Arquivo da categoria: artigo

Uma guerra contra a educação, a destruição do futuro

Por Peter Schulz

Uma história pessoal agora faz parte do meu cotidiano de reminiscências com o massacre que se perpetra na Faixa de Gaza e é preciso provocar agora um exercício, não de física, mas de empatia, alteridade e solidariedade Continue lendo Uma guerra contra a educação, a destruição do futuro

O genocídio em Gaza e a ideologia liberal internacionalista

Por Isabela Agostinelli e Reginaldo Nasser

Apesar de se tratar de uma pequena faixa de terra de 360 km2, com uma população de 2,5 milhões vivendo em condições sub-humanas, a Faixa de Gaza fez com que a Questão Palestina se transformasse no centro da política internacional, depois do dia 7 de outubro de 2023, quando os massacres perpetrados pelo Hamas desencadearam uma ação militar israelense de grandes proporções. Continue lendo O genocídio em Gaza e a ideologia liberal internacionalista

As unidades de conservação brasileiras por ocasião dos 20 anos da criação do SNUC: um panorama

Por José Augusto Drummond

As UCs tiveram e têm inimigos numerosos, muitos deles poderosos e que expressam cada vez mais abertamente a sua inimizade. A persistência das UCs e a continuidade dos seus problemas mais sérios convivem entre si de forma complexa e por vezes frustrante. Continue lendo As unidades de conservação brasileiras por ocasião dos 20 anos da criação do SNUC: um panorama

O ocaso do acadêmico público?

Por Peter Schulz

A importância desse acadêmico que não se limita a ser especialista pudemos ver durante a pandemia de covid-19, crise que levou vários cientistas a atravessarem as fronteiras com o público, desempenhando um papel crucial no combate à desinformação tão nociva à sociedade Continue lendo O ocaso do acadêmico público?

Da neutralidade à IA decolonial

Por Nina da Hora

A ciência nunca esteve isenta das influências e construções históricas e sociais do colonialismo. Enquanto a Revolução Industrial é frequentemente retratada como o catalisador do avanço tecnológico, é crucial reconhecer que essa narrativa está profundamente enraizada em uma perspectiva ocidental que muitas vezes ignora ou minimiza as contribuições e inovações de culturas não ocidentais. A Revolução Industrial, que começou no final do século XVIII, coincidiu com o auge do colonialismo europeu. Esse período viu a rápida expansão das tecnologias de manufatura, transporte e comunicação, principalmente nas nações ocidentais. No entanto, esse progresso foi amplamente alimentado pela exploração de territórios e povos colonizados, criando um ciclo de avanço tecnológico e expansão colonial que reforçou a dominância ocidental nos campos científico e tecnológico. Continue lendo Da neutralidade à IA decolonial

Devolução de bens culturais: a decolonialidade como bússola e freio

Por Rodrigo Christofoletti

 Meia década após a publicação do relatório escrito em parceria pelo senegalês Felwine Sarr e a francesa Bénédicte Savoy, intitulado A Restituição do Patrimônio Cultural Africano. Rumo a uma Nova Ética Relacional, encomenda expressa do presidente francês, Emmanuel Macron, o tópico da devolução e repatriação de objetos de arte adquiridos pelas grandes potências em tempos de colonização, via de regra, por meio de saques intencionais, nunca teve tanta visibilidade. A devolução/restituição de bens culturais tornou-se uma questão cada vez mais proeminente para a diplomacia cultural, refletindo uma mudança nas discussões políticas Norte-Sul no sentido de um diálogo renovado sobre a cultura. Continue lendo Devolução de bens culturais: a decolonialidade como bússola e freio

O inglês como forma de colonialidade do saber na ciência

Por Robson Fernandes e Marcia Alvim

Inúmeros fatores históricos e geopolíticos corroboraram para a utilização da língua inglesa em escala global. No que se refere a produção científica, o inglês é considerado a língua franca das ciências, permitindo que pesquisadores de várias nações compartilhem informações usando um idioma comum. O crescimento constante no número de artigos científicos publicados em inglês demonstra sua ampla adoção por pesquisadores, cientistas, periódicos e repositórios, incluindo aqueles de países que não falam inglês como língua materna. Este processo também abrange propostas de internacionalização das instituições de pesquisa e ensino, bem como a avaliação de pesquisadores e rankings acadêmicos. Continue lendo O inglês como forma de colonialidade do saber na ciência

Uma internet mais saudável depende da adoção de tecnologias abertas e livres

Por Rodrigo Ghedin

Com a promessa de conectar pessoas no ambiente digital, empresas como a Meta e o X (antigo Twitter) nos tornaram prisioneiros em plataformas que trocam pequenas doses de dopamina por pares de olhos dispostos a consumirem anúncios pelo maior tempo possível. Continue lendo Uma internet mais saudável depende da adoção de tecnologias abertas e livres

Saúde mental na esfera digital

Por Nara Helena Lopes

O excesso de exposição digital e a diminuição do contato interpessoal afeta a capacidade empática, a possibilidade de se colocar em perspectiva com o outro e com seus sentimentos, uma das habilidades mais essenciais do ser humano.

[crédito da imagem: Federico Morando] Continue lendo Saúde mental na esfera digital

Por que o Brasil precisa de dados de satélites?

Por Luiz Aragão

A resposta desta pergunta deveria ser tão óbvia para a sociedade e tomadores de decisão quanto explicar por que precisamos de infraestruturas críticas, voltadas para as comunicações, o provimento de energia, os transportes, o fornecimento de água e alimentos, entre outras. Não há dúvidas que estas possuem papel estratégico, já que são essenciais para a soberania e segurança nacional, o nosso bem-estar e sobretudo para consolidar o desenvolvimento do país. Pois bem, afirmo que: para o Brasil, a infraestrutura espacial para a aquisição de dados de satélites de observação da Terra também é crítica. Em um país com cerca de 8,5 milhões de km2 de território, somados a mais de 3,6 milhões de km2 de mar territorial, não há como planejar ações eficientes, em prol da sociedade, sem monitoramento contínuo do vasto território. Torna-se inviável prover diagnósticos e previsões sobre o clima, os eventos extremos, as emissões de gases de efeito estufa, a produção agrícola, o uso dos recursos naturais, o crescimento urbano, os oceanos, e as fronteiras, sem o uso de dados de satélites orbitais, que requerem um desenvolvimento científico e tecnológico de ponta. Continue lendo Por que o Brasil precisa de dados de satélites?