As organizações que vão sobreviver ao futuro da sociedade da informação e do conhecimento são aquelas que, além de sustentáveis, também são inclusivas. Não podemos mais pensar o mundo produtivo sem que ele incorpore o contingente enorme e crescente de pessoas com deficiência, que historicamente foram excluídas do direito ao trabalho ou foram deslocadas para trabalhos precários, estereotipados e desprotegidos.Continue lendo Ações para promoção da inclusão das pessoas com deficiência nas organizações de trabalho→
Algumas pessoas trabalham toda a vida só para não precisar mais trabalhar. Perseguem um sonho de aposentadoria porque, mesmo “gostando” de seus empregos, ainda se trata de uma responsabilidade obrigatória; temos que trabalhar para pagar comida, abrigo e todas as demais necessidades básicas. Mas e se, um dia, pudéssemos viver em uma “economia sem empregos”, um mundo em que todas aquelas necessidades básicas nos fossem supridas porque já há fartura delas? Parece que tal conceito deveria ser relegado – indefinidamente – ao âmbito da ficção científica, mas alguns especialistas em economia e tecnologia preveem que isso pode ser uma realidade ainda durante o período de nossas existências. Continue lendo Sete coisas que precisam acontecer antes de termos uma economia sem empregos→
Os últimos anos têm sido palco de um debate cada vez mais polarizado: dos setores mais progressistas aos mais conservadores, o gênero ganhou notável centralidade em seus atravessamentos políticos, educacionais, religiosos e estéticos. Discute-se, exaustivamente, a igualdade de gênero, a violência de gênero, o ensino de questões de gênero nas escolas, a existência de uma “ideologia” de gênero. Continue lendo Costuras invisíveis: moda e (des)construção do gênero→
Não temos muita dificuldade em reconhecer o caráter político das camisetas utilizadas pela candidata à vice-presidência, Manoela D’Ávila, nas eleições gerais no Brasil de 2018. Tratam-se de claras manifestações, em forma de frases curtas, estampadas sobre esses objetos de pano que revestem seu corpo: “nossas ideias são à prova de bala”, “rebele-se” ou “lute como uma garota”. Continue lendo Moda, poder e loucura→
Regis Debray escreveu para a revista Les temps modernes um artigo relevante, ainda para os nossos dias (1). Ele discute o tempo histórico , unido à ordem política, numa crítica severa e pouco exata de Antonio Gramsci. Segundo Debray quem acata o materialismo histórico se conforma diante das condições “objetivas” mundiais. Após o apocalipse revolucionário de 1917, os que desejavam acabar com a dominação capitalista sucumbiram às urnas, cujo perfume doutrinário exala o historicismo. Dado que o Final é definido –a sociedade sem alienações– o esforço reside em seguir as leis evolutivas obedecendo a aritmética do “mais” e do “menos”. Perder uma eleição afastaria o movimento do alvo, ganhar o aproximaria. Tudo é questão de tempo. Continue lendo ‘Dizer o passado, conhecer o presente, prever o futuro: tal é a luta’: Nós e Maquiavel→
Representar o tempo com a imagem de uma linha reta na qual um ponto representa o presente entre infinitos outros pontos que se estendem no passado e outros tantos que se prolongam no futuro é inevitável. E imprescindível à inteligência que calcula a ação do corpo no mundo numa sincronia unidimensional. É newtoniano. Mas é também um artifício, que inibe a apreensão da natureza do tempo em sua ação, em sua criatividade, como bem notaram Proust, Bergson e Einstein, entre outros. Continue lendo Cinemência do tempo→
O tempo é um dos conceitos fundamentais da física. É mais fácil e didático falar de algumas características do tempo sem defini-lo. Como o tema é muito vasto, este texto abordará apenas dois aspectos do tempo na física: a dilatação do tempo e sua relação com a entropia. Continue lendo Um breve panorama do tempo na física→