Mesmo sendo escrito em 1949, todas as formas de vigilância descritas estão presentes no cotidiano, às vezes de forma velada. A tecnologia tem contribuído cada vez mais para ampliar o controle dos cidadãos e há perda da privacidade.Continue lendo A atualidade do livro 1984 de George Orwell→
Na introdução do clássico A mão esquerda da escuridão, Ursula Le Guin (2014) diz que a ficção científica é muito mais um comentário sobre o presente que uma forma de tentar prever o futuro. Ainda assim, é muito comum que se avalie ficções científicas do passado a partir da sua suposta capacidade de antecipar acontecimentos. Um sinal no presente que confirme alguma suspeita e, quase instantaneamente, surge um novo oráculo que já estava ali, a dizer os próximos passos, e o que e a quem temer. A ficção científica conecta ciência e público em torno de imaginários tecnocientíficos. Em certo sentido se torna uma forma de pensar a ciência e a tecnologia e especular para onde elas podem nos levar. Narrar o futuro se torna uma ferramenta para pensar o presente, como tão bem descreveu Le Guin. Continue lendo Os oráculos da pós-modernidade: ficção científica, ciência e o futuro→
Os filmes de ficção científica procuram projetar o futuro da humanidade a partir de dimensões diversas: os cenários, os objetos e as personagens. Essa projeção, em A chegada, além de referir-se ao futuro de maneira objetiva, aponta também para questões amplas da humanidade, como a incerteza, quais seriam as possibilidades a partir do conhecimento do tempo futuro e ainda qual a importância da linguagem e das comunicações nesse contexto.Continue lendo “A chegada”: ficção científica contemporânea e a temática do tempo e do futuro→