempla a orientação para a construção de políticas públicas que resultam das pesquisas sobre a transição energética. Continue lendo Regulação, direitos humanos e diálogo entre campos do conhecimento

Transição energética na América Latina e no Brasil e atração de investimento estrangeiro para o desenvolvimento

Quando se considera a região de países da América Latina, percebe-se que tem quase tudo o que precisa para fazer uma transição para energias renováveis: metas ambiciosas, enorme potencial solar e eólico e indústrias locais em crescimento. Mas a região ainda enfrenta problemas para atingir os objetivos de desenvolvimento econômico e social, uma vez que seus países se caracterizam por profundas desigualdades sociais, econômicas, culturais, financeiras. No caso da transição energética, o financiamento para tal, mesmo com as ações e programas até aqui implementados, ainda é insuficiente, e várias barreiras terão que ser superadas para reverter essa situação.

Carlos Raul Etulain e Temidayo James Aransiola Continue lendo Transição energética na América Latina e no Brasil e atração de investimento estrangeiro para o desenvolvimento

Educação, geoética e transição energética para a sustentabilidade

Por Samuel Mendonça,  Ana Elisa Spaolonzi Queiroz Assis, Danúsia Arantes Ferreira, Thalita dos Santos Dalbelo, Carla Kazue Nakao Cavaliero e Evely Boruchovitch  

A geoética se constitui em pesquisas e reflexões sobre os valores que sustentam o comportamento e práticas humanas em sua relação com a natureza. Lida com implicações éticas, sociais, culturais e educacionais, na busca de diálogo entre campos do conhecimento que envolvem a transição energética, como sociologia, filosofia e economia. Continue lendo Educação, geoética e transição energética para a sustentabilidade

Aplicação de ciência de dados e inteligência artificial para o futuro em transição energética

Uma transição energética realizada da maneira correta evita custos, replanejamento e alcança melhores resultados. A ciência de dados entra nesse contexto oferecendo um conjunto de ferramentas matemáticas que permitem analisar dados do passado, consolidar informações de diversas fontes e até mesmo prever tendências. Podemos usar essa abordagem para entender, por exemplo, como ações de instalação de novos sistemas de iluminação ou mudanças nos preços das tarifas podem afetar o consumo de energia

Hildo Guillardi Júnior e Marcelo Stehling de Castro Continue lendo Aplicação de ciência de dados e inteligência artificial para o futuro em transição energética