A ciência é poder, as pseudociências são crenças. Certo. E, às vezes, interesses das elites, propaganda enganosa e argumentos “científicos” também andam de mãos dadas. Entre 1998 e 2013, a biotecnologia passou a abranger a pesquisa na agricultura, aumentando de 20% para 70%. Na contramão, a agricultura ecológica decresceu nos últimos períodos analisados e nunca ultrapassou 12%.Continue lendo Alimentação, poder e pseudociências→
Consumir, ao pé da letra, significa “destruir-se, gastar-se até a total destruição”; também “desaparecer da memória; apagar-se”… Ao avesso, alimentar: “nutrir(-se), sustentar(-se)” e, ainda, “fornecer assunto a”. De mãos dadas à etimologia e à análise do discurso, parece lógica a relação que se deve fazer entre alimentar-se o consumidor de informação para que ele sustente a si ao futuro. De mãos dadas à ciência, parece imperiosa a relação entre a pesquisa e o desenvolvimento sustentável. Rastrear o comestível será preciso.Continue lendo Para não ficar raso de tanto too much, rastreie o comestível, semeie amanhãs→
Dedicamos este artigo a Jorge Wagensberg, que sempre nos inspirou e nos inspira com a sua magia com as palavras e com os conceitos. Dele aprendemos que um verdadeiro museu de ciências deve sonhar em ser uma “realidade concentrada”. Este artigo é adaptação de relato publicado originalmente pelos mesmos autores no livro Instrucciones para contagiar la ciencia, Editorial Universitária de la Universidad de Guadalajara, Ed. Juan Nepote e Diego Golombeck, 2016.Continue lendo A força da ousadia: um breve relato sobre a montagem de uma NanoAventura→
A comunidade científica não pode mais delegar à imprensa a responsabilidade de educar a sociedade sobre a importância da ciência — porque não cabe a ela essa responsabilidade, e mesmo que coubesse, ela não tem condições de fazer isso sozinha. O abismo é fundo demais para ser preenchido só com folhas de jornal e alguns minutos de televisão.Continue lendo Divulgação científica: faça agora ou cale-se para sempre→
Quando uma universidade se nega a constituir, consolidar e promover sua comunicação jornalística própria, das duas uma: ou está sonegando (por preguiça?) da sociedade a riqueza de sua vida intelectual livre ou na verdade está paralisada pelo medo do “perigoso” contraditório (há na verdade uma terceira possibilidade: medíocre, já está melancolicamente morta por dentro).Continue lendo A universidade calada→
“Nós aprendemos a falar. E nós aprendemos a ouvir. A fala tem permitido a comunicação de ideias, permitindo aos seres humanos trabalhar em conjunto. Para construir o impossível. As maiores conquistas da humanidade surgiram em decorrência da fala. E os maiores fracassos pela falta dela. Não precisa ser desta forma! Nossas maiores esperanças poderiam se tornar realidade no futuro”. Continue lendo O todo e a celebridade→
Identificamos as principais características da programação brasileira relacionada a questões científicas, visando contribuir para os estudos de mídia e de TV sobre a temática. Os resultados são úteis e oportunos para se obter uma visualização ampla da programação diária sobre assuntos de ciência, sob um perfil quantitativo. Por meio deles, construímos um panorama sobre esse tipo de abordagem, relacionando similaridades e diferenças entre o tratamento dessa temática em diferentes tipos de programação.Continue lendo A ciência na TV brasileira: reflexões sobre a programação de Globo e Record→
No Brasil, o termo cultura científica contempla a ideia de que a produção e a difusão do conhecimento científico fazem parte de um processo cultural. Esse processo envolve diferentes níveis de complexidade, dependendo da audiência: a comunicação entre os pares nas revistas acadêmicas e nos congressos científicos; a formação de cientistas no ensino superior (graduação e pós-graduação); o ensino de ciência nas escolas; e, por fim, a divulgação da ciência para o público em geral.Continue lendo O que é letramento científico e qual a sua relação com cultura científica, percepção pública da ciência e jornalismo científico→
É necessário nos questionarmos sobre como provocar indivíduos a ver no museu um tipo de conteúdo similar àquele que está́ disponível nos canais de comunicação convencionais. Qual é a medida estética para a apresentação desse conteúdo? As narrativas visuais que envolvem arte e informação correm grande risco de atingir um grupo extremamente reduzido de espectadores, sem perspectiva de expandi-lo. É necessário que, enquanto produtores, estejamos atentos à nossa audiência.Continue lendo Poética da informação. Um estudo do papel da arte na representação da notícia→
A mídia e as produções midiáticas não são um reflexo da realidade, transparentes e neutras. Elas veiculam representações do mundo em conteúdos que carregam com eles valores, pontos de vista e interesses e resultam de processos de seleção, de visibilidade e ocultamento, bem como de escolhas formais e de linguagem que, como vimos anteriormente, são mediados por relações de poder. E é para que o contato com essas produções – e, no nosso contexto específico, com a ciência que aparece nessas produções – se dê com a possibilidade de desvelamento dessas relações de poder que a educação para as mídias é imprescindível, favorecendo o olhar crítico não só para a mídia, mas também para a própria ciência.Continue lendo Cultura científica e cultura da mídia: relações possíveis (e necessárias) na prática de divulgação da ciência→