Dossiê 219 – Julho/Agosto de 2020 [ilustração de Caio Gomez site http://gomezstudios.iluria.com/]
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Dossiê Distrações
Por Rafael Evangelista
Enquanto o totalitarismo transforma a alma dos sujeitos, seu motor interior, o “instrumentarismo” trata os indivíduos como máquinas informacionais ou como animais em experimentos do behaviorismo radical: estímulos elaborados para a obtenção de determinadas ações. O modo de atuação do instrumentarismo envolve um conjunto complexo e variado de influências sutis, pouco ou nada perceptíveis, que operam sobre nós no contato com o digital. Assim, a saída pela ruptura não ocorreu: perto dos cem mil mortos, o Brasil empilha corpos e acumula indiferença frente àqueles que têm que se expor a níveis variados de risco para continuar sobrevivendo. Continue lendo Instrumentação maquínica: como as plataformas sociais produzem nossa desmobilização política cotidiana
Por Douglas Oliveira Donin [ilustração de Dinho Lascoski]
Um grande problema da análise da comunicação do governo Bolsonaro – e que provavelmente ficará sem solução definitiva – é saber o quanto da ação midiática do governo é acidental, fruto dos caprichos momentâneos da família presidencial, e o quanto é feita dentro de um esquema estratégico deliberado, consciente, visando objetivos de longo prazo e dentro de um método definido. Continue lendo Comunicação de conflito presidencial: da doutrina militar de John Boyd à desinformação de Putin
Por Roberto Romano [Ilustração de Céllus Marcello Monteiro instagram celluscartum twitter @Cllus1]
Voici le temps des assassins (Rimbaud)
A coletânea de escritos apresentados agora pela revista ComCiência tem como alvo discutir o conceito e a prática ligados à distração. Meu intento é modesto: desejo indicar elementos para o debate sobre semelhante atividade humana. Começo com um espanto. Hoje, “distração” adquire semântica quase neutra. Não era assim na cultura romana que nos deu a língua e a maioria dos costumes. Distractio no vocabulário do Império significava “separação”, divisão, desavença, discórdia. Distractor era o indivíduo que puxava os demais para as mais diversas partes, causando a quebra da unidade social. Distractus seria a pessoa impelida para uma ou outra facção. Continue lendo Massacre covid: suicídio como esporte e distração
Por Cláudio Guedes [imagem: cena do filme Charles Darwin – The devil’s chaplain?, direção de Eike Schmitz, 2008]
Vieram-me à mente duas experiências, ambas relativas a distrações no sentido de entretenimento, passatempo, divertimento: a primeira, fruto de uma reflexão que fiz após ler um texto autobiográfico de um grande homem da ciência e a segunda de uma experiência pessoal que tive ao conhecer um ilustre empresário nacional. Continue lendo As distrações de Darwin
Por José Luis Fevereiro [ilustração de Dinho Lascoski]
Não menosprezo o ridículo como fator de desgaste de lideranças ou de projetos políticos, portanto não condeno quem o fez, mas acho que a contrapartida das nossas gargalhadas e deboches foi a secundarização de temas muito mais graves e relevantes como o desmonte do Estado, a quebra dos direitos previdenciários, o fim da politica de proteção ambiental, o libera geral dos agrotóxicos, o subfinanciamento do SUS. Continue lendo Sobre as bolsonarices, a covid, o desemprego e a precarização
Por Ana Augusta Odorissi Xavier e Mariana Hafiz
Com decretos, cortes orçamentários e exonerações, governo fragiliza estrutura brasileira de proteção ao meio ambiente. Continue lendo Covid-19 e meio-ambiente: qual boiada está passando?
Imagem: jsnewtonian/Pixabay
Por Samuel Ribeiro dos Santos Neto
Isolamento social aumentou uso de álcool e outras drogas, e pode resultar em problemas futuros, apontam pesquisas. Continue lendo Pandemia alterou hábitos de consumo de álcool e outras drogas
Por Ângelo Alves Corrêa [imagem: Área do Museu de História Natural e Jardim Botânico atingida pelo fogo. Rogerio Pateo / NAV / DAA UFMG]
A cada ano, vão queimando, triturando, reduzindo a pó os vestígios materiais de diversas culturas que habitam ou habitaram esse território que hoje conhecemos por Brasil. As pesquisas arqueológicas contam histórias que não estão escritas, dando voz a sociedades que foram marginalizadas. Quem sabe não é essa a verdadeira intenção? Continue lendo As “distrações” com o patrimônio arqueológico brasileiro