Por Luanne Caires, Monique Rached e Mauricio Boff
Plantio do fruto nativo da Mata Atlântica envolve produtores, sociedade civil e setor privado e alia conservação e desenvolvimento sustentável na Serra do Mar Continue lendo A volta do cambuci
Por Luanne Caires, Monique Rached e Mauricio Boff
Plantio do fruto nativo da Mata Atlântica envolve produtores, sociedade civil e setor privado e alia conservação e desenvolvimento sustentável na Serra do Mar Continue lendo A volta do cambuci
Por José Alves de Freitas Neto
O intuito da Unicamp com as cotas é ampliar a presença da população negra entre seus estudantes e promover a convivência entre grupos diversos quanto às origens étnicas, sociais e culturais. As experiências indicam que as cotas são um instrumento para combater o racismo existente na sociedade brasileira e as fortes desigualdades determinadas pela origem étnico-racial, num país marcado pela exclusão e por seu passado escravocrata.
Muitos poderiam se perguntar se a adoção de cotas étnico-raciais não seria suficiente para a inclusão dos indígenas. A resposta é não. As realidades educacionais de indígenas e da população negra não são comparáveis. Embora os dois grupos tenham sido tradicionalmente excluídos, a população negra foi submetida à educação regular tradicional contemplada pelo vestibular. Submeter estudantes com experiências educacionais muito distintas a um processo de seleção padronizado é perpetuar a exclusão de indígenas. Continue lendo A Unicamp e os novos desafios de inclusão
Por Maria Beatriz Rocha Ferreira e Vera Regina Toledo Camargo
OsJogos Indígenas agregam um número significativo de etnias e proporcionam negociações, trocas de saberes, atualizações, ressignificações, e ampliação das redes inter-setoriais nacionais e internacionais, com o objetivo de valorizar e fortalecer a cultura indígena através das práticas corporais e da interação por meio de danças, cantos, pinturas corporais e jogos. Há um fortalecimento da identidade cultural indígena e uma celebração do espírito de confraternização com a sociedade não indígena, buscando também conscientizar a sociedade brasileira sobre a importância desses povos no cenário cultural e os seus direitos como cidadãos brasileiros. Continue lendo Povos indígenas, mobilizações e representações das práticas corporais
Por Renato Azevedo Matias Silvano e Alpina Begossi
Infelizmente o conhecimento local de ribeirinhos e caiçaras não tem sido devidamente valorizado e utilizado por gestores ambientais, tomadores de decisão e pesquisadores das áreas de ciências biológicas. Esperamos que nossos trabalhos sirvam para valorizar esse conhecimento e os pescadores que os possuem, incentivando o diálogo entre atores relacionados à diversidade (pescadores, gestores, pesquisadores). Continue lendo Ribeirinhos e caiçaras: a vida entre terra e água
Por Fabíola Andréa Silva
Crescem a cada dia os conflitos nas terras indígenas e áreas de entorno. Testemunhamos a violência da grilagem nessas terras, o crescimento ilegal da exploração de madeira e garimpo nas mesmas e o avanço desenfreado do agronegócio para dentro de seus limites. Neste cenário, o ataque ao meio ambiente é notório, e este se torna ainda mais evidente quando se considera os grandes empreendimentos hidrelétricos e a mineração em grande escala; ambos levados a cabo, especialmente, nas proximidades das terras indígenas e das áreas de proteção ambiental. Continue lendo Sobre as práticas colaborativas entre arqueólogos e povos indígenas
Por Marina Gomes
O tratamento midiático de assuntos relacionados às temáticas indígenas toma vieses bastante questionáveis, especialmente quando se observam os veículos de maior circulação nacional. Se delimitarmos temas polêmicos como a construção da usina de Belo Monte, na bacia do Xingu, ou a recente tentativa de abrir – de maneira discutível – a Reserva Nacional de Cobre e Associados (Renca) para exploração de mineradoras, esses expedientes são facilmente identificáveis. Continue lendo Os jogos tradicionais e a representação midiática indígena
Por Tulio Custódio
Quando opera com sua força policial nas periferias, o Estado opera dentro da lógica da moralização da pobreza: o processo de violência e controle sobre os Ninguéns responde à premissa de que falharam, logo devem ser contidos ou eliminados. Mas a violência do Estado, nesse contexto, não é apenas das armas. Assim como o capital, em um processo incessante de busca e acumulação, o genocídio torna-se estratégia normativa permanente de condução de vida dos ‘niggerizados’, incessante na brutalização, na precarização e no silenciamento das culturas negras. Continue lendo A violência de Estado nas periferias: genocídio físico, material e cultural
Por Ladislau Dowbor
É estranho constatar que em todo o ciclo escolar, inclusive nas universidades, a não ser na área especializada em economia financeira, ninguém nunca teve uma aula sobre como funciona o dinheiro, principal força estruturante da nossa sociedade. A população se endivida muito para comprar pouco no volume final. A prestação ‘cabe no bolso’ (mas pesa no bolso durante muito tempo). O efeito demanda é travado. Quando 61 milhões de adultos no Brasil estão com o nome sujo no sistema de crédito, é o sistema que está deformado. Continue lendo A violência econômica: o poder dos juros e das corporações financeiras
Por Adriana Dias
O ódio construído sobre três elementos – crença numa supremacia “natural” – se o branco não vence é porque foi sabotado; a criação de um “Outro conveniente” para assumir a culpa pelo próprio fracasso; e culto da masculinidade – desaloja qualquer possibilidade de diálogo. Há apenas paranoia: o povo branco vive em diáspora, visto que seus inimigos tomaram seu lugar para produzir seu genocídio. É uma resolução da incerteza pela violência. Continue lendo Neonazismos – ódio e sentido
Por Odilon Caldeira Neto
Seja pela facilidade de colaboração e circulação de conteúdo em dimensão global, a internet é, atualmente, a principal plataforma para formação e disseminação de materiais e atividades neonazistas. É preciso ressaltar que a imaterialidade do virtual não implica inexistência no real, do mesmo modo que a intensidade do virtual não implica necessariamente massificação nas ruas. Ainda assim, a circulação dessas ideias impacta o real de diversas maneiras, seja pelas múltiplas dimensões da violência desses discursos de ódio, seja pela possibilidade de articulação em momentos de crise. Continue lendo Neonazismo no Brasil: uma leitura e algumas hipóteses